1. Tipos de Movimentação
1.1. Conceito:
1.1.1. O manuseio dos produtos dentro da fábrica depende diretamente do fluxo dos produtos, ou seja a velocidade com que os mesmos acabam sendo montados ou produzidos. A partir de então, é interessante observar o custo que se ocorre para movimentar os mesmos, isso acaba dependendo da tecnologia aplicada (nível de automação) e especificidades do produto. A eficiência com que se realiza esse manuseio depende da disponibilidade da mão de obra e flexibilidade e adaptabilidade oferecida pela automação aplicada.
1.2. Manual
1.2.1. O manuseio dos produtos pode ser realizado totalmente por meio da mão de obra
1.3. Automatizado
1.3.1. Movimentação feita por meio de máquinas que auxiliem no transporte, como empilhadeiras (mecanizado), utilizando-se de maquinários e parte realizada por robôs que realizem parte da movimentação
1.3.1.1. Exemplo:
1.3.1.1.1. Robôs
1.4. Semi-automatizado
1.4.1. Parcialmente realizado por robôs e esteiras que realizem a movimentação dos produtos
1.4.1.1. Exemplo
1.4.1.1.1. Carrossel
1.4.1.1.2. Esteiras
2. Picking
2.1. Definição:
2.1.1. A atividade na qual um pequeno número de produtos é extraído de um sistema de armazenagem, para satisfazer um certo número de pedidos de clientes independentes.
2.1.1.1. Esta actividade é vista como a mais intensiva e dispendiosa em quase todos os armazéns, onde o custo de separação e preparação dos pedidos é estimado em até 55% da despesa total de funcionamento do armazém
2.2. Objetivo:
2.2.1. Separação e Preparação de Pedidos
2.3. Niveis:
2.3.1. Existem cinco níveis de picking com base no tamanho da unidade que está a ser recolhida.
2.3.1.1. Pallet picking
2.3.1.2. Layer picking
2.3.1.3. Case picking
2.3.1.4. Split-case picking
2.3.1.5. Broken-case picking
3. Decisão e Trade-off:
3.1. A decisão de automatização do sistema de manuseio do produto acaba passando por um trade off entre a quantidade de produtos movimentados e o custo total de movimentação. O custo da movimentação manual é maior do que o da mecanizada; todavia, a mecanizada acaba exigindo um mínimo de volume. Esse trade-off ocorre pelo fato do sistema mecanizado incorrer em alguns custos fixos para que se possa implementa-lo. Os custos seria a compra de empilhadeiras, pallet trucks, esteiras ou carrosséis.
4. Exemplo de sucesso:
4.1. Um ótimo exemplo de sucesso que une praticidade e um atendimento personalizado por meio da automação da montagem e movimentação dos produtos é a Dell. A Dell trabalha com um sistema automatizado que monta os computadores de acordo com as especificações do consumidor. Alem disso, por meio de uma automação integrada com a logística os produtos quando já estão de acordo com as exigências do consumidor são etiquetados com as especificações do produto e são direcionados para o seu transporte ou armazenamento.
4.1.1. http://www.youtube.com/watch?v=cdg9rpg6Dt8
5. Exemplo de Fracasso:
5.1. Uma falta de coordenação entre o processo de montagem a forma de distribuição do produto pode resultar em grandes perdas para uma companhia ou um operador logístico. O processo de movimentação deve estar diretamente alinhado a embalagem do produto e ao processo de produção; para quando a integração entre produção e movimentação seja realizada os mecanismos de movimentação estarem alinhados a montagem do produto e as embalagens em que o mesmo esteja inserido. Isto é, o processo de movimentação do produto dentro da fábrica deve ser realizado de modo a facilitar a operação logística. Um exemplo de fracassos é o vídeo que segue ao lado com uma compilação de erros que um empilhadeira pode causar dentro de armazéns.
5.1.1. http://www.youtube.com/watch?v=KTnGZ37sZqM
6. Exemplo de Fracasso
6.1. Um dos objetivos principais das embalagens primaria e secundaria seria a informação e proteção do produto, respectivamente. No entanto, muitas embalagens acabam se mostrando ineficientes por não facilitar o transporte do produto por terem uma embalagem de tamanho superior ao necessário. Alem disso, muitas embalagens são ineficientes por utilizaram mais recursos que o necessário; ou seja, acaba ocorrendo o desperdício de material para a sua fabricação, incrementando os custos e diminuindo a competitividade do produto
6.1.1. http://www.cartridgesave.co.uk/news/10-absolutely-pathetic-packaging-fails/
7. O Conceito de Embalagem
7.1. Definição:
7.1.1. é um recipiente ou envoltura que armazena produtos temporariamente e serve principalmente para agrupar unidades de um produto, com vista à sua manipulação, transporte ou armazenamento.
7.1.1.1. “Conjunto de artes, ciências e técnicas utilizadas na preparação das mercadorias, com o objetivo de criar as melhores condições para seu transporte, armazenagem, distribuição, venda e consumo, ou alternativamente, um meio de assegurar a entrega de um produto numa condição razoável ao menor custo global” MOURA & BANZATO (2000, p.11).
7.1.1.2. As embalagens compõem um dos elementos mais importantes dentro da cadeia de suprimentos, pois estão presentes durante todo o fluxo percorrido pelos materiais, desde os fornecedores até o cliente final. Elas são responsáveis pelo envolvimento, contenção e proteção dos produtos durante as atividades de movimentação, transporte e armazenagem, tarefas típicas da área de logística.
7.2. Função:
7.2.1. proteger o conteúdo, informar sobre as condições de manipulação, exibir os requisitos legais como composição, ingredientes, etc e fazer promoção do produto através de gráficos.
7.3. Produtividade:
7.3.1. Manuseio
7.3.1.1. A eficiência do manuseio dos materiais é fortemente influenciada pela natureza do produto, pela utilização e pelas características em termo de comunicação.
7.3.1.1.1. Materiais Alternativos São usados os mais diversos tipos de materiais em embalagens para o uso na logística, desde o papelão tradicional até plásticos.
7.3.2. Armazenagem
7.3.3. Transporte
7.4. Objetivos de uma embalagem:
7.4.1. Contenção:
7.4.1.1. Diz respeito à propriedade de uma embalagem em conter o produto. A contenção deve também refletir o tipo de material a ser embalado. Para itens que representem algum risco, é essa propriedade que garantirá a devida segurança às pessoas que tiverem a necessidade de manipulá-lo.
7.4.2. Proteção:
7.4.2.1. A função de proteção de uma embalagem está diretamente ligada à logística. Uma embalagem deve ser capaz de proteger um produto durante todas as atividades desenvolvidas ao longo da cadeia de suprimentos, isto é, transporte, movimentação, armazenagem. São ações de vibrações, proteção contra ações climáticas como variações de temperatura e umidade, empilha- mento, choques.
7.4.3. Comunicação:
7.4.3.1. Diz respeito às informações que uma embalagem deve passar. No caso da logística, exemplos de informações que podem ser encontradas são as seguintes:
7.4.3.1.1. listagem do conteúdo existente na embalagem;
7.4.3.1.2. indicação dos pontos de içamento ou marcação de entrada do garfo da empilhadeira;
7.4.3.1.3. indicação do empilhamento máximo;
7.4.3.1.4. no caso de embalagens de madeira bruta, o tipo de tratamento fitossanitário sofrido pela embalagem;
7.4.3.1.5. centro de gravidade da embalagem, para a correta movimentação de produtos por empilhadeiras ou outros equipamentos similares.
7.4.4. Utilidade:
7.4.4.1. Essa função pode ser entendida de duas maneiras. Para usuários finais, é a capacidade de a embalagem servir de alguma maneira, seja um bico dosa- dor ou uma maneira de fechar o conteúdo após o uso. Na logística, a utilida- de pode ser interpretada como a facilidade apresentada durante sua mani- pulação.
7.4.4.1.1. Por exemplo, uma caixa de madeira que possua um encaixe, o qual possibilita uma fácil manipulação com auxílio de carrinho ou empilhadeira.
8. Tipos de Embalagem
8.1. Embalagem Primária
8.1.1. Definição:
8.1.1.1. Embalagens primárias são aquelas que contém o produto, que estão em contato direto com ele.
8.1.1.1.1. Nível primário – a Resolução – RDC nº 259 da ANVISA, se refere a esse tipo de embalagem por envoltório primário, considerando essa embalagem como a que está em contato direto com o produto. Esse tipo de embalagem pode ser a unidade de venda no varejo. Apresenta a função de conter e conservar o produto, protegendo-o contra contaminação biológica.
8.1.2. Foco:
8.1.2.1. Marketing / Consumidor Final
8.1.3. Função:
8.1.3.1. Informar
8.1.3.2. Facilitar o uso
8.1.3.3. Proteger
8.1.4. Exemplo:
8.1.4.1. Lata
8.1.4.2. Garrafa
8.1.4.3. TetraPak
8.1.4.4. Pet
8.1.4.5. Sachê
8.1.4.6. Alumínio
8.2. Embalagem Secundária
8.2.1. Definição:
8.2.1.1. Embalagens secundárias servem para proteger e acondicionar as primárias.
8.2.1.1.1. Nível secundário – Esse tipo de embalagem contém uma ou mais embalagens do nível primário, e permite a comunicação do produto com o consumidor, evidenciando seus atributos.
8.2.2. Foco:
8.2.2.1. Supply Chain
8.2.3. Função:
8.2.3.1. Proteger
8.2.3.2. Produtividade
8.2.3.3. Sua função é reforçar a proteção do produto durante o transporte e auxiliar em sua promoção
8.2.4. Exemplo:
8.2.4.1. Caixa de papelão
8.3. Embalagem Terciária
8.3.1. Definição:
8.3.1.1. Embalagens terciárias servem para facilitar os processos de movimentação e armazenagem de produtos.
8.3.1.1.1. A embalagem de nível terciário normalmente é utilizada para venda em atacado.
8.3.2. Foco:
8.3.2.1. Supply Chain
8.3.3. Função:
8.3.3.1. Esse tipo de embalagem geralmente tem como função unificar as embalagens e facilitar sua distribuição, protegendo o produto durante o transporte e armazenagem
8.3.4. Exemplo:
8.3.4.1. Pallet
8.4. Embalagem Quaternária
8.4.1. Definição:
8.4.1.1. Embalagens quaternárias servem para transportar embalagens terciárias em grande quantidade
8.4.2. Foco:
8.4.2.1. Supply Chain
8.4.3. Função:
8.4.3.1. Proteger
8.4.3.2. Integrar
8.4.3.3. Ganhos de escala
8.4.3.4. Longas distâncias
8.4.4. Exemplo:
8.4.4.1. Contêiner
9. Tendência
9.1. Hoje em dia ainda temos o fator sustentabilidade, para determinar o sucesso ou não de uma determinada embalagem. Um exemplo disso são as embalagens de agrotóxicos que á 13 anos já são reutilizadas sem agredir ao meio ambiente. Um dos pilares da Política Nacional de Resíduos Sólidos (estabelecida em agosto de 2010) é a logística reversa, processo que retorna aos geradores seus produtos para que eles sejam tratados ou reaproveitados em novos produtos. Ou seja; a embalagem a partir de então deve ser sustentavelmente adequada ao processo para que seja eficiente.
9.1.1. Exemplo:
9.1.1.1. Tetra Pak é um exemplo de embalagem que protege bem o produto; de forma que ajuda no transporte proporcionando uma embalagem resistente e que aça servindo para a conservação do produto por meio do alumínio utilizado em uma das camadas de proteção. Alem disso, a Tetra Pak cumpre com o sua função sustável de forma que uma recente alteração na forma de fabricar a embalagem fez com que a mesma passasse a poder ser reciclada contribuindo para a produção de papel reciclável.
9.1.1.1.1. http://www.youtube.com/watch?v=1--vxKXpUE8
9.1.1.1.2. http://www.youtube.com/watch?feature=endscreen&NR=1&v=LW-ySmlV3c8
9.2. Relevância:
9.2.1. Pesquisa mostra que mais de 90% das empresas que investiram em design de embalagens acabaram aumentando as vendas e diminuindo os custos.
10. Exemplo de Sucesso
10.1. Exemplo de Sucesso na reformulação da Embalagem:
10.1.1. A embalagem lançada pela Bombril para o produto Mon Bijou (em 2007) teve grande sucesso por estar bem adequada as necessidades do cliente. O produto apresentou uma embalagem primaria modificada um bico direcionador de fluxo revolucionário que aumentou a qualidade dos serviços entregues pela embalagem. Alem disso, a embalagem informava uma propaganda veiculada a inovação (troca de embalagem) que promoveu essa troca de embalagem e aumentou o reconhecimento do produto.