9 certos da enfermagem
by Mirian Midori Miyake
1. Nessa última etapa devemos observar cuidadosamente o paciente, para identificar se o medicamento teve o efeito desejado. Registrar em prontuário e informar ao prescritor, todos os efeitos diferentes (em intensidade e forma) do esperado para o medicamento. Devemos considerar o que o paciente ou familiar relata e nunca menosprezar ou desprezar as informações concedidas.
2. Via certa
2.1. Em relação a via certa, devemos:
2.2. – Verificar se a via de administração prescrita é a via tecnicamente recomendada para administrar determinado medicamento.
2.2.1. – Verificar se o diluente (tipo e volume) foi prescrito.
2.3. – Analisar se o medicamento tem compatibilidade com a via prescrita. Ver identificação da via na embalagem.
2.4. – Avaliar a compatibilidade do medicamento com os produtos utilizados para sua administração (seringas, cateteres, sondas, equipos, e outros).
2.5. – Esclarecer todas as dúvidas com a supervisão de enfermagem, prescritor ou farmacêutico previamente à administração do medicamento.
3. Hora certa
3.1. As medicações devem ser administradas sempre na hora prescrita, evitando atrasos. Nesta etapa devemos lembrar que:
3.2. – A medicação deve ser preparada na hora da administração, de preferência à beira leito.
3.3. – Em caso de medicações administradas após algum tempo do preparo devemos atentar para o período de estabilidade (como quimioterápicos) e também para a forma de armazenamento.
3.4. – A antecipação ou o atraso da administração em relação ao horário predefinido somente poderá ser feito com o consentimento do enfermeiro e do prescritor.
4. Registro certo da administração
4.1. O registro de todas as ocorrências relacionadas a administração de medicações é um importante instrumento para garantir a segurança do paciente na continuidade dos cuidados. Lembre-se, você não estará lá no próximo turno para esclarecer dúvidas! Então anote com atenção, clareza e detalhes importantes. Registre:
4.2. – Na prescrição o horário da administração do medicamento e cheque!
4.3. – Na anotação de enfermagem, registre o medicamento administrado e justifique em casos de adiamentos, cancelamentos, desabastecimento, recusa do paciente e eventos adversos.
5. Orientação correta
5.1. A orientação correta refere-se tanto ao profissional quanto ao paciente!
5.2. Qualquer dúvida deve ser esclarecida antes de administrar a medicação
5.3. De acordo com os 10 passos para segurança do paciente, o paciente também é uma barreira para prevenir erros e deve ser envolvido na segurança de sua assistência!
5.4. Devemos informar o paciente sobre qual medicamento está sendo administrado (nome), para que “serve” (indicação), a dose e a frequência que será administrado.
6. Resposta certa
7. Paciente certo
7.1. Para certificar-se que a medicação será administrada no paciente certo, preconiza-se:
7.2. – Utilizar dois identificadores (como nome do paciente e data de nascimento)
7.3. – Questionar ao paciente, confirmar com a pulseira de identificação.
7.4. – Verificar se o nome corresponde ao nome identificado no leito, nome identificado no prontuário e nome identificado na PRESCRIÇÃO MÉDICA.
7.5. – Evitar dentro do possível internar duas pessoas com nomes similares na mesma enfermaria.
7.6. – Evitar, dentro do possível que o mesmo funcionário seja responsável pela prestação da assistência de enfermagem a dois pacientes com nomes similares.
8. Medicamento certo
8.1. Esta etapa abrange:
8.2. – Conferir se o nome do medicamento que tem em mãos é o que está prescrito. Antes de administrar, deve-se conferir o nome do medicamento com a prescrição médica.
8.3. – Averiguar alergias. Pacientes que tenham alergia a alguma medicação devem ser identificados com pulseira e aviso no prontuário. Se houver associação de medicamentos (buscopam composto= dipirona + escopolamina), deve-se certificar-se de que o paciente não é alérgico a nenhum dos componentes.
9. Dose certa
9.1. Esta etapa, assim como todas outras é crucial. Abrange:
9.2. – Conferir atentamente a dose prescrita para o medicamento. Doses escritas com “zero”, “vírgula” e “ponto” devem receber atenção redobrada, conferindo as dúvidas com o prescritor sobre a dose desejada, pois podem redundar em doses 10 ou 100 vezes superiores à desejada.
9.3. – Verificar a unidade de medida utilizada na prescrição, em caso de dúvida ou medidas imprecisas (colher de chá, colher de sopa, ampola).
9.3.1. – Conferir a velocidade de gotejamento. Realizar dupla checagem dos cálculos para o preparo e programação de bomba para administração de medicamentos potencialmente perigosos ou de alta vigilância.