PARASITOSES INTESTINAIS
by Fernanda Barcelos Santos
1. ASCARIDÍASE
1.1. Ascaris lumbricoides
1.2. Transmissão: ingestão de alimentos e água contaminados, contato direto, inalação e deglutição do ar
1.3. Apresenta alto índice de reinfecção
1.4. Sintomas: caso a larva passe no pulmão o paciente pode apresentar a Sd. de Loeffler (tosse produtiva, sibilos, dispneia, febre, eosinofilia e infiltrado grosseiro no RX de tórax), episódios de diarreia, Se houver migração da larva, outros sintomas são: obstrução biliar, pancreatite, apendicite e asfixia.
2. TRATAMENTO
2.1. A medicação escolhida deve agir em grande número de parasitas, pois o poliparasitismo é comum. Albendazol ou mebendazol são os mais comumente indicados.
2.2. É importante corrigir distúrbios associados à ação do parasita. Ex: anemia e déficits nutricionais.
2.3. Importante tratar contatos em casos de oxiríase.
2.4. Realização de exames nos dias: 7,14 e 21 após o término do tratamento para controle de cura.
3. DIAGNÓSTICO
3.1. Exame parasitológico de fezes é o padrão ouro. Deve ser repetido até que seja concluída a presença/ausência de parasitose.
4. ANCILOSTOMÍASE
4.1. Ancylostoma duodenale ou Necatur americanus
4.2. Necatur americanus ocorre por via percutânea, enquanto A. duodenale também ocorre pela ingestão de água e alimentos contaminados
4.3. Sintomas: anemia ferropriva, perversão do apetite (geofagia), náuseas, diarreia, dor epigástrica, anorexia, flatulências. Na fase crônica pode haver anemia, anorexia, fraqueza, palpitação, cefaleia, sopro cardíaco, hipoproteinemia e quadro de má absorção intestinal
5. SINTOMAS
5.1. Normalmente inespecíficos: anorexia, irritabilidade, distúrbios do sono, náuseas, vômitos e alterações do funcionamento intestinal
6. GIARDÍASE
6.1. Transmissão: água e alimentos contaminados, pessoa a pessoa e contato sexual
6.2. Sintomas: fezes líquidas com muco e sem sangue, dor, cólica abdominal, náuseas, fezes flutuantes no vaso. Pode ter períodos de acalmia e exarcebação.
7. AMEBÍASE
7.1. Entamoeba histolytica
7.2. Transmissão: água ou alimentos contaminados, contato direto
7.3. Sintomas: Pode ser a forma intestinal (períodos de diarreia com muco e sangue intercaladas com períodos de acalmia, febre, desidratação e acometimento do estado geral) ou extraintestinal (abcesso hepático, disseminação hematogênica com acometimento do pulmão, pleura, pericárdio, pele, cérebro e TGU).
8. TENÍASE
8.1. Taenia solium e Taenia saginata
8.2. Transmissão: T. solium: ingestão de carne de porco mal cozida. T. saginata: ingestão de carne de boi contaminada
8.3. Sintomas: não existem sintomas típicos. Os mais comuns são fadiga, irritabilidade, tontura, cefaleia, vômitos, dor abdominal, perda de peso, diarreia e/ou constipação, eosinofilia. T. solium apresenta risco de cisticercose cerebral.
9. OXIUROSE OU ENTEROBIOSE
9.1. Oxyuris vermicularis ou enterobius vermicularis
9.2. Tranmissão: pessoa ou a pessoa ou fômites
9.3. Sintomas: prurido anal, principalmente à noite; vulvovaginite secundária, cólicas abdominais, náuseas e vômitos
10. ESQUISTOSSOMOSE
10.1. Schistossoma mansoni
10.2. Contato com água contaminada por cercarias
10.3. Sintomas instalam-se subitamente e duram de 1-2 meses: febre, astenia, anorexia, sudorese, dor abdominal em cólica, diarreia sanguinolenta, hepatoesplenomegalia. Na fase crônica, pode ser assintomática ou apresentar diarreia periódica com muco, sangue e tenesmo, alternando com constipação intestinal