John Locke (1632–1704)

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John Locke (1632–1704) by Mind Map: John Locke (1632–1704)

1. Contexto Histórico

1.1. Século XVII (Inglaterra)

1.1.1. Após o fim da dinastia Tudor, os Stuarts, com Jaime I e Carlos I, subiram ao trono, buscando aumentar o poder real e contrariando os interesses da burguesia e do Parlamento. A tentativa de fortalecer o absolutismo, as medidas econômicas e religiosas controversas e a busca por maior participação política da burguesia e do Parlamento geraram tensões que se aprofundaram. O período foi marcado por duas revoluções: a Revolução Puritana (1642-1649) e a Revolução Gloriosa (1688), que resultaram na substituição da monarquia absoluta por uma monarquia constitucional e no fortalecimento do Parlamento

1.2. Revolução Gloriosa (1688)

1.2.1. A Revolução Gloriosa foi desencadeada pela tentativa de Jaime II, sucessor de Carlos II, de restaurar o absolutismo e favorecer a Igreja Católica. O Parlamento convidou Guilherme de Orange, marido da filha protestante de Jaime II, a invadir a Inglaterra. Jaime II foi deposto e Guilherme foi coroado rei, estabelecendo uma monarquia constitucional.A Revolução Gloriosa consolidou a supremacia do Parlamento sobre a autoridade real, estabelecendo a monarquia constitucional e garantindo a liberdade religiosa e política.

1.3. Iluminismo

1.3.1. A razão foi vista como o principal instrumento para adquirir conhecimento e progredir. Os iluministas criticavam o sistema de governo absolutista, que concentrava o poder nas mãos do monarca. Acreditavam que a humanidade estava em constante progresso e que a razão e a ciência poderiam impulsionar esse progresso em áreas como ciência, tecnologia e cultura. Os iluministas defendiam a tolerância religiosa, criticando as perseguições religiosas que ocorriam na época. Acreditavam que a educação era fundamental para que as pessoas pudessem ter acesso ao conhecimento e se tornassem cidadãos mais conscientes.

1.4. Crítica ao absolutismo

1.4.1. A crítica fundamental era a concentração de todo o poder nas mãos do monarca, sem qualquer limite ou fiscalização. A ausência de limites ao poder real levava à opressão e à falta de liberdade política e econômica. Os monarcas absolutistas não reconheciam os direitos individuais, como o direito à propriedade, à vida e à liberdade. O poder absoluto também se manifestava na intervenção do Estado na economia, o que prejudicava o desenvolvimento e o progresso.

2. Filosofia

2.1. Empirismo

2.1.1. "A mente é uma tábua rasa" ( tabula rasa )Tabula Rasa: Locke rejeita a ideia de que a mente nasce com ideias inatas, como defendiam alguns racionalistas. Para ele, a mente é uma tábula rasa, um espaço vazio que se preenche através da experiência.

2.1.2. O conhecimento, segundo Locke, tem origem na experiência. Através dos sentidos, a mente recebe impressões do mundo exterior, que são a base para a formação de ideias.

2.1.3. Locke divide as ideias em dois tipos: simples e complexas. As ideias simples são as mais básicas, como as cores, os sabores, os sons, que são obtidas diretamente dos sentidos. As ideias complexas, por outro lado, são formadas pela combinação, comparação e abstração das ideias simples.

2.2. Epstemologia

2.2.1. Obra principal: "Ensaio sobre o Entendimento Humano" (1690)

2.2.2. **Divisão entre:**

2.2.3. As ideias simples são as impressões diretas da experiência (ex: cor, sabor), e as ideias complexas são formadas pela combinação e comparação das ideias simples (ex: uma cadeira).

2.2.4. Locke busca estabelecer critérios para determinar o que pode ser considerado conhecimento seguro. Ele defende que o conhecimento seguro é baseado em experiências diretas ou em inferências lógicas a partir delas.

2.2.5. Locke reconhece que o conhecimento humano tem limites. Ele destaca que há coisas que são impossíveis de serem conhecidas com certeza, como a natureza da substância material ou a natureza do pensamento.

3. Politica

3.1. Liberalismo Político

3.1.1. O liberalismo político de John Locke, considerado um dos pais do liberalismo moderno, defende a liberdade individual, a propriedade privada e a limitação do poder do governo, tudo baseado no conceito de contrato social. Locke argumentava que os indivíduos possuem direitos naturais à vida, liberdade e propriedade, que o governo deve proteger.

3.2. Contrato Social

3.2.1. Direitos Naturais: os direitos naturais, Jus Naturale, como vida, liberdade e propriedade, são inerentes aos indivíduos e não podem ser revogados pelo governo.

3.2.2. Limitador do Poder: Ele se opunha à monarquia absolutista, defendendo um sistema parlamentarista, em oposição ao filósofo absolutista Thomas Hobbes. O governo não tem poder absoluto, mas deve ter seus poderes limitados e divididos em órgãos (legislativo, executivo, federativo). Ele acreditava que as pessoas poderiam viver de forma pacífica.

3.2.3. Consentimento dos Governados: Através da Democracia Representativa, o povo deve escolher os governantes, e o Estado tem o principal objetivo de proteger os direitos naturais.

3.2.4. Direito de Rebelião: Se o governo violar os direitos naturais ou não cumprir seu dever de proteger a sociedade, os cidadãos têm o direito de rebelar-se e derrubá-lo.

4. Influência

4.1. Base do pensamento liberal clássico

4.1.1. **Inspiração:**

4.1.2. Revolução Americana

4.1.3. Revolução Francesa

4.1.4. Constituição dos EUA

4.1.5. Influenciou pensadores como Montesquieu e Rousseau