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Eritropoiese by Mind Map: Eritropoiese

1. Eritropoiese

1.1. Consiste na produção de eritrócitos.

1.2. Célula pluripotencial primitiva

1.3. Proeritroblasto

1.3.1. ↪ Diâmetro: 14 a 19 ߂ ↪ Citoplasma: É condensado e homogêneo, apresentando-se mais intensamente basófilo (hiperbasofilia) do que a célula indiferenciada - Cora-se em azul intenso; ↪ Núcleo: Cromatina mais grosseira que a célula indiferenciada, contém um a dois nucléolos.

1.4. Eritroblasto basófilo

1.4.1. ↪ Diâmetro: 12 a 19 ߂ ↪ Citoplasma: É menos basófilo que o pró-eritroblasto, cora-se em azul celeste; ↪ Núcleo: A cromatina começa a condensar em grossas trabéculas, é desprovido de nucléolos.

1.5. Eritroblasto policromático

1.5.1. ↪ Diâmetro: 12 a 15 ߂ ↪ Citoplasma: Sugere a afinidade por corantes ácidos, indício do aparecimento da hemoglobina. A basofilia persiste e, pela sua afinidade mista com o citoplasma toma o tom de rosa-azulado. ↪ Núcleo: Reduz o tamanho, a cromatina condensa-se mais, com tendência a disposição centralizada.

1.6. Eritroblasto ortocromático

1.6.1. ↪ Diâmetro: 8 a 12 ߂ ↪ Citoplasma: Apresenta afinidade por corantes ácidos, sendo, portanto, acidófilo. Índice da presença da hemoglobina - cora-se de róseo. ↪ Núcleo: Picnótico, cromatina compacta, excêntrico, e posteriormente, há ejeção do núcleo pelo processo denominado de cariólise.

1.7. Reticulócito

1.7.1. Após a expulsão do núcleo, a célula passa a se chamar reticulócito. É o eritrócito imaturo.

1.7.2. Existe um exame, denominado contagem de reticulócitos, que por sua vez tem como finalidade avaliar a resposta medular já que essas células são lançadas no sangue periférico em caso de perda sanguínea uma vez que a medula repõe as células sanguíneas (o número de reticulócitos acaba aumentando).

1.8. Eritrócito

1.8.1. É o mais abundante de todas as células do sangue.

1.8.1.1. ↪ 4,5 a 6 milhões/mm³ - homens ↪ 4 a 5,5 milhões / mm³ - mulheres

1.8.2. Possuem como função principal o transporte de oxigênio (daí a importância da hemoglobina) e, também, de CO2.

1.8.3. É um disco bicôncavo, anucleado que possui um citoesqueleto que permite sua deformidade para atravessar vasos de menor calibre - única célula do organismo que permanece exercendo suas funções apesar da ausência de núcleo.

1.8.4. Composição

1.8.4.1. 2/3 das hemácias: água (porção líquida)

1.8.4.2. 1/3 das hemácias: porção sólida

1.8.4.2.1. 90 a 95% de sua porção sólida é hemoglobina.

1.8.5. Tem excesso de membrana celular em relação à quantidade de material existente em seu interior.

1.8.5.1. Membrana do eritrócito

1.8.5.1.1. É composta por uma bicamada lipídica.

1.8.5.1.2. Possui proteínas transmembrana

1.8.5.1.3. Possui proteínas do citoesqueleto

1.9. Fatores que influenciam a eritropoiese

1.9.1. Estimuladores

1.9.1.1. Prostaglandina

1.9.1.2. Eritropoitina

1.9.1.2.1. Estimula a produção das células indiferenciadas medular.

1.9.1.2.2. Estimula o amadurecimento de células indiferenciadas

1.9.1.2.3. Estimula a síntese de hemoglobina

1.9.1.2.4. Aumenta a taxa de reticulócitos no sangue

1.9.1.2.5. A eritropoitina requer fornecimento de substratos adequados, principalmente ferro, vitamina B12, folato.

1.9.1.3. Interleucina 3

1.9.1.4. Testosterona

1.9.2. Inibidores

1.9.2.1. Interferon gama

1.9.2.2. TNF alfa

1.9.2.3. Estrogênios

1.10. Destruição dos eritrócitos

1.10.1. Há a diminuição das enzimas citoplasmáticas capazes de metabolizar a glicose e formar pequena quantidade de ATP.

1.10.2. Membrana eritrocitária fica frágil

1.10.2.1. Com isso, a célula se rompe, diante de sua passagem por algum ponto estreito da circulação.

1.10.2.1.1. Muitas sofrem destruição no baço, ao ficarem espremidas na polpa vermelha.

1.10.2.1.2. Com a destruição da hemácia, a hemoglobina é liberada imediatamente de modo a ser fagocitada por macrófagos, que por sua vez liberam o ferro de volta para o sangue, fígado e outros tecidos (medula óssea).

2. Eritrograma

2.1. Número de eritrócitos (milhões/mm³)

2.2. Hemoglobina (g/dL)

2.3. Hematócrito (%) - mede a massa eritrocitária

2.4. VCM (volume corpuscular médio)

2.4.1. VCM = Hematócrito / N⁰ eritrócitos x 10

2.4.2. Valores normais: 81 a 96 µ³

2.5. HCM (hemoglobina corpuscular média)

2.5.1. Hemoglobina / N⁰ eritrócitos x 10

2.5.2. Valores normais: 27 a 32 pg

2.6. CHCM (concentração de hemoglobina corpuscular média)

2.6.1. CHCM = Hemoglobina / Hematócrito x 100

2.6.2. Valores normais: 32 a 36%

2.7. RDW (%) - consegue medir o tamanho médio do eritrócito

2.7.1. Variações do tamanho

2.7.1.1. Anisocitose

2.7.1.1.1. Variação no tamanho dos eritrócitos no mesmo sangue

2.7.1.2. Microcitose

2.7.1.2.1. indica que as hemácias possuem tamanho menor do que o normal, podendo ser também indicado no hemograma a presença de hemácias microcíticas.

3. Hematopoese

3.1. Se refere à todos os fenômenos relacionados à origem, maturação e multiplicação celular.

3.2. Se processa no interior da medula óssea, onde, a partir de uma célula mãe ocorre a origem de células sanguíneas.

3.3. A célula mãe dá origem a duas células progenitoras. Um progenitor linfóide, que dá origem aos linfócitos, bem como um mielóide que origina as outras células que não são linfóides.

3.4. Fases

3.4.1. Hematopoese embrionária e fetal

3.4.1.1. Período embrionário

3.4.1.1.1. As células que revestem as ilhotas de Wolf se desprendem e dão origem aos eritrócitos. Simultâneamente, as ilhotas vão se unindo para formar os vasos sanguíneos.

3.4.1.2. Período hepatoesplênico

3.4.1.2.1. Período entre a oitava a vigésima quarta semana de gestação.

3.4.1.2.2. Formação dos primeiros órgãos.

3.4.1.2.3. Formação do tecido hematopoiético

3.4.1.3. Período Mielóide

3.4.1.3.1. A medula óssea assume a responsabilidade de produção do tecido hematopoiético

3.4.2. Hematopoese definitiva

3.4.2.1. Linhagem mielóide

3.4.2.1.1. A linhagem mielóide é participante do sistema imune inato.

3.4.2.1.2. A partir da célula mãe obtém-se uma derivação para uma célula progenitora mielóide, também chamada de unidade formadora de colônia GEMM (Granulócito; Eritrócito; Monócito e Megacariócito.

3.4.2.2. Linhagem linfóide

3.4.2.2.1. Pertencente ao sistema imune adquirido.

3.4.2.2.2. Formam as células B, células T e células NK.

4. Anemia ferropriva

4.1. É um tipo de anemia microcítica

4.1.1. Anemias microcíticas são aquelas em que as hemácias possuem tamanho menor que o normal, apresentando diminuição do VCM (volume corpuscular médio) e da concentração de hemoglobina dentro das hemácias (HCM).

4.2. É um dos tipos mais comuns de anemia, que é causado pelo baixo consumo de alimentos com ferro, como carne vermelha, ovo ou espinafre.

4.3. Sinais e sintomas

4.3.1. Muitos sintomas de deficiência de ferro são decorrentes de anemia. Tais sintomas incluem fadiga, perda de estamina, falta de ar, fraqueza, tontura e palidez. Outro sintoma comum é a síndrome das pernas inquietas (SPI), que é um impulso desagradável de mover as pernas durante períodos de inatividade.

4.3.2. Além das manifestações usuais da anemia, alguns sintomas incomuns ocorrem na deficiência grave de ferro. Os pacientes podem apresentar picafagia, um desejo anormal de ingerir substâncias (p. ex., gelo, barro, tinta). Outros sintomas da deficiência grave são glossite, queilose e unhas côncavas (coiloníquia).

4.4. Tratamento

4.4.1. Geralmente é tratada com uma alimentação rica em alimentos com ferro e suplementação de ferro. Nos casos mais graves é necessário fazer transfusão de sangue.

4.5. Diagnóstico

4.5.1. Hemograma completo, ferro sérico, capacidade de fixação do ferro, ferritina sérica, saturação de transferrina, contagem de reticulócitos, amplitude da distribuição de eritrócitos (RDW) e esfregaço de sangue periférico.

4.5.2. Raramente, exame da medula óssea.