ANEMIA FERROPRIVA

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ANEMIA FERROPRIVA by Mind Map: ANEMIA FERROPRIVA

1. DIAGNÓSTICO

1.1. Sinais clínicos da deficiência de ferro

1.1.1. surgem somente após instalação de quadro grave de deficiência de ferro

1.1.1.1. não são suficientes para detecção precoce da doença

1.1.2. redução da acidez gástrica, gastrite atrófica, sangramento da mucosa intestinal, irritabilidade, distúrbio psicomotor, diminuição da tolerância a exercícios físicos, palidez, respiração ofegante, unhas quebradiças

1.2. Indicador precoce de Anemia Ferropriva e Déficit de Hemoglobinização: reticulócitos (VR = 25000 a 85000/mm3)

1.3. ESTÁGIOS

1.3.1. 1. Depleção de ferro (queda nas reservas de ferro): [ferritina] < 12 mcg/L (menores de 5 anos); [ferritina] < 15 mcg/L (entre 5 e 12 anos)

1.3.2. 2. Deficiência de ferro (redução do ferro sérico): - capacidade total ligação da transferrina >250-390mcg/dL; - saturação transferrina <16%

1.3.3. 3. Anemia ferropriva: [Hb] < 11,0 g/dL ; Ht <33% (6 a 60 meses); [Hb] < 11,5 g/dL ; Ht < 34% (5 a 11 anos)

2. PREVENÇÃO

2.1. estímulo à alimentação adequada e ao aleitamento materno exclusivo e prolongado

2.2. contraindicação ao uso de leite de vaca

2.3. suplementação profilática em RN a termo e peso adequado ao nascer com sulfato ferroso, 1mg/kg/dia, dos 3 aos 24 meses de vida

2.4. fortificação de alimentos e da água potável com ferro

3. TRATAMENTO

3.1. orientação nutricional para o consumo de alimentos fonte de ferro

3.2. reposição oral de ferro

3.2.1. com sais ferrosos (sulfato ferroso, fumarato ferroso ou gluconato ferroso), 3 a 5 mg/kg/dia, por no mínimo 8 semanas, em jejum

3.2.2. com sais férricos e aminoquelatos, durante ou após refeições

3.3. reposição parenteral de ferro

3.3.1. casos excepcionais: hospitalizados por anemia grave, necessidade de reposição do ferro por perdas sanguíneas, doenças inflamatórias intestinais, quimioterapia ou diálise ou após cirurgias gástricas com acometimento do intestino delgado

4. DEFINIÇÃO

4.1. diminuição dos estoques de ferro a níveis que comprometem a síntese de Hb e a eritropoiese

4.1.1. levando à:

4.1.1.1. diminuição sanguínea da Hb e do Ht

5. EPIDEMIOLOGIA

5.1. é a causa mais comum de anemia no mundo (60%)

5.2. é a doença hematológica mais frequente da lactância e infância

5.3. acomete entre 40 e 50% das crianças brasileiras

5.3.1. prevalece nas regiões Norte e Nordeste do Brasil

5.4. atinge, prioritariamente, as camadas de menor renda e desenvolvimento

5.4.1. prevalência maior nos países em desenvolvimento -->

5.4.1.1. onde a carência alimentar e as parasitoses intestinais são prevalentes

6. ETIOLOGIA

6.1. decorre de um desequilíbrio entre a quantidade de ferro corporal disponível para a produção de Hb e as quantidades mínimas necessárias para manter a produção de Hb normal durante e eritropoiese

6.2. origem multifatorial

6.2.1. ingestão inadequada de ferro,

6.2.2. sangramentos do TGI,

6.2.3. parasitoses,

6.2.4. crescimento rápido durante a infância e a adolescência,

6.2.5. doença celíaca

7. SINTOMATOLOGIA

7.1. casos leves: assintomáticos

7.2. sintomas inespecíficos:

7.2.1. fraqueza, apatia, cansaço, palidez, anorexia, tontura, irritabilidade

7.3. podem haver obesos ou baixo peso

7.4. 10 - 15% casos: esplenomegalia

8. REPERCUSSÕES

8.1. prejuízos cognitivos, comportamentais, linguísticos e motores

8.2. predisposição a cáries dentárias; resposta alterada ao estresse metabólico; prejuízos à imunidade, ao paladar, ao odor, à visão, à audição e ao apetite - com associação a quadros de pica (desejo e consumo de substâncias não nutritivas)

8.3. sequelas mais importantes quanto menor o grau de estimulação e o nível social e econômico da população afetada