TECIDO EPITELIAL

Resumo tecido epitelial

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TECIDO EPITELIAL by Mind Map: TECIDO EPITELIAL

1. ESTRUTURA

1.1. Células de formato poliédrico justapostas com pouco material extracelular.

1.1.1. É um tecido avascular.

2. ORGANIZAÇÃO

2.1. Camadas celulares contiguas que recobram as superfícies interna e externa do organismo.

2.1.1. EX.: Epitélio de revestimento

2.2. Aglomerados celulares com função secretora.

2.2.1. EX.: Epitélio grandular

3. FUNÇÃO

3.1. BARREIRA

3.1.1. Barreira de proteção contra lesão por atrito (abrasão), química, dessecação, entrada de patógenos etc.

3.1.1.1. EX.: Epiderme

3.1.2. Barreira seletiva: delimita compartimentos de composição distinta; facilita ou inibe o transporte de substancias especificas entre o ambiente externo e o interno.

3.1.2.1. EX.: Barreira intestinal

3.1.3. Barreira hematoenfálica (sistema nervoso): reveste os vasos sanguíneos, fazendo uma barreira seletiva contra patógenos e substancias nocivas que possam afetar o SNC.

3.1.3.1. EX.: Endotélio

3.2. SECREÇÃO

3.3. PERCEPÇÃO DE ESTIMULOS E CONTRAÇÃO

3.3.1. Neura epitélio: células com a capacidade de detectar estímulos (luminosos ou olfatórios).

3.3.1.1. EX.: Retina e epitélio olfatório

3.3.2. Mioepiteliais: capacidade de sintetizar filamentos de actina e miosina. Elas envolvem a porção secretora de glândulas exócrinas e, ao se contraírem, facilitam o escoamento de secreção.

4. CARACTERISTICAS

4.1. APOIAM-SE NA LÂMINA BASAL

4.1.1. COMPOSIÇÃO

4.1.1.1. Colágeno IV (fibrilas): se organizam em forma de rede e promovem sustentação a estrutura da lamina basal.

4.1.1.2. Perlecan (proteoglicana): hidrata a lamina basal e permite o transporte de substancias através dela.

4.1.1.3. Laminina e entactina (glicoproteínas adesivas): formam pontes cruzadas entre os elementos da lamina basal, mantendo sua estrutura e também ancorando a lamina à receptores de membrana.

4.1.2. Ela dará suporte e adesão ao epitélio e permitir a ancoragem desse com o tecido subjacente.

4.2. ALTA TAXA DE RENOVAÇÃO CELULAR

4.2.1. Importante para a manutenção da funcionalidade do tecido/órgão.

4.2.2. A taxa de renovação é variável e proporcional ao grau de lesão potencial que esse tecido pode sofrer.

4.2.3. Esse processo se dá através da divisão celular ou da divisão/diferenciação de células tronco.

4.2.4. A taxa de renovação celular é ALTAMENTE REGULADA.

4.3. POLARIDADE

4.3.1. DOMÍNIOS

4.3.1.1. Apical: dá para a superfície livre da célula (externa), onde podemos encontrar especializações como microvilosidades, cílios e estereocilios.

4.3.1.2. Lateral: região da célula através da qual ela se adere as outras células epiteliais vizinhas a partir junções intercelulares.

4.3.1.3. Basal: se conecta com a lamina basal a partir da junção celular-matriz.

4.3.2. O citoplasma da célula epitelial também pode apresentar subdomínios e conter uma distribuição de organelas em determinadas regiões da célula.

4.4. JUNÇÕES CELULARES

4.4.1. TIPOS DE JUNÇÕES E SUAS FUNÇÕES

4.4.1.1. Junções intercelulares: se situam na membrana lateral da célula e permitem a interação entre células vizinhas.

4.4.1.1.1. Junção de oclusão: se localiza na região superior da membrana lateral. É formada pelas claudinas e ocludinas.

4.4.1.1.2. Junção aderente: é formada por proteínas integrais de caderinas.

4.4.1.1.3. Desmossomos: contém em sua estrutura duas proteínas, a desmogleína e a desmocolina.

4.4.1.2. Junções célula-matriz: se situam na região basal e se aderem a lamina basal.

4.4.1.2.1. Junção adesão focal + hemidesmossomos: são compostos pelas integrinas, as quais permitem a ancoragem da célula epitelial com a lamina basal.

4.4.1.2.2. Junção comunicante: apresentam canais intercelulares que interligam o citoplasma de células vizinhas. São formados por proteínas conexinas.

4.4.2. As junções células NÃO SÃO EXCLUSIVAS ao epitélio.

4.4.3. Todas as junções relacionadas a adesão celular apresentam uma estrutura geral comum.

4.4.3.1. Algumas junções interagem com microfilamentos de actina no citoesqueleto (oclusão, aderente e focal) e outras que interagem com filamentos intermediários do citoesqueleto (desmossomo e hemidesmossomo).

4.5. MICROVILOSIDADES, CÍLIOS E ESTEREOCÍLIOS

4.5.1. Microvilosidades: projeções digitiformes da superfície livre. Elas aumentam a área de superfície da membrana.

4.5.2. Estereocílios: estruturalmente e funcionalmente semelhantes aos microvilos. Estão localizados no epitélio de revestimento do epidídimo e dueto deferente do trato reprodutor masculino.

4.5.3. Cílios: processos da superfície apical, ativamente moveis que propulsionam substancias (muco) ao longo da superfície do epitélio.

5. CLASSIFICAÇÃO MORFOLÓGICA

5.1. NÚMERO DE CAMADAS

5.1.1. Simples: se for formado por apenas uma camada de células (todas apoiadas na lamina basal).

5.1.2. Estratificado: se contar várias camadas sobrepostas (uma em cima da outra), sendo a primeira camada a única apoiada na lamina basal.

5.1.2.1. Pseudoestratificado: o epitélio parece ter múltiplas camadas celulares, mas todas as células estão em contato com a lamina basal.

5.1.2.1.1. EX.: Pseudoestratificado.

5.1.2.2. No caso do epitélio estratificado pavimentoso, pode ser queratinizado ou não.

5.1.2.2.1. EX.: NÃO queratinizado.

5.1.2.2.2. EX.: Queratinizado.

5.2. FORMATO DAS CELULAS DA CAMADA MAIS SUPERFICIAL

5.2.1. Cilíndrico/Colunar/Prismático: células cuja altura (espessura) é maior que a largura e profundidade. Os núcleos possuem formatos elípticos, onde o maior eixo é paralelo ao maior eixo (altura) das células cilíndricas.

5.2.2. Cúbico: células cujas largura, altura e profundidade são equivalentes. Os núcleos possuem formato esférico e estão localizados no centro das células.

5.2.3. Pavimentoso: células achatadas cujas largura e profundidade são maiores que a altura (espessura). Os núcleos possuem formatos achatados que acompanham a forma pavimentosa das células.

5.2.3.1. EX.: Pavimentoso simples.

5.2.4. O formato do núcleo pode dar ideia bastante precisa sobre o formato da célula.

5.3. PRESENÇA OU NÃO DE ESPECIALIZAÇÕES DA SUPERFICIE LIVRE

5.3.1. Presença de microvilosidades, cílios ou estereocílios: o epitélio será classificado, respetivamente, de borda (orla ou bordadura)/ estriada/ em escova; ciliado; ou estereociliado.

5.3.1.1. EX.: Borda estriada.

5.4. EX.: Epitélio de transição.

5.4.1. Esse epitélio não entra em outras categorias, pois ele se modifica. Quando a bexiga/vias estão vazias, o epitélio apresenta células superficiais globosas e, quando a bexiga/vias então cheias, o epitélio se estira e as células superficiais ficam achatadas.

6. CLASSIFICAÇÃO MORFOLÓGICA DO EPITÉLIO GLANDULAR

6.1. GLÂNDULAS EXÓCRINAS

6.1.1. CLASSIFICAÇÃO

6.1.1.1. Merócrina: cuja célula secretora secreta produtos contidos nas vesículas secretoras por processos de exocitose.

6.1.1.1.1. Exocitose é o processo celular de liberação de substâncias para o meio extracelular. Por ser considerado o processo oposto, mas também similar a endocitose, a exocitose também envolve deformações na membrana plasmática, sendo considerado, portanto, um processo ativo (que envolve gasto de energia).

6.1.1.1.2. EX.: Pâncreas.

6.1.1.2. Apócrina: cuja produto de secreção é descarregado com a porção do citoplasma apical da célula.

6.1.1.2.1. Ex.: Glândulas mamárias.

6.1.1.3. Holócrina: o produto é eliminado juntamente com toda a célula.

6.1.1.3.1. Envolve morte celular, desintegração celular e destacamento celular.

6.1.1.3.2. EX.: Glândulas sebáceas.

6.1.1.4. A citologia das suas células podem das indícios de que tipo de secreção determinada glândula produz.

6.1.2. CLASSIFICAÇÃO MORFOLÓGICA

6.1.2.1. NÚMERO DE CÉLULAS

6.1.2.1.1. Unicelular: se a glândula exócrina for formada por apenas uma célula.

6.1.2.1.2. Multicelular: se a glândula exócrina for formada por mais de uma célula.

6.2. GLÂNDULAS ENDÓCRINAS

6.2.1. DISPOSIÇÃO DAS CELULAS SECRETORAS

6.2.1.1. Arranjo cordonal: entremeados com escasso conjuntivo rico em capilares sanguíneos. Esses cordões podem ser retilíneos ou ramificados.

6.2.1.2. Folicular: formam estruturas esféricas que encerram no seu interior uma cavidade preenchida com produto de secreção.

6.2.1.2.1. EX.: Glândula tireoide.