Expansão Marítima e seus desdobramentos !!

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Expansão Marítima e seus desdobramentos !! by Mind Map: Expansão Marítima e seus desdobramentos !!

1. Na América, os portugueses encontraram uma fonte de saída das crises econômicas enfrentadas em Portugal; Como precisavam dos materiais encontrados no Brasil, começaram a escravizar os indígenas que habitavam no litoral, próximo as florestas, para trabalharem pra eles.

1.1. A escravidão no Brasil iniciou-se em meados de 1530, quando os portugueses começaram a implantar de maneira efetiva as medidas de colonização da América portuguesa. O processo de escravização começou para atender as demandas portuguesas por mão-de-obra para trabalhar na lavoura e, posteriormente, na mineração. Esse processo ocorreu, primeiramente, com os indígenas nativos e, entre os séculos XVI e XVII, foi substituída, de maneira gradativa, pela escravização dos africanos que foram trazidos ao Brasil por meio do tráfico negreiro – uma migração forçada de africanos para as colônias portuguesas da América.

1.1.1. Até então, os portugueses apenas haviam explorado o pau-brasil presente na região e o trabalho realizado pelos indígenas era feito através do escambo – ou seja, através da troca de serviços ou mercadorias sem fazer uso de moeda. Os portugueses davam algumas bugigangas – objetos como apitos, espelhos, chocalhos – para os indígenas e, em troca, os nativos deveriam cortar as árvores de pau-brasil e carregar os troncos até as caravelas portuguesas.

1.1.1.1. Em meados de 1550 começaram a chegar os primeiros africanos ao Brasil, trazidos por meio do tráfico negreiro. Os portugueses possuíam feitorias instaladas desde o século XV e, desde então, mantinham relações comerciais com o reinos africanos, que incluíam a compra de escravos. A colonização no Brasil foi se desenvolvendo e a necessidade por mais mão-de-obra era cada vez mais, o que fez com que o comércio de escravos africanos prosperasse muito. O tráfico negreiro era extremamente lucrativo, tanto para os traficantes, quanto para a Coroa Portuguesa.

1.1.1.1.1. O tratamento recebido pelos escravos era desumano. A alimentação, muitas vezes, era insuficiente e os escravos precisavam complementá-la com os alimentos obtidos de uma pequena lavoura que cultivavam aos domingos. Além disso, eles dormiam no chão da senzala e eram monitorados constantemente para evitar que fugissem. Se os escravos cometessem qualquer tipo de erro ou desobedecessem, eles recebiam castigos físicos muito dolorosos. Entre as punições mais comuns, então os açoitamentos. Além dos maus-tratos e as péssimas condições em que viviam, as mulheres negras também muitas vezes eram exploradas sexualmente. A escravização dos africanos não era aceita de maneira passiva e esse processo é marcado pela resistência e luta dos escravos que, muitas vezes, fugiam e formavam quilombos. Um exemplo da luta dos escravos é a Revolta dos Malês.

1.2. O fim da escravidão no Brasil

1.2.1. O Brasil foi o último país ocidental a abolir o trabalho escravo. A abolição ocorreu por meio da Lei Áurea, assinada pela princesa Isabel no dia 13 de maio de 1888. Apesar disso, a abolição foi um longo processo estimulado pelo debate público e pelas pressões vindas da Inglaterra, que queria o fim do tráfico de escravos pelo Atlântico.

1.2.1.1. O processo de libertação dos escravos aconteceu gradativamente através de medidas legais que tentavam propor resoluções relacionadas à escravidão. Lei Eusébio de Queirós (1850): visava a proibição do tráfico negreiro. Através dessa lei, foi possível impedir a fonte que renovava os números de escravos no território brasileiro. Lei do Ventre Livre (1871): também conhecida como Lei Rio Branco, determinava que os filhos de mulheres escravizadas nascidos a partir desta data seriam considerados livres. Lei dos Sexagenários (1885): também conhecida como Lei Saraiva-Cotegipe, concedia liberdade para os escravos com mais de 60 anos de idade.

1.2.1.1.1. A pressão popular e as constantes revoltas dos escravos obrigaram o Império a abolir o trabalho escravo. No entanto, os escravos que foram libertos continuaram sofrendo com o preconceito e com a falta de oportunidades.

2. O encontro das culturas africana, americana e europeia se deu no contexto da expansão marítima e comercial que, entre os séculos XV e XVI, procurou resolver os problemas econômicos europeus decorrentes, entre outros aspectos, da falta de metais preciosos e da necessidade de vencer o monopólio muçulmano sobre o comércio de especiarias.

2.1. Os portugueses foram os primeiros a chegar ao Oriente, navegando pelo Atlântico. A partir daí, o eixo comercial foi progressivamente deslocado do Mar Mediterrâneo para o Oceano Atlântico. Esse deslocamento correspondeu ao declínio de poder das cidades italianas e, ao mesmo tempo, à projeção de Portugal, Espanha, França e Inglaterra.

2.1.1. A colonização do continente americano foi um importante capítulo dos interesses dos países europeus para escapar de conflitos políticos-religiosos, desafogar excedentes demográficos e principalmente atender às práticas mercantilistas.

3. Domínio Mercantilista

3.1. As origens do mercantilismo remontam à transição da Idade Média para a Idade Moderna, entre os séculos XIV e XV. Graças a expansão marítima; o descobrimento e início da colonização da América, as práticas mercantilistas foram levadas para o outro lado do Atlântico, sendo bem "aproveitadas" na América.

3.1.1. Apesar das variações no espaço e no tempo, as práticas mercantilistas se caracterizam pela intervenção do Estado na economia, regulando a produção e circulação de bens, e a busca da balança comercial favorável, o que implica práticas de proteção alfandegária e protecionismo do mercado interno. A meta seria fortalecer o Estado através do entesouramento de metais preciosos no território nacional. As regras de exclusividade comercial e pacto colonial são derivadas desta compreensão.