A Estrutura Básica da Neurose

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A Estrutura Básica da Neurose by Mind Map: A Estrutura Básica da Neurose

1. Solução

1.1. A disparidade entre as soluções contraditórias é muito menor para uma pessoa normal do que para a neurótica (Nossos Conflitos Interiores, p.27)

1.2. "Devido, por um lado, a seu temor a entrar em colapso e, por outro, à necessidade de funcionar como uma unidade, o neurótico faz esforços desesperados para solucionar seu problema" (Nossos Conflitos Interiores, p. 17)

1.2.1. Desesperança Neurótica

1.2.1.1. O conflito não pode ser resolvido sem que se percorra o longo caminho necessário á identificação dos conflitos que jazem sob o conflito manifesto

1.2.1.2. Modificando as relações consigo e com os demais

1.2.1.3. "Os conflitos neuróticos não podem ser resolvidos por decisões racionais; os esforços do neurótico para resolver suas dificuldades, além de fúteis são nocivos. Mas esses conflitos podem ser resolvidos, modificando-se as condições dentro da personalidade que lhes deu origem.

1.2.1.3.1. Que condições?

2. Tendências Neuróticas

2.1. Ver "Três Atitudes" acima

3. Incapacidade dos pais devido às suas próprias neuroses

3.1. ENTRE O CASAL

3.1.1. Estão descontentes com sua vida

3.1.2. Não têm relações afetivas ou sexuais satisfatórias

3.1.2.1. Portanto tendem a fazer dos filhos o único objeto de amor

3.1.2.2. Usam os filhos para darem vazão à sua necessidade de afeto (alta carga emocional)

3.2. PARA COM A CRIANÇA

3.2.1. Preferência por outros filhos, repreensões injustas.

3.2.2. Negligência às necessidades da criança

3.2.2.1. Supersolicitude ou renúncia de uma mãe ideal - produz futura insegurança no ambiente da criança.

3.2.2.2. Desde a desconsideração temporária até interferência constante aos seus desejos mais legítimos (invasão).

3.2.2.2.1. Exemplos: incomodando seus amigos

3.2.2.2.2. Ridicularizando suas tentativas de pensar por si (autonomia)

3.2.2.2.3. Tirando-lhe o prazer de suas iniciativas

3.2.2.3. Promessas não cumpridas

3.2.3. Ausência essencial de carinho pode vir sob a forma de interesse (o que for melhor para ela)

3.2.3.1. A criança tem uma aguda percepção quando o amor é genuíno

3.2.4. Mudanças imprevistas de Indulgência excessiva à rejeição desdenhosa

3.3. A posição hostil da criança à família só será desastrosa se a criança tiver que lutar contra pais neuróticos

4. Na neurose, a compreensão da neurose deve nos remeter a experiências prévias (infância)

4.1. Por que numa situação particular a hostilidade apareceu e foi reprimida?

5. Hostilidade Básica

5.1. Repressão da hostilidade surge se a criança percebe os perigos em manifestar crítica, protesto ou acusações EM RELAÇÃO AO AMBIENTE (PAIS)

5.1.1. 4 condições que impulsionam a repressão da hostilidade

5.1.1.1. 1. INCAPACIDADE

5.1.1.1.1. Dependência mental (primeiros 2 ou 3 anos de vida), intelectual e espiritual.

5.1.1.1.2. Crianças que crescem sob condições adversas, a incapacidade é usualmente reforçada intimidando-a, paparicando-a ou conservando-a em estado de dependência emocional.

5.1.1.1.3. Lema: tenho de reprimir minha hostilidade porque preciso de você.

5.1.1.2. 2. MEDO

5.1.1.2.1. Despertado por meio de ameaças, proibições e punições. Explosões de cólera ou cenas violentas testemunhadas pela criança.

5.1.1.2.2. Intimidação indireta: impressionar a criança com os grandes perigos da vida (germes, tráfego, sequestro, "internet")

5.1.1.2.3. Quanto mais apreensiva se sente, tanto menos a criança ousará mostrar ou sentir hostilidade

5.1.1.2.4. Lema: tenho de reprimir minha hostilidade porque tenho medo de você

5.1.1.3. 3. AMOR

5.1.1.3.1. Quando já intimidada por outros meios, a criança pode se apegar à esse ilegítimo amor (verbalmente exagerado) e recear mostrar-se rebelde para não perder a recompensa por ser dócil.

5.1.1.3.2. Lema: tenho de reprimir a hostilidade por ter medo de perder seu amor

5.1.1.4. 4. CULPA

5.1.1.4.1. "Quanto mais culpada fizermos a criança sentir-se por invadir terreno proibido, tanto menos ela se atreverá a sentir rancor ou a levantar acusações contra os pais" (op. cit. p.60)

5.1.1.4.2. Lema: tenho de reprimir a hostilidade porque eu seria uma criança má se me sentisse hostil

6. Ansiedade Básica

6.1. 1. Definição de Ansiedade Básica: Sentimento de estar-se isolado e indefeso num mundo hostil

6.1.1. 1. Condições necessárias para seu desenvolvimento

6.1.1.1. Quanto mais a criança for isolada e impedida em suas experiências próprias, tanto mais será incentivado esse desenvolvimento (neurótico)

6.1.1.1.1. Menos capaz de defender-se

6.1.1.1.2. Sensível à rejeição

6.1.1.2. Quanto mais a criança disfarçar o rancor contra a família (conformando-se com as atitudes dos pais), tanto mais ela projetará sua ansiedade sobre o mundo exterior (o mundo agora é perigoso e assustador)

6.1.1.2.1. Não se atreverá a ser ativa e lutadora

6.1.2. 2. Descrição dos sentimentos produzidos a partir da ansiedade básica

6.1.2.1. Sensação de se ser pequeno, insignificante, indefeso, abandonado, ameaçado num mundo disposto a abusar, ludibriar, atacar, humilhar, atraiçoar, invejar (op. cit. p. 64)

6.2. 2. Efeitos

6.2.1. "Faz grande diferença saber se a reação de hostilidade e ansiedade restringe-se ao meio que levou a criança a adotá-la ou se evolui para uma atitude generalizada de hostilidade e ansiedade para com as pessoas" (op.cit. p. 61)

6.2.1.1. REAÇÕES INDIVIDUAIS ADAPTATIVAS DIANTE DAS PROVOCAÇÕES DO AMBIENTE CRISTALIZAM EM UMA ATITUDE DE CARÁTER (Tendências Neuróticas)

6.2.1.1.1. A ansiedade básica continua a existir mesmo quando não existe um estímulo particular na situação concreta (diferente das ansiedades costumeiras que podem ser estimuladas por causas externas)

6.2.1.1.2. Uma desconfiança básica de todos pode ser disfarçada por uma convicção superficial de que as pessoas, em geral, são bastante agradáveis.

6.2.1.1.3. Pode coexistir com boas relações maquinais com os outros; um desprezo profundo por todos pode ser camuflado pela presteza em admirá-los

6.3. 3. Fator NECESSÁRIO, mas não causa suficiente para a neurose

7. Atendimento clínico

8. Conflito Básico (atitudes incompatíveis)

8.1. Conflito em uma pessoa normal ou não neurótica

8.1.1. Cultura

8.1.1.1. Valores contraditórios

8.1.1.1.1. escolhas serão difíceis

8.1.2. Convicções, crenças ou valores morais

8.1.2.1. Viver conscientemente conflitos, apesar de doloroso, traz um valor inestimável: liberdade e vigor interno.

8.1.2.1.1. Seu oposto é viver na inércia, tornando-nos fracos e presa fácil de qualquer tipo de influência.

8.1.2.2. Se você não definir suas próprias convicções a respeito do significado de "x", você se deixará arrastar pela linha de menor resistência em vez de enfrentar o conflito e tomar uma decisão num sentido ou outro" (Nossos Conflitos Interiores, p. 23)

8.1.2.2.1. Resolução do conflito implica renúncia

8.1.2.3. A compreensão do significado dos fatores implícitos na escolho pode nos dar ideais por que lutar e, com isso, dar nos também uma direção para nossas vidas.

8.2. Conflito em uma pessoa neurótica

8.2.1. Convicções, crenças ou valores morais

8.2.1.1. O reconhecimento e a solução de um conflito são acrescidas sobremaneira no neurótico

8.2.1.2. A consciência dos sentimentos e desejos é débil

8.2.1.2.1. As vezes a unica consciência é sobre medo e cólera em razão dos golpes em seus pontos vulneráveis

8.2.1.3. Os ideais autêntivos são impregnados de padrões compulsivos.

8.2.1.3.1. Torna-se impotente e esquiva-se de assumir a responsabilidade sozinho.

8.3. Sinais que justificam a suspeita de haver conflitos ocultos?

8.3.1. Sintomas (depressão, indecisão, inércia, alheamento, etc).

8.3.2. Incoerência entre o entendimento da situação e a ação (detectada conscientemente ou não)

8.3.2.1. A incoerência permite levantar hipóteses acerca da natureza do conflito.

8.3.3. O conflito interior pode ser externado e aparecer na mente consciente como uma incompatibilidade entre ela e o meio.

8.4. Três atitudes

8.4.1. 1. Aproximação (incapacidade)

8.4.1.1. A pessoa aceita a sua própria incapacidade e apesar do temor, procura captar o afeto dos outros e nele apoiar-se. Sente-se a salvo por sentimento de pertencimento.

8.4.1.1.1. Tendência neurótica: Busca por Afeição

8.4.2. 2. Oposição (hostilidade)

8.4.2.1. A pessoa aceita e conta com a hostilidade em torno de si. Desconfia dos sentimentos e intenções dos outros. Quer ser o mais forte e derrotá-los, em parte por proteger-se e em parte por vingança.

8.4.2.1.1. Tendência neurótica: Busca pelo Poder

8.4.3. 3. Afastamento (isolamento)

8.4.3.1. A pessoa não quer se relacionar e tampouco combater, mas conservar-se à parte. Sente que não tem muito em comum com elas e não se sente compreendida. Constrói um mundo todo seu (brinquedo, livros, sonhos, etc).

8.4.4. A atitude predominante (1, 2 ou 3) é a que determina mais vigorosamente o comportamento objetivo