1. Eumicetomas
1.1. São micetomas causados por fungos
1.2. Transmissão
1.2.1. A transmissão é sempre endógena, através de traumatismo
1.2.2. Principais espécies de Eumicetomas:
1.2.2.1. Madurella mycetomatis
1.2.2.2. Madurella grisea
1.2.2.3. Exophiala jeanselmei
1.2.2.4. Pseudoallescheria ‘boydii
1.2.2.5. Acremonium sp.
1.3. Manifestações Clínicas
1.3.1. Ocorrem principalmente nos membros inferiores, sendo caracterizados por lesões crônicas, abcedantes, com formação de fístulas, por onde drena material seroso e grãos. Nas fases mais avançadas pode haver o comprometimento dos ossos.
1.4. Diagnóstico Laboratorial
1.4.1. Material biológico: secreção serosa, grãos e biópsias.
1.4.2. Exame microscópios dos grãos entre lâmina e lamínula, após clarificação com potassa:
1.4.2.1. Serão evidenciadas massas de hifas e clamidoconídios.
1.4.3. Biópsia
1.4.3.1. Exame anatomopatológico.
1.4.4. Cultivo do material seroso, grãos e biópsias:
1.4.4.1. O meio utilizado é o ágar Sabouraud sem inibidores. A identificação da espécie do fungo é feita pela macro e micromorfologia das colônias e micromorfologia do microcultivo.
2. É a designação coletiva de um grupo de micoses e actinobacterioses subcutâneas, causadas respectivamente por fungos e actinomicetos.
3. Furb
3.1. Matéria de Micologia clínica
3.1.1. Aluna: Giovana Hafemann Metzler.
4. Actinomicetomas
4.1. São micetomas causados por actinomicetos
4.2. Actinomicetomas endógenos:
4.2.1. São causados por actinomicetos anaeróbios. Os agentes etiológicos fazem parte da flora da cavidade oral e intestinal.
4.2.1.1. Actinomyces israelli
4.2.1.2. Arachnia propionica
4.2.2. Transmissão:
4.2.2.1. Traumas internos.
4.3. Actinomicetomas exógenos:
4.3.1. São causados por actinomicetos aeróbicos, sendo encontrados no solo e ar.
4.3.1.1. Nocardia asteroides
4.3.1.2. Nocardia brasiliensis
4.3.1.3. Actinomadura madurae
4.3.1.4. Actinomadura pelletieri
4.3.1.5. Streptomyces somaliensis
4.3.2. Transmissão:
4.3.2.1. Ocorre através de traumas externos (membros inferiores e superiores, ombros e pulmões são os sítios mais afetados).
4.4. Diagnóstico Laboratorial
4.4.1. Exame dos grãos em lâmina e lamínula, após clarificação com potassa
4.4.1.1. São evidenciadas massas de filamentos bacterianos com deposição de material eosinofílico nos bordos.
4.4.2. Esfregaços corados pelo Gram e Kynion do material purulento
4.4.3. Biópsia
4.4.3.1. Exame anatomopatológico.
4.4.4. Cultivo
4.4.4.1. Meio de BHI ou tioglicolato à 37ºC em jarra anaeróbica para actinomicetos anaeróbicos. Meio ágar Sabouraud (sem inibidores) à 25ºC para actinomicetos aeróbicos.
4.4.4.1.1. Os materiais utilizados no cultivo podem ser grãos, pus ou biópsias.
4.4.5. Provas de decomposição da caseína, tirosina, xantina, gelatina e ureia:
4.4.5.1. para identificar espécies do gênero Nocardia e Actinomadura.
5. SINTOMAS
5.1. Micetoma apresenta lesões abundantes, granulomatosas e com tendência a fistulação e presença de grão na lesão e no material purulento.
5.2. Grão:
5.2.1. É uma microcolônia fúngica (eumicetoma) ou actinomicética (actinomicetoma). Apresenta cores variadas de acordo com o agente etiológico e o seu tamanho varia de 0,2 a 1,0 mm.
6. Tratamento
6.1. Actinomicose:
6.1.1. Estreptomicina; Clotrimazol; Sulfametoxazol + Trimetoprim (Nocardia).
6.2. Eumicetomas:
6.2.1. Cetoconazol; Itraconazol; Voriconazol; Anfotericina B.