Inclusão

Mapa da Inclusão

Get Started. It's Free
or sign up with your email address
Inclusão by Mind Map: Inclusão

1. O que não é

1.1. Não é portador de deficiência

1.2. Não é vitima

1.3. Não é "especial"

1.4. Inclusão: Não é o mesmo que "inclusão social" - Muitos projetos sociais que afirmam trabalhar com inclusão social não aceitam em suas comunidades crianças e adolescentes com deficiência

1.5. Integração x Inclusão: Esses termos têm significados diferentes para o movimento das PcD. A Inclusão significa inserção total e incondicional (crianças com deficiência não precisam "se preparar" para ir à escola regular); na integração, a inserção é parcial e condicional (crianças "se preparam" em escolas ou classes especiais para estar em escolas ou classes regulares)

2. O que não fazer

2.1. Problema Mental: Expressão que não deve ser utilizada por se referir genérica e preconceituosamente a situações diversas, sem que se consiga identificá-las.

2.2. Síndrome Genética: É pejorativo. Melhor usar "alteração genética"; "condição genética"; "situação genética"

2.3. Portador do Vírus HIV / da Aids: para evitar uma conotação preconceituosa aconselha-se usar "pessoa vivendo com HIV" ou "soropositiva" já que estar infectado pelo vírus HIV não significa ter a doença Aids.

2.4. Normalidade: Prefira usar "pessoa sem deficiência" e não "pessoa normal"

2.5. "Ela teve paralisia cerebral." A paralisia cerebral permanece com a pessoa por toda a vida.

2.6. Em vez de "epilético", "deficiente" e "paralisado", use "pessoa com epilepsia", "pessoa que tem epilepsia", "pessoa com deficiência", "pessoa com paralisia cerebral".

2.7. - Não use para se referir a pessoas ou deficiências os termos ou expressões defeituosa, excepcional, doença, erro genético, paralítico, ceguinho, mudo, mongoloide, retardado, mutação, sofrer, anomalia, problema, preso ou condenado a uma cadeira de rodas.

2.8. "Apesar de deficiente, ele é um ótimo aluno." ou "Ela é cega, mas mora sozinha."

2.9. Nunca utilizar a expressão surdo(a)- udo(a). Uma pessoa surda é capaz de falar e/ou se expressar.

2.10. Portador de Deficiência: A palavra portador não deve ser usada porque pessoas não carregam suas deficiências nas costas

3. O que é

3.1. Desenho Universal: O conceito se propõe a gerar ambientes, serviços, programas e tecnologias acessíveis, utilizáveis equitativamente, de forma segura e autônoma por todas as pessoas – na maior extensão possível – sem que precisem ser adaptados ou readaptados especificamente.

3.2. Tadoma: Um dos recursos utilizados por pessoas surdocegas e seus guias- intérpretes para se comunicar.

3.3. Transtorno Mental: Terminologia indicada para situações associadas a doenças mentais, em pessoas que podem ou não ter uma deficiência intelectual.

3.4. Ajudas Técnicas: também chamadas tecnologias assistivas. São equipamentos, produtos ou sistemas capazes de contribuir para o pleno desenvolvimento das pessoas com deficiência.

3.5. Paralisia Cerebral: É uma condição que resulta da ausência de oxigenação em partes do cérebro que controlam as funções motoras. Isso acontece geralmente durante a gestação ou no momento do parto. A paralisia cerebral é uma deficiência motora que se manifesta de diversas formas, podendo interferir mais ou menos nos movimentos e no equilíbrio da pessoa.

4. Pra entender

4.1. Deficiência: A deficiência é uma situação resultante da interação entre um ser humano que tem uma determinada limitação e o ambiente em que vive ou está naquele instante. Definida por seis categorias:

4.1.1. Deficiência Auditiva: Em um contexto formal, a expressão "pessoas com deficiência auditiva" fará referência ao grupo de pessoas que não ouvem, parcial ou totalmente, sem especificar os graus da perda auditiva.

4.1.1.1. Surdo (a): Expressão correta quando se refere a alguém que tem perda total de audição.

4.1.1.2. Libras: Sigla para a expressão "Língua Brasileira de Sinais". Não é correto usar "linguagem de sinais" e "Linguagem Brasileira de Sinais".

4.1.1.3. Libras Tátil: É a Libras realizada na palma de uma das mãos de pessoas surdocegas por um profissional identificado como guia-intérprete.

4.1.1.4. Intérprete da Libras: Profissional capacitado e/ou habilitado em processos de interpretação da língua brasileira de sinais, que deve ter titulação, certificação e registro profissional para atuar.

4.1.2. Deficiência Física: Não é uma expressão genérica para deficiência e, portanto, tem sido utilizada indevidamente pela mídia como aquela que engloba todos os tipos de deficiência.

4.1.3. Deficiência Intelectual: Antigamente chamada de deficiência mental, a deficiência intelectual não é uma doença , é um sintoma.

4.1.4. Deficiência Múltipla: É o caso de pessoas que têm uma ou mais deficiências: física + intelectual + auditiva + visual.

4.1.5. Deficiência Psicossocial: Também chamada deficiência psiquiátrica ou deficiência por saúde mental.

4.1.6. Deficiência Sensorial: Deficiências visual e auditiva.

4.1.7. Deficiência Visual: Cegueira, na qual a acuidade visual é igual ou menor que 0,05 no melhor olho, com a melhor correção óptica

4.1.7.1. Cego(a): Pessoa cuja acuidade visual é igual ou menor que 0.05 no seu melhor olho, mesmo com a melhor correção óptica.

4.1.7.2. Braile ou Braille: Sistema de leitura por meio do tato que reproduz o alfabeto em caracteres impressos em relevo no papel. O braile foi inventado pelo francês Louis Braille em 1829.

4.1.7.3. Baixa visão significa acuidade visual entre 0,3 e 0,05 no melhor olho, com a melhor correção óptica; os casos nos quais a soma da medida do campo visual em ambos os olhos for igual ou menor que 60o; ou a ocorrência simultânea de quaisquer das condições anteriores.

4.2. Acessibilidade: Costuma ser associada apenas a questões físicas e arquitetônicas, mas expressa um conjunto de dimensões diversas, complementares e indispensáveis para que haja efetiva inclusão.

4.2.1. Acessibilidade Arquitetônica: sem barreiras ambientais físicas, nas residências, nos edifícios, nos espaços urbanos, nos equipamentos urbanos, nos meios de transporte individual ou coletivo.

4.2.2. Acessibilidade Comunicacional: sem barreiras na comunicação interpessoal (face a face, língua de sinais), escrita (jornal, revista, livro, carta, apostila, etc., incluindo textos em braile, uso do computador portátil), e virtual (acessibilidade digital).

4.2.3. Acessibilidade Metodológica: sem barreiras nos métodos e técnicas de estudo (escolar), de trabalho (profissional), de ação comunitária (social, cultural, artística etc.), de educação dos filhos (familiar).

4.2.4. Acessibilidade Instrumental: sem barreiras nos instrumentos, utensílios e ferramentas de estudo (escolar), de trabalho (profissional), de lazer e recreação (comunitária, turística, esportiva, etc.).

4.2.5. Acessibilidade Atitudinal: sem preconceitos, estigmas, estereótipos e discriminações, nas pessoas em geral.

4.2.6. Acessibilidade Programática: sem barreiras invisíveis embutidas em políticas públicas (leis, decretos, portarias etc.), normas e regulamentos (institucionais, empresariais etc.).

5. Educação Inclusiva

5.1. Educação Inclusiva refere-se a um contemporâneo conceito de educação disponível para toda criança e adolescente, não importa de que modo se locomova, ande, pense, leia ou não leia, a despeito de sua origem, religião, temperamento, condição humana.

5.2. Escola Regular: Para se referir às escolas que não são especiais, o ideal é usar "escola regular" ou "escola comum" e, no caso das turmas, "classe regular" ou "classe comum".

5.3. "Escola especial". Ela foi usada durante muito tempo como um eufemismo, para "compensar" a deficiência. Ainda é usada quando se refere à educação (necessidades educacionais especiais), mas, mesmo aí, é preferível dizer "necessidades específicas".