ECONOMIA DO DESENVOLVIMENTO DA INOVAÇÃO NAS UNIVERSIDADES FEDERAIS

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ECONOMIA DO DESENVOLVIMENTO DA INOVAÇÃO NAS UNIVERSIDADES FEDERAIS by Mind Map: ECONOMIA DO DESENVOLVIMENTO DA INOVAÇÃO NAS UNIVERSIDADES FEDERAIS

1. Pressuposto

1.1. A inovação é finalidade das atividades de pesquisa e desenvolvimento; contudo, a ação de inovação, não necessariamente, decorre de atividades imediatas de pesquisa e desenvolvimento, podendo ser resultante da aplicação de conhecimentos e técnicas já consagradas, bastando que seja novidade para a unidade produtiva.

1.1.1. No âmbito das universidades, as atividades geradoras de inovação são também espécies do gênero Extensão, devendo assim apresentar as características definidas no conceito da Lei nº 10.973/2004.

2. Objetivo?

2.1. Avaliar as interações entre universidades federais e empresas no Brasil e seus impactos no desenvolvimento de inovação.

3. Problemas

3.1. Em que medida os incentivos voltados às atividades de ensino, pesquisa e extensão nas universidades públicas federais articulam-se de forma harmônica com a expectativa de geração de inovação ?

3.2. Em que medida as universidades públicas federais contribuem de forma sustentável para o incremento da inovação no país?

3.2.1. 1.1 qual o potencial de contribuição das universidades públicas federais e dos institutos federais tecnológicos para a geração de inovação no país? 1.2 quais as características predominantes nos projetos/atividades que envolvem relacionamentos entre as universidades públicas federais/institutos federais tecnológicos e atores externos? 1.3 como as variáveis presentes nos projetos/atividades geradores de inovação nas universidades públicas federais/institutos federais tecnológicos se relacionam? 1.4 de que forma e em que medida as universidades públicas federais e os institutos federais tecnológicos são remunerados por sua contribuição nos projetos geradores de inovação executados em parceria com agentes externos? 1.5 quais são os conceitos de inovação utilizados pelas universidades públicas federais e institutos federais tecnológicos para efeito de classificação das interações realizadas entre as entidades e os atores externos e quais são os eventuais impactos dessa classificação? 1.6 os incentivos voltados às atividades de ensino, pesquisa e extensão nas universidades públicas federais e dos institutos federais tecnológicos articulam-se de forma harmônica com a expectativa de geração de inovação nestas instituições?

4. Hipótese?

4.1. Inovações em processos são resultantes ou se beneficiam da interação promovida por meio de prestação de serviços especializados, não necessariamente atrelados à pesquisa básica ou aplicada.

4.1.1. De acordo com Rapini, Oliveira e Silva Neto (2014), as empresas comprometidas com inovação o fizeram mais em processo (na média 32,0%) do que em produto (na média 23,7%).

4.2. Há um desalinhamento entre expectativas e entregas ...

4.3. Existe subnotificação ...

5. Problemática

5.1. O Brasil ocupa baixas posições quando o assunto é inovação.

5.1.1. Indicadores

5.1.1.1. Brasil encontra-se apenas na 69º posição no ranking de inovação, segundo o Global Index Inovation 2018, e na 71º no Global Competitiveness Report 2019,

5.1.1.2. Brasil ser a 13ª nação em publicação científica de relevância mundial (CLARIVATE; CAPES, 2017)

5.1.1.3. A baixa publicação de universidades públicas resultante de parcerias com empresas, com apenas 1% do total (CLARIVATE; CAPES, 2017).

5.1.2. Causas

5.1.2.1. O baixo nível de competição na economia brasileira que propicia a sobrevivência (muitas vezes subsidiada pela atuação governamental) de empresas e atividades ineficientes. (Um dos principais impulsos para a inovação nas empresas é a concorrência; sem ela, não há razão para que as empresas assumam o risco de investir em inovação.) (DE NEGRI; 2017);

5.1.2.2. A configuração predominantemente pública impõe alguns desafios adicionais ao sistema de C&T, relacionados com um ambiente institucional caracterizado por regras mais rígidas e burocráticas de funcionamento, típicas do setor público (DE NEGRI; SQUEFF, 2016)

5.1.2.3. O investimento público em P&D tem como principal objetivo fomentar a ciência, genericamente. (Parcela relevante do investimento público em P&D norte-americano é voltada a resolver problemas concretos da sociedade, sejam eles de defesa, sejam de saúde, sejam de segurança cibernética etc.)

5.1.2.4. Baixa apropriabilidade dos resultados da P&D pela empresa. (Nos investimentos em P&D cujos resultados beneficiam somente a empresa, esta tem incentivos para investir recursos próprios.)

5.1.2.5. O resultado da pesquisa não é apropriável pelo órgão financiador da bolsa. (Isso significa que não é possível cobrar resultados concretos a partir dos investimento). (DE NEGRI; 2017);

5.1.2.6. O orçamento da própria instituição de pesquisa costuma ser a principal fonte, além de agências públicas de fomento, como a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), o CNPq e a Capes.

5.1.2.7. A fragmentação excessiva e a baixa escala dos projetos de C&T, por um lado, e a falta de um sentido estratégico, por outro. (DE NEGRI; 2017);

5.1.2.8. O país não dispõe de laboratórios capazes de dar condições competitivas de trabalho aos novos doutores que o país tem formado. (Os laboratórios no qual o país investiu, nos últimos anos, com raras exceções, são laboratórios pequenos, geralmente vinculados a um professor, dentro dos departamentos das universidades brasileiras).

6. Justificativa

6.1. Universidades e Institutos Tecnológicos Públicos Federais podem incrementar a difusão de inovação para a sociedade, a partir da interações com o ambiente produtivo.

6.1.1. São massivamente as que produzem pesquisa científica, com mais de 95% das publicações relevantes (CLARIVATE; CAPES, 2017).

6.1.2. São as mais citadas em nível mundial (top 1) quanto pelo top 10. Das 23 universidades listadas, todas são públicas, sendo 18 federais e cinco estaduais.

6.1.3. As instalações de pesquisa no Brasil são predominantemente públicas e boa parte das instalações de pesquisa brasileiras estão dentro de universidades.

6.2. O paradigma da Tríplice Hélice: “Em contraste com teorias que enfatizam o papel do governo ou das empresas na inovação, a Hélice Tríplice foca a universidade como fonte de empreendedorismo, tecnologia e inovação, bem como de pesquisa crítica, educação e preservação e renovação do patrimônio cultural.” Henry Etzkowitz (2002 e 2017)

6.2.1. A pesquisa acadêmica fornece compreensões e técnicas que a indústria posteriormente emprega para uma variedade de outros propósitos. As atividades de pesquisa acadêmicas estimulam e aumentam o poder das atividades de pesquisa e desenvolvimento (P&D) realizadas na indústria e criam novos instrumentos e técnicas científicas (ROSENBERG; NELSON, 1994; ROSENBERG, 1992; Op. cit. RAPINI; OLIVEIRA; SILVA NETO, 2014);

7. Representação semântica do tema

7.1. Economia do Desenvolvimento da Inovação nas Universidades Públicas Federais

7.1.1. Origem: Desenvolvimento Científico, Tecnológico e Inovação no Brasil/ Instrumentos de incentivo à inovação no Brasil

7.1.2. Conceito de economia: estudo da produção, distribuição, e consumo de bens e serviços

7.1.3. Conceito de economia do desenvolvimento: ramo que trata dos aspectos que promovem o desenvolvimento (crescimento econômico e melhoria do bem-estar social)

7.1.4. Conceito de mercado: coleção de compradores e vendedores que interagem, resultando na possibilidade de troca (Pindick e Rubinfield, 1995). As trocas são governadas pela lei da oferta e demanda

7.1.4.1. Mercado potencial: Estimativa do volume a atingir pelas vendas de um determinado produto ou conjunto de compradores que estão em condições de adquirir esse produto (os consumidores que adquirem o tipo de produto fabricado pela empresa e pela concorrência).

7.1.4.2. Mercado real: Volume de vendas efetivo de um determinado produto ou número de consumidores que compram o produto (os consumidores do produto que a empresa fabrica).

7.1.4.3. Fatores de evolução no curto/ médio prazo: conjuntura econômica, política e social e variações sazonais

7.1.4.4. Fatores de evolução a longo prazo: em destaque, o tempo!

7.2. Mercado

7.2.1. Empresas demandando conhecimento e serviços especializados

7.2.1.1. Quais são os incentivos para a atuação das empresas no mercado de inovação baseado no modelo tríplice hélice?

7.2.1.1.1. - Pesquisa e desenvolvimento a menor custo?

7.2.1.1.2. - Prestação de serviço especializado com um bom coeficiente custo/ benefício?

7.2.1.1.3. - Acesso a tecnologia e estruturas físicas?

7.2.1.1.4. Acesso a conhecimentos especializados?

7.2.2. Universidades ofertando conhecimento e serviços especializados

7.2.2.1. Quais são os incentivos para a atuação das universidade federais no mercado de inovação baseado no modelo tríplice hélice?

7.2.2.1.1. Acesso a investimentos?

7.2.2.1.2. Aumento de pesquisas aplicadas?

7.2.2.1.3. Melhoria da imagem pública?

7.2.2.1.4. Internacionalização da pesquisa e do conhecimento?

7.2.2.1.5. Inserção no mercado econômico?

7.2.2.1.6. Reforço orçamentário com fontes próprias?

7.2.2.1.7. Resoluções de problemas na sociedade?

7.2.3. Mercado real: 1.2 1.3 1.4

7.2.3.1. Avaliação da eficácia e da eficiência do modelo tríplice hélice baseada em indicadores de desempenho da economia do desenvolvimento da inovação nas universidades públicas federais?

7.2.4. Mercado potencial: 1.1

8. INTERAÇÃO X INOVAÇÃO