
1. Contexto Histórico
1.1. Século XVII (Inglaterra)
1.1.1. Após o fim da dinastia Tudor, os Stuarts, com Jaime I e Carlos I, subiram ao trono, buscando aumentar o poder real e contrariando os interesses da burguesia e do Parlamento. A tentativa de fortalecer o absolutismo, as medidas econômicas e religiosas controversas e a busca por maior participação política da burguesia e do Parlamento geraram tensões que se aprofundaram. O período foi marcado por duas revoluções: a Revolução Puritana (1642-1649) e a Revolução Gloriosa (1688), que resultaram na substituição da monarquia absoluta por uma monarquia constitucional e no fortalecimento do Parlamento
1.2. Revolução Gloriosa (1688)
1.2.1. A Revolução Gloriosa foi desencadeada pela tentativa de Jaime II, sucessor de Carlos II, de restaurar o absolutismo e favorecer a Igreja Católica. O Parlamento convidou Guilherme de Orange, marido da filha protestante de Jaime II, a invadir a Inglaterra. Jaime II foi deposto e Guilherme foi coroado rei, estabelecendo uma monarquia constitucional.A Revolução Gloriosa consolidou a supremacia do Parlamento sobre a autoridade real, estabelecendo a monarquia constitucional e garantindo a liberdade religiosa e política.
1.3. Iluminismo
1.3.1. A razão foi vista como o principal instrumento para adquirir conhecimento e progredir. Os iluministas criticavam o sistema de governo absolutista, que concentrava o poder nas mãos do monarca. Acreditavam que a humanidade estava em constante progresso e que a razão e a ciência poderiam impulsionar esse progresso em áreas como ciência, tecnologia e cultura. Os iluministas defendiam a tolerância religiosa, criticando as perseguições religiosas que ocorriam na época. Acreditavam que a educação era fundamental para que as pessoas pudessem ter acesso ao conhecimento e se tornassem cidadãos mais conscientes.
1.4. Crítica ao absolutismo
1.4.1. A crítica fundamental era a concentração de todo o poder nas mãos do monarca, sem qualquer limite ou fiscalização. A ausência de limites ao poder real levava à opressão e à falta de liberdade política e econômica. Os monarcas absolutistas não reconheciam os direitos individuais, como o direito à propriedade, à vida e à liberdade. O poder absoluto também se manifestava na intervenção do Estado na economia, o que prejudicava o desenvolvimento e o progresso.
2. Filosofia
2.1. Empirismo
2.1.1. "A mente é uma tábua rasa" ( tabula rasa )Tabula Rasa: Locke rejeita a ideia de que a mente nasce com ideias inatas, como defendiam alguns racionalistas. Para ele, a mente é uma tábula rasa, um espaço vazio que se preenche através da experiência.
2.1.2. O conhecimento, segundo Locke, tem origem na experiência. Através dos sentidos, a mente recebe impressões do mundo exterior, que são a base para a formação de ideias.
2.1.3. Locke divide as ideias em dois tipos: simples e complexas. As ideias simples são as mais básicas, como as cores, os sabores, os sons, que são obtidas diretamente dos sentidos. As ideias complexas, por outro lado, são formadas pela combinação, comparação e abstração das ideias simples.
2.2. Epstemologia
2.2.1. Obra principal: "Ensaio sobre o Entendimento Humano" (1690)
2.2.2. **Divisão entre:**
2.2.3. As ideias simples são as impressões diretas da experiência (ex: cor, sabor), e as ideias complexas são formadas pela combinação e comparação das ideias simples (ex: uma cadeira).
2.2.4. Locke busca estabelecer critérios para determinar o que pode ser considerado conhecimento seguro. Ele defende que o conhecimento seguro é baseado em experiências diretas ou em inferências lógicas a partir delas.
2.2.5. Locke reconhece que o conhecimento humano tem limites. Ele destaca que há coisas que são impossíveis de serem conhecidas com certeza, como a natureza da substância material ou a natureza do pensamento.
3. Politica
3.1. Liberalismo Político
3.1.1. O liberalismo político de John Locke, considerado um dos pais do liberalismo moderno, defende a liberdade individual, a propriedade privada e a limitação do poder do governo, tudo baseado no conceito de contrato social. Locke argumentava que os indivíduos possuem direitos naturais à vida, liberdade e propriedade, que o governo deve proteger.
3.2. Contrato Social
3.2.1. Direitos Naturais: os direitos naturais, Jus Naturale, como vida, liberdade e propriedade, são inerentes aos indivíduos e não podem ser revogados pelo governo.
3.2.2. Limitador do Poder: Ele se opunha à monarquia absolutista, defendendo um sistema parlamentarista, em oposição ao filósofo absolutista Thomas Hobbes. O governo não tem poder absoluto, mas deve ter seus poderes limitados e divididos em órgãos (legislativo, executivo, federativo). Ele acreditava que as pessoas poderiam viver de forma pacífica.
3.2.3. Consentimento dos Governados: Através da Democracia Representativa, o povo deve escolher os governantes, e o Estado tem o principal objetivo de proteger os direitos naturais.
3.2.4. Direito de Rebelião: Se o governo violar os direitos naturais ou não cumprir seu dever de proteger a sociedade, os cidadãos têm o direito de rebelar-se e derrubá-lo.
4. Influência
4.1. Base do pensamento liberal clássico
4.1.1. **Inspiração:**
4.1.2. Revolução Americana
4.1.3. Revolução Francesa
4.1.4. Constituição dos EUA
4.1.5. Influenciou pensadores como Montesquieu e Rousseau