1. Tentar perceber
1.1. Processo caracterizado por um elevado dispêndio de energia, facilitador de uma maior intensidade do estado de vigilância (Moran, 2003).
2. Test of Attentional and Interpersonal Style
2.1. Estilo pessoal que varia em função da amplitude e direcção do foco atencional.
2.2. Quanto à amplitude, a atenção pode ser ampla ou estreita, consoante o número de pistas a que o atleta atende em simultâneo.
2.3. Quanto à direcção, a atenção pode ser externa ou interna. A primeira, vira-se para os estímulos ambientais. A segunda, está ligada com a própria realidade mental e física.
3. Amplitude e direcção da atenção
3.1. AMPLA – EXTERNA (Avaliação)
3.1.1. Lidar com muitas pistas
3.1.2. Bola, barulho, adversário…
3.1.3. Invadido por estímulos
3.1.4. Pistas irrelevantes
3.2. AMPLA – INTERNA (Análise)
3.2.1. Delinear esquemas tácticos
3.2.2. Vislumbrar consequências
3.2.3. Fixação e inflexibilidade
3.2.4. Catastrofização
3.3. ESTREITA – INTERNA (Preparação)
3.3.1. Desenvolver uma ideia
3.3.2. Auscultar sensações corporais
3.3.3. Alheamento com o ambiente
3.3.4. Maior fadiga e dor
3.4. ESTREITA – EXTERNA (Acção)
3.4.1. Operação mais especifica
3.4.2. Lançamento, passe…
3.4.3. Perder a noção do todo
3.4.4. Ignorar sinais
4. Distractores externos e distractores internos
4.1. DISTRACTORES EXTERNOS
4.1.1. Barulho intenso produzido pelos adeptos.
4.1.2. Cartazes na assistência (bem-vindos ao inferno).
4.1.3. Suplentes a fazer aquecimento.
4.1.4. Ceder a provocações e sabotagens.
4.1.5. Erros da arbitragem.
4.2. DISTRACTORES INTERNOS
4.2.1. Pensamentos, sentimentos ou sensações corporais.
4.2.2. Baixa motivação e uma autoconfiança deteriorada.
4.2.3. Apreensão sobre avaliações externas negativas.
4.2.4. Especulações sobre o resultado final da competição.
5. Sistematização de rotinas(o que fazer)
5.1. · Sequência sistemática de pensamentos e acções relevantes, realizadas pelo atleta com o propósito de desenvolver um padrão de atitudes consistente.
5.2. · O estabelecimento de esquemas pré-definidos de actuação evitam surpresas desagradáveis. Saber o que fazer a cada momento é vital para assegurar a concentração permanente.
5.3. · Direccionando as emoções e os pensamentos, promove o equilíbrio mental e a sensação de controlo interno. Assim, através da repetição sistemática, será mais fácil melhorar a concentração e a automaticidade.
5.4. · Principia com um sinal que dá início à sua execução
5.5. · Depois, efectue uma breve sessão de imaginação, na qual se veja e sinta a realizar correctamente a tarefa que o espera.
5.6. · A seguir, deverá focalizar a atenção nos sentimentos positivos inerentes à obtenção de um resultado desportivo favorável.
5.7. · Posteriormente, deverá tentar produzir auto-afirmações encorajadoras, com a finalidade de reforçarem a confiança.
5.8. · Liste as acções a executar antes da competição: verificar o saco, saudar os adversários, observar o terreno e rever a táctica…
5.9. · Estratégia estruturante que mantém a atenção do atleta desviada de auto-sugestões negativas, assumindo-se como um roteiro centrado em pensamentos, imagens e directrizes cognitivas positivas dirigidas para a tarefa a realizar.
5.10. · Trabalho arduamente o protocolo dos meus passos durante centenas de horas, desde segunda até domingo, para ser capaz de esquecê-los no momento em que começo o exercício na barra fixa (Nadia Comanechi).
5.11. · Cada atleta deve construir as rotinas que mais se adeqúem às suas preferências. O importante é que se sinta confortável e focalizado na tarefa.
6. O que fazer
6.1. Formulação de objectivos
6.1.1. Estimular a formulação de objectivos de rendimento.
6.1.2. Desenvolver a motivação intrínseca.
6.2. Regulação da activação
6.2.1. Usar o relaxamento para reduzir a ansiedade somática.
6.2.2. Uma mente que divaga pode gerar confusão ou esquecimento.
6.3. Reestruturação do discurso interno
6.3.1. O cérebro é como uma potente fábrica que raramente pára de produzir pensamentos, conotações e avaliações.
6.3.2. Se o atleta se considera capaz de efectuar determinada tarefa, mais facilmente se irá concentrar na execução da mesma.
6.3.3. Se o seu discurso interno é um pouco autodepreciativo, maior será a probabilidade de se desconcentrar.
6.3.4. Não mobilizar a atenção para devaneios cognitivos pouco consentâneos com a actividade em causa.
6.4. DEFINIR MOMENTOS CRÍTICOS
6.4.1. Conjunto de situações mais problemáticas que se podem antecipar de modo a não perder a concentração.
6.5. Combater a fadiga
6.5.1. É uma das principais responsáveis pela degradação da concentração.
6.5.2. Cuidar da preparação física.
6.5.3. Vida regrada e períodos de descanso.
6.5.4. Alternar entre a concentração absoluta e a descompressão.
6.5.5. Distinguir as diferentes exigências atencionais.
6.5.6. Dieta cuidada e reforços nutritivos.
6.5.7. Dosear o dispêndio de energia.
6.6. RECURSO A PALAVRAS-CHAVE
6.6.1. Conjunto de pistas verbais concisas, que o ajudarão a assinalar o alvo atencional adequado em cada situação concreta da competição.
6.6.2. Devem enunciar tarefas positivas.
6.6.3. Enfatizar necessidades presentes e não futuras.
6.6.4. Estimulantes e desencadeadoras de uma atitude particular.
6.6.5. Focalizadas na acção e não nos seus resultados.
6.7. TREINO SIMULADO
6.8. AUTO-MONITORIZAÇÃO
6.8.1. · A clarividência sobre o que se faz e pensa é determinante para se poder mudar alguma coisa.
6.8.2. · Convém que o atleta se aperceba que os elevados níveis de rendimento não acontecem por acaso, mas como resultado de um padrão de comportamentos deliberados.
6.8.3. · Conscencializar-se da diferença existente entre o que foi planeado e o que realmente foi executado.
6.8.4. · Compreender o que se passou, em termos psicológicos, quando alcançaram estados de peak performance.