1. 2. Pode ainda ser usado junto com o ponto de exclamação para indicar um questionamento unido à admiração ou surpresa:
1.1. 1. Eu?! Tem certeza?
2. Ponto de Interrogação
2.1. 1. Sempre quando há uma indagação, um questionamento, há um ponto de interrogação.
2.1.1. 1. Você não quer jantar?
3. Ponto de Exclamação
3.1. 1. está nas frases que exprimem surpresa, felicidade, indignação, admiração, susto
3.1.1. 1. Isso é muito interessante! 2. Não podemos continuar assim!
3.2. 2. Após imperativos:
3.2.1. 1. Deixe-me! 2. Vá embora!
3.3. 3. Depois das interjeições:
3.3.1. 1. Ah! Ufa! Uau! Nossa! Beleza!
3.4. 4. Após locuções interjetivas:
3.4.1. 1. Minha nossa! Que bom! Que pena! Sei demais!
4. Travessão (__)
4.1. 1. Dar início a uma fala de personagem...
4.1.1. Ex: - Não vamos nos preocupar com o porvir porque vamos dar nosso melhor hoje!
4.2. 2. Indicar mudança de interlocutor em um diálogo:
4.2.1. Ex: - Vou fazer exercícios e preocupar mais com minha saúde. - Farei o mesmo.
4.3. 3.Também pode ser usado em substituição a vírgula em expressões ou frases explicativas
4.3.1. Ex: Xuxa - a rainha dos baixinhos - será mãe.
5. Ponto e Vírgula (;)
5.1. 1. Para separar itens em uma enumeração (comuns em leis):
5.1.1. Ex: Art. 1º A locação de imóvel urbano regula-se pelo disposto nesta Lei. Parágrafo único. Continuam regulados pelo Código Civil e pelas leis especiais: a) as locações: 1. de imóveis de propriedade da União, dos Estados dos Municípios, de suas autarquias e fundações públicas; 2. de vagas autônomas de garagem ou de espaços para estacionamento de veículos; 3. de espaços destinados à publicidade.
5.1.2. Ex: 1. Quero sair mais com você; pois um casal precisa ter boas amizades. 2. Amanhã é dia de prova; porém não comecei a estudar ainda.
5.2. 2. Para apartar orações coordenadas muito extensas ou que já possuam vírgula:
5.2.1. Ex: “Às vezes, também a gente tem o consolo de saber que alguma coisa que se disse por acaso ajudou alguém a se reconciliar consigo mesmo ou com a sua vida; sonhar um pouco, a sentir uma vontade de fazer coisa boa.” (Rubem Braga)
5.3. 3. Pode vir ainda substituindo a vírgula, a fim de se ter uma pausa um pouco mais longa. Isso acontece antes das conjunções adversativas (contudo, mas, porém, entretanto, todavia):
6. Dois Pontos (:)
6.1. 1. Em enumerações
6.1.1. Exemplo: A mulher foi à feira e levou: dinheiro, uma sacola, cartão de crédito, um porta-níquel, e uma luva. Uma luva?
6.2. 2. Antes de uma citação
6.2.1. Exemplos: A respeito de fazer o bem aos outros, Confúcio disse certa vez: “O ver o bem e não fazê-lo é sinal de covardia.” Por toda rigidez acerca dos pensamentos do século XIX, Nietzshie disse: “E falsa seja para nós toda verdade que não tenha sido acompanhada por uma gargalhada”.
6.3. 3. Quando se quer esclarecer algo
6.3.1. Exemplos: Ele conquistou o que tanto desejava: uma vaga no TRT de Brasília. Abriu mão do que mais gostava: acordar tarde. Mas foi recompensado por isso.
6.4. 4. No vocativo em cartas, sejam comerciais ou sociais (ou vírgulas)
6.4.1. Exemplo: Querida amiga: (ou ,) Estarei na sua casa no próximo mês. Tenho muito que te contar. (...)
6.5. 5. Após as palavras: exemplo, observação, nota, importante, etc.
6.5.1. Exemplos: a) Importante: Não se esqueça de colocar hífen na palavra ponto-e-vírgula. b) Observação: o ponto de interrogação pode indicar surpresa: Mesmo?
7. Aspas
7.1. 1. Quando há palavras ou expressões populares, gírias, neologismos, estrangeirismos ou arcaísmos.
7.1.1. Exemplos: Há “trombadinhas” nas cidades grandes “batendo carteira” o tempo todo, mas não há providências. Por favor, antes de sair, faça um “backup”! Ele mora lá nos “cafundó do Judas”!
7.2. 2. Antes ou depois de citações. (*)
7.2.1. Exemplos: Neste sábado, 31/01/09, o ministro do Trabalho disse o seguinte a respeito do aumento no salário mínimo para R$ 460,00: "Esse aumento representa beneficiar mais de 45 milhões de pessoas, entre aposentados e pensionistas". "É importante que os países ricos não esqueçam nunca que foram eles que inventaram essa história de que o comércio poderia fluir livremente pelo mundo. Não é justo que agora, que eles entraram em crise, esqueçam o discurso do livre comércio e passem a ser os protecionistas que nos acusavam de ser", disse Lula no Fórum Social Mundial, em Belém.
7.3. 3. Para assinalar palavras ou expressões irônicas.
7.3.1. Exemplos: Eles se comportaram “super” bem. Sim, porque são uns “anjinhos”.
8. Parênteses
8.1. 1. Fazer um comentário ou explicação a respeito do que se escreve:
8.1.1. Exemplo: a) O João (aquele que fez aniversário nesta semana) perguntou sobre você hoje! b) Eu, você e ele contaremos as boas novas. (pronomes)
8.2. 2. Indicar informações bibliográficas, como: o autor, o nome da obra, o ano de publicação, a cidade, a página, etc.:
8.2.1. Exemplo: a) O texto será incoerente se seu produtor não souber adequá-lo à situação, levando em conta intenção comunicativa, objetivos, destinatário, regras socioculturais, outros elementos da situação, uso dos recursos lingüísticos, etc. Caso contrário, será coerente. (Ingedore G. Vilhaça Koch e Luiz Carlos Travaglia. A coerência textual. São Paulo: Contexto, 1993. p. 50.) Os parênteses podem surgir, ainda, nas peças teatrais, quando o autor quer explicitar a ação tomada pela personagem.
9. Ponto Final
9.1. 1. Empregamos o ponto-final quando pretendemos encerrar uma frase declarativa:
9.1.1. 1. Não quero saber de conversa. 2. Estou esperando você e nem ao menos sei porquê.
9.2. 2. Também para finalizar frases imperativas:
9.2.1. 1. Pegue esse papel para mim. 2. Vamos acordar mais cedo.
9.3. 3. E nas abreviaturas:
9.3.1. 1. Sr. (Senhor), num. (numeral), obs. (observação), Av. (Avenida), pág. (página), Lab. (laboratório), Med. (Medicina), Mat. (Matemática), Port. (Português), etc.
10. RETICÊNCIAS
10.1. 1. Para interromper um pensamento de forma que o leitor subentenda o que seria enunciado ou imagine:
10.1.1. a) Ele disse que não queria, mas...
10.2. 2. Para indicar hesitações comuns na oralidade:
10.2.1. a) Daí ele pegou...ele pegou...como se diz mesmo...uma boina. b) Não sei se você vai, mas...mas...não sei...penso que será muito bom!
10.3. 3. Em trechos suprimidos de um texto:
10.3.1. a) (...) não existe texto incoerente em si, mas texto que pode ser incoerente em/para determinada situação comunicativa. (...) (Ingedore Villaça – A coerência textual)
10.4. 4. Para transmitir mais emoção e subjetividade para quem lê:
10.4.1. a) (...) 'Stamos em pleno mar... Dois infinitos Ali se estreitam num abraço insano, Azuis, dourados, plácidos, sublimes...(Navio Negreiro – Castro Alves)