Os postulados da economia clássica

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Os postulados da economia clássica by Mind Map: Os postulados da economia clássica

1. A teoria clássica depende dependa das seguintes hipóteses

1.1. (1) que o salário real é igual à desutilidade marginal do tra- balho existente;

1.2. (2) que não existe o que se chama desemprego involuntário no seu sentido estrito;

1.3. (3) que a oferta cria a sua própria procura, no sentido de que o preço da procura agregada é igual ao preço da oferta agregada para todos os níveis de produção e de emprego.

2. Estás conclusões podem ter-se aplicado ao tipo de economia em que realmente vivemos por falsa analogia com algum tipo de economia sem trocas.

3. Desde o tempo de Say e de Ricardo os economistas clássicos têm ensinado que a oferta cria sua própria procura; isto significa de modo expressivo, mas não claramente definido, que o total dos custos de produção deve ser gasto por completo, direta ou indiretamente, na compra do produto:

4. Uma vez afastado o segundo postulado, porém, um declínio do emprego, embora necessariamente associado ao fato de que o trabalho receba um salário equivalente a uma quantidade maior de bens de consumo, não se deve, necessariamente, ao fato de que a mão-de-obra reclame uma quantidade maior desses bens; e a aceitação, pela mão- de-obra, de menores salários nominais não é, necessariamente, um remédio para o desemprego.

5. Contudo, se a teoria clássica é apenas aplicável ao caso do pleno emprego, torna-se obviamente enganoso aplicá-la aos problemas de de- semprego involuntário.

6. Pode se dizer que o primeiro postulado significa que em certo estado de organização, equipamento e técnica, os salários reais e o volume de produção (e, portanto, do emprego) são correlacionados de uma única forma, de tal modo que, em termos gerais, um aumento do emprego só pode ocorrer simultaneamente com um decréscimo da taxa de salários reais. Com isso, não estou contestando este fato fundamental que os economistas clássicos (corretamente) declararam inatacável.

7. V

8. Resulta dessa definição que a igualdade entre o salário real e a desutilidade marginal do emprego, presumida pelo segundo postulado, corresponde, quando interpretada de maneira realista, à ausência de desemprego “involuntário”.

9. Existem desempregados involuntários quando, no caso de uma ligeira elevação dos preços dos bens de consumo de assalariados relativamente aos salários nomi- nais, tanto a oferta agregada de mão-de-obra disposta a trabalhar pelo salário nominal corrente quanto a procura agregada da mesma ao dito salário são maiores que o volume de emprego existente.

10. IV

11. A competição em torno dos salários nominais influi, primordialmente, sobre a distribuição do salário real agregado entre os diferentes grupos de trabalhadores e não sobre o montante médio por unidade de emprego.

12. Uma vez que a mobilidade do trabalho é imperfeita e os salários não tendem a estabelecer uma exata igualdade de vantagens líquidas para as diferentes ocupações qualquer indivíduo ou grupo de indivíduos que consinta numa redução dos seus salários nominais em relação a outros sofre uma redução relativa do salário real

13. Isso suscita duas observações, a primeira das quais se relaciona com o comportamento dos trabalhadores em face dos salários reais e dos salários nominais, respectivamente, e não é teoricamente funda- mental; a segunda, porém, o é

13.1. III

14. A escola clássica concilia este fenômeno com seu segundo postulado, argumentando que, se a procura de mão-de-obra ao salário nominal vigente se acha satisfeita antes de estarem empregadas todas as pessoas desejosas de trabalhar em troca dele, isso se deve a um acordo declarado ou tácito entre os operários de não trabalharem por menos, e que, se todos eles admitissem uma redução dos salários no- minais, maior seria o volume de emprego atendido.

15. Se fosse maior a procura de mão-de-obra, maior quantidade de trabalho seria oferecida ao nível do salário nominal:

16. Além do desemprego “friccional”, o postulado é ainda compatível com o desemprego “voluntário”, em razão da recusa ou incapacidade de determinada unidade de mão-de-obra em aceitar uma remuneração equivalente a sua produtividade marginal.

16.1. Desemprego voluntário: significa a recusa ou a incapacidade de determinada unidade de mão-de-obra em aceitar uma remuneração equivalente à sua produtividade marginal.

17. Esse postulado é compatível com o que se pode chamar desem- prego “friccional”, pois uma interpretação realista do mesmo permite, com plena justificação, conciliar certas imperfeições de ajustamento que impedem um estado contínuo de pleno emprego, como, por exemplo, o desemprego em razão de uma temporária desproporção dos recursos especializados.

17.1. Desemprego friccional: oriundo de uma desproporção temporária dos recursos especializados ou da proporção de recursos não empregados entre um e outro trabalho.

18. sto significa que o salário real de uma pessoa empregada é exa- tamente suficiente ( na opinião das próprias pessoas empregadas) para ocasionar o volume de mão-de-obra efetivamente ocupado, com a res- trição de que a igualdade para cada unidade individual de trabalho pode ser alterada por combinações entre as unidades disponíveis para empregar-se, análogas às imperfeições da concorrência que qualificam o primeiro postulado.

19. Segundo postulado:

20. II

21. VI

22. VII

23. A escola clássica presumiu, tacitamente, que este fato não traria uma mudança significativa de sua teoria. Mas isso não é exato, pois, se a oferta de trabalho não for uma função dos salários reais como sua única variável, seu argumento desmorona-se por completo, deixan- do totalmente indeterminada a questão do que será o nível definitivo de emprego

24. Então salário de uma pessoa empregada é igual ao valor que se perderia se o emprego fosse reduzido uma unidade

25. O salário é igual ao produto marginal do trabalho

26. Primeiro postulado

27. I