O CORPO E A MORTE

Mapa mental criado para a atividade da disciplina de CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS À SAÚDE da Faculdade de Medicina da UFMG. Elaborado por Julmar Carvalho, graduando do curso de Medicina.

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O CORPO E A MORTE by Mind Map: O CORPO E A MORTE

1. A Visão do Corpo na História

1.1. A visão do corpo, sua relação com a morte a doença variaram com o tempo e cultura. Através da observação foram obtidas ideias com prerrogativas de que o equílibrio, a coletividade e o individualismo influenciavam o corpo e sua saúde.

1.2. O corpo em algumas culturas, em determinados tempos históricos, foi visto como a dimensão material do ser (que poderia ou não ser dividido em uma entidade espiritual ou intrínseca à matéria). Foi valorizado assim como também depreciado

1.3. A diferenciação entre o corpo natural e o não natural fica evidente na atualidade. Onde o corpo natural está fadado à "imperfeições" e doenças.

1.3.1. A grande influência midiática e o estabelecimento de padrões para uma espécie de variados biotipos fez crescer na indústria a oportunidade de ganhos com a ideia de que "é possível melhorar o seu corpo natural fadado à imperfeições e doenças". Produtos e Métodos que prometem melhorar aparência e evitar problemas inerentes à vida estão disponíveis no mercado.

1.3.1.1. Além disso, a busca por um corpo perfeito sintético pode não ser saudável, de acordo com a ciência. O foco nas "Imperfeições" do corpo natural, que são inerente aos corpos, se torna o epicentro da vida de muitas pessoas. Uma característica marcante da sociedade contemporânea.

1.3.2. Essa visão promove auto-críticas infundamentadas, visto que, a diversidade biológica não permite a padronização do corpo e essa ideia auxilia no desencadeamento de diversos quadros psicológicos, principalmente em jovens e adolescentes.

2. A Morte

2.1. A morte como consequência da vida, parece ser simples, mas encontra grandes obstáculos no psíquico humano, principalmente pelas emoções desencadeadas por esse fenômeno. O que é mais marcante no Brasil, país que apresenta comportamento interessante em relação a morte durante os grandes números de perdas pela COVID-19.

2.1.1. Em muitos lugares as pessoas estão acabando com as medidas de isolamento social e preventivas, mesmo que a média diária de mortes no país se encontre ao redor de 1000, mesmo que a morte ainda seja um tabu na sociedade brasileira. A morte numérica, apenas em contagem, parece ter efeito diferente da morte propriamente dita.

2.2. A herança cultural, seja por influência da grande religiosidade associada ao Estado na formação do país ou a prevalência de ideais morais sobre uma sociedade diversa, cria uma visão típica nos brasileiros em relação a morte.

2.2.1. Muito pouco se fala sobre a morte, pouco se relativiza sobre ela e na maioria das vezes o tema não é bem discutido, é deixado de lado e seu enfrentamento é tratado como desnecessário.

2.3. A banalização da morte, ainda mais evidente durante a pandemia, acontece principalmente nos grupos mais oprimidos da sociedade, seja em momentos de pandemia ou outros de teor histórico, como a escravidão.

2.3.1. O genocídio policial, que acontece quase que hegemônicamente com jovens negros

2.3.2. A importação da pandemia pelas classes altas, cujas condições socioeconômicas auxiliam na paralização do contágio. Diferentemente das localidades mais carentes, onde faltam desde saneamento básico até moradia digna para a realização de um isolamento social adequado. O resultado é a morte de mais pessoas negras, que muitas vezes são obrigados a sair para manter a sociedade em funcionamento.

2.4. Os indigentes

2.4.1. Estratégia de manipulação de dados, onde o simples número de baixas não incita comoção nem mesmo medo do vírus. Os mortos durante a pandemia passam de 110 mil e o números não caem, exceto os das taxas de isolamento.

2.4.2. O "Holocausto Brasileiro" nos hospitais psiquiátricos judiciários evidencia um pouco do tratamento da população quanto a morte e a própria vida (quase sempre dos marginalizados). Nessas instituições a falta de condições era extrema, pessoas era aprisionadas sem laudos corroboradores de doença mental.

2.4.3. Indigentes, na maioria das vezes possui o perfil atrelado a pessoas negras, que se comprova quando analisa-se os documentos dos cadáveres utilizados para estudo nas escolas de medicina. A maioria era composta por negros

3. O corpo, saúde e doença

3.1. Culturas e Religiões

3.1.1. As visões sobre a morte, doença e o corpo variam de acordo com a cultura, bem como variam nesses quesitos de acordo com o momento histórico.

3.1.1.1. De acordo com Marcel Mauss, a sociedade está presente no indivíduo e influencia comportamentos corporais, interferindo até mesmo em suas posturas corporais.

3.1.1.2. Levi-Strauss apresentou a ideia do corpo como fato social, uma tríplice social, histórica ou cultural e a dimensão fisiopsicológica.

3.1.1.3. A Medicina Tradicional

3.1.1.3.1. Na Medicina Tradicional Chinesa e Tibetana, o corpo possui simbolismos anatômicos por onde existem passagens de energias, interações sobrenaturais.

3.1.1.3.2. O sincretismo Umbandista coloca o corpo sobre influência de uma totalidade, incluindo influências do coletivo extra-humano.

3.2. Doença e Drogas na Atualidade

3.2.1. A indústria farmacêutica na grande maioria das vezes segue a mesma lógica imposta pela mídia diante do corpo natural

3.2.1.1. O objetivo final de lucro auxilia na criação de formas mais práticas de combater enfermidades ao invés de promover estilo de vida saudável ou métodos de prevenção. Há simples pílulas que podem ser ingeridas e que resolverão os problemas, ou quase isso

3.2.1.2. Medicamento que criam dependência química e cujo foco de combate pode ser evitado por alterações de hábitos e difusão de informação.