DESIGUALDADE COMEÇA NA EDUCAÇÃO
by Marcio Fernando
1. Público x Privado
1.1. Enquanto nas salas de aula de ensino privado tem em média 20 alunos, uma escola pública geralmente tem entre 30 e 40 alunos por sala.
1.2. O ensino público fica exorbitantemente atrás do ensino privado em infraestrutura, métodos de ensino, organização e cobranças de rendimento dos alunos.
1.3. Escolas particulares, geralmente, trazem sempre inovações no ensino, enquanto isso, as instituições públicas mantem métodos engessados e arcaicos.
1.4. Estudos apontam que 10% das escolas com as melhores pontuações no Enem 2017, são representadas por 18% públicas e 82% particulares. No outro extremo, entre 10% das escolas com menores notas, todas são públicas.
2. Investimento Governamental
2.1. O investimento em educação no Brasil caiu 56% entre 2014 e 2018, a queda foi de R$ 11,3 bilhões para R$ 4,9 bilhões.
2.2. Corrupção, desvios de verba e fraudes geram grande impacto no orçamento da educação, o que também atrapalha o bom uso dos recursos.
3. Qualificação Tecnológica
3.1. Brasileiros com menor renda que dependem do ensino público tendem a ter menores qualificações e conhecimentos em áreas da tecnologia.
3.2. As novas tecnologias como inteligência artificial e inovação digital abrem portas para aqueles que possuem condições de se qualificarem, mas em contra partida tem extinto as funções de trabalhadores de baixa e média qualificação.
3.3. 46 milhões de brasileiros não tem acesso à internet
4. Raças
4.1. A taxa de analfabetismo entre a população negra é de 9,1%, cerca de cinco pontos percentuais superior à da população branca, de 3,9%.
4.2. Em 2018, taxa de jovens branco cursando ou com diploma do ensino superior ainda era o dobro da dos jovens pretos ou pardos.
5. Brasil x Mundo
5.1. Considerando os alemães que dedicam US$ 10.339 por aluno ao ano, o Brasil investe US$ 4.450. Portanto, a Alemanha investe, em cada estudante, 132% mais do que o Brasil.
5.2. O Japão, que investe 3,3% do PIB em todos os níveis de ensino, conquistou a terceira maior média mundial no Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Estudantes). Já o Brasil, com 5,7% do PIB dedicado à educação, ocupa a 63ª colocação. Foram 70 os países avaliados, em 2015, na prova da OCDE.