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FARMACOCINÉTICA by Mind Map: FARMACOCINÉTICA

1. Distribuição

1.1. A distribuição da maioria dos fármacos é feita pela corrente sanguínea, ele não faz efeito lá, mas é transportado para os tecidos corporais, entretanto, é necessário se atentar aos fatores que influenciam nesse processo, pois podem prejudicar a Biotransformação.

1.2. Na distribuição teremos o fármaco ativo/livre, que será excretado, passível de biotransformação e efeitos farmacológicos, e o fármaco ligado à proteínas, que será liberado, mas possuem volume de distribuição menor.

1.3. Além da possibilidade de ligação à proteínas, o fármaco também pode ter afinidade pelo tecidos, e isso acarreta um volume de distribuição maior, prolongando a ação do medicamento. Possui menos fármaco livre. Isso ocorre, geralmente, em pessoas idosas e obesas, por exemplo.

1.4. Os fármacos destinados a atuar no SNC ainda encontram um problema para sua ação, sendo ele a barreira hematoencefálica, que protege o sistema nervoso central de substâncias estranhas, então o medicamento deve ser pequeno e utilizar as proteínas como transporte.

2. Metabolismo de fármacos (Biotransformação)

2.1. Um dos órgãos mais importantes na fase de biotransformação é o fígado, além do trato GI, rins e pulmões.

2.2. Fase I - Reações de funcionalização

2.2.1. Geralmente resultam na perda da atividade farmacológica.

2.2.2. Se não forem excretados rapidamente na urina, os produtos da fase I podem interagir com compostos endógenos para formar conjugados mais hidrossolúveis.

2.2.3. A metabolização do fármaco ocorre no retículo endoplasmático liso (sistemas enzimáticos).

2.2.4. Durante as reações da fase 1, identifica-se o Citocromo P450, principal mecanismo para metabolização de produtos endógenos e xenobióticos.

2.2.5. O organismo pode fazer a indução ou inibição do CYP450, desencadeando alterações nos medicamentos.

2.2.5.1. O CYP450, se induzido, aumentam a velocidade da excreção de xenobióticos, deixando a biodisponibilidade menor.

2.2.5.2. O CYP450, se inibido, diminuem a excreção de xenobióticos, deixando a biodisponibilidade maior.

2.3. Fase II - Reações de conjugação

2.3.1. Formação de uma ligação covalente entre um grupo funcional do composto original ou do metabólito da Fase I e o ácido glucurônico sulfato, glutationa, acetatos, metilas ou aminoácidos (formados por processos endógenos).

2.3.2. A metabolização do fármaco ocorre no citosol dos hepatócitos (sistemas enzimáticos).

3. Eliminação

3.1. A eliminação dos fármacos podem ocorrer pelos rins (urina), fígado (bile/fezes) e pulmões (ar expirado), além de suor, saliva, lágrimas e leite materno.

3.1.1. Indivíduos com problemas de disfunção renal podem ter dificuldade de excretar os fármacos por essa via, podendo causar riscos para a saúde.

3.2. Nos rins, a estrutura Néfron é a responsável por produzir a urina, eliminando a maioria dos resíduos do organismo através de 3 etapas.

3.2.1. Filtração glomerular

3.2.2. Secreção tubular proximal

3.2.3. Filtração glomerular distal (Reabsorção e transporte de volta ao sangue)

3.3. Na eliminação fecal, os fármacos passam pelo fígado e, normalmente, são confundidos com o colesterol (ciclopentanoperidrofenantreno), por isso são eliminados após a digestão, se não forem reabsorvidos pelo organismo.

3.4. É de fundamental importância ter ciência da dosagem terapêutica do medicamento, para que não seja administrado incorretamente, atingindo a faixa tóxica ou permanecendo na faixa subterapênutica.

3.5. A eliminação na meia-vida significa que a excreção do medicamento será feita na queda da faixa terapêutica para a faixa subterapênutica.

3.5.1. Fármaco com meia-vida curta precisam ser administrados com uma maior frequência, já os fármaco com meia-vida longa, podem ser administrados com período de tempo mais espaçado.

4. Conceito e importância

4.1. A farmacocinética aborda os processos de administração, absorção, distribuição, biotransformação e eliminação dos medicamentos e o tempo de cada processo, considerando a influência do medicamento no organismo.

4.2. Etapas da farmacocinética

4.2.1. Biofarmacêutica: Etapa onde os medicamentos, com exceção dos administrados por via tópica ou via endovenosa, são desintegrados e liberados no organismo, ocorrendo a dissolução do princípio ativo.

4.2.2. Absorção: o medicamente é absorvido na corrente sanguínea.

4.2.3. Distribuição: ao chegar na corrente sanguínea, o medicamento é distribuído para o organismo.

4.2.4. Biotransformação: no organismo, o medicamento é metabolizado e começa a perder o efeito.

4.2.5. Excreção: após perder o efeito, o medicamento é eliminado pelo organismo.

4.3. Ao compreender a farmacocinética, conseguimos distinguir os efeitos do medicamentos no organismo com outros sintomas presentes no indivíduo, além de controlar as dosagens para benefício do paciente.

5. Absorção de medicamentos

5.1. Os medicamentos ingeridos passam pelo estômago e são absorvidas no intestino, então alcançam o fígado, onde uma parte sofre eliminação renal (biliar/fecal), assim, o que não foi eliminado cai na corrente sanguínea e passa pela circulação sistêmica.

5.1.1. As etapas da farmacocinética não ocorrem fidedignamente para todos os medicamentos, alguns não utilizam todos esses processos, pois são eliminados ainda no processo de absorção.

5.2. Cada medicamento tem uma curva dose-resposta diferente, então, se for alterar medicamentos relacionados a mesma função, deve ser testada sua bioequivalência, para comprovar que não apresentam diferenças significativas em relação à biodisponibilidade.

5.2.1. Para lançar um medicamento genérico é necessário que seja realizado um teste de Bioequivalência, para comprovar a Biodisponibilidade, garantindo que a eficácia é comparada com o medicamento de referência.

6. Vias de administração de medicamentos

6.1. A administração do medicamento não é aleatória ou por opção do paciente, mas pela necessidade momentânea, considerando a ação desejada no organismo, o tempo que o medicamento deve fazer efeito, o estado do paciente e do medicamento.

6.2. Enteral

6.2.1. Via Oral: Maior absorção do fármaco. O medicamento tem um envoltório químico, responsável por proteger o fármaco do ácido gástrico, sendo dissolvido apenas no intestino. Possibilita que o medicamento seja administrado em um período mais espaçado e pelo próprio paciente.

6.2.2. Via Sublingual: Comprimido não é engolido, normalmente utilizado quando o fármaco é instável em pH gástrico. Possui rápida metabolização, porém só é eficiente em pacientes conscientes.

6.2.3. Via Gástrica: Administração utilizada quando o paciente está com sonda.

6.2.4. Via Retal: Administração recomentada principalmente quando o paciente está impossibilitado de utilizar a boca, dificuldade para engolir ou vômito frequente. Tem menos eliminação na absorção do medicamento.

6.3. Parenteral

6.3.1. Via Transdérmica: Medicamento embutido em um adesivo indolor e administrado pelo próprio paciente.

6.3.2. Via Subcutânea: Abaixo da pele. Possui uma rápida absorção e pode ser administrado pelo próprio paciente, após orientação, entretanto, pode causar irritação com o tempo. Exemplo: Aplicação da insulina

6.3.3. Via Intramuscular: Possui uma ação rápida, pois o medicamento é depositado diretamente no tecido muscular. São utilizadas as soluções aquosas e oleosas, sendo está última um pouco mais lenta. Entretanto, procedimento deve ser realizado apenas por um profissional e com o cuidado de não atingir uma veia ou artéria.

6.3.4. Via Intravenosa: Utilizado em casos de emergência, pois sua absorção pelo organismo é rápida e precisa, sendo benéfico para algumas situações e prejudicial em outras, uma vez que, após ser administrado, não é possível retirá-lo do organismo. Apenas pode ser administrado por um profissional.

6.4. Via Tópica: Utilizada para efeito local, como irritação nos olhos ou dor de ouvido.

6.5. Via Inalatória: Nessa via de administração, o pulmão recebe o medicamento e também o elimina, então, a absorção é muito rápida.