Lógica e Argumentação (Desidério Murcho)

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Lógica e Argumentação (Desidério Murcho) by Mind Map: Lógica e Argumentação (Desidério Murcho)

1. Definição

1.1. A argumentação é um instrumento sem o qual não podemos compreender melhor o mundo nem intervir nele de modo a alcançar os nossos objetivos;

1.2. Sem a argumentação não podemos sequer determinar com rigor quais serão os melhores objetivos a ter em mente.

2. Lógica

2.1. A lógica nos permite

2.1.1. Distinguir os argumentos corretos dos incorretos

2.1.2. Compreender por que razão uns são corretos e outros não

2.1.3. Aprender a argumentar corretamente

2.2. O objetivo de estudo da lógica é desenvolver as seguintes capacidades, face a um ensaio filosófico ou outro:

2.2.1. Identificar a conclusão ou conclusão principal

2.2.2. Identificar as premissas, incluindo eventuais premissas implícitas

2.2.3. Distinguir diferentes argumentos, explícitos ou aludidos, que o ensaio apresenta.

2.3. A lógica é o estudo de alguns aspectos importantes da argumentação, que nos permitem distinguir entre os argumentos válidos dos inválidos.

2.4. A lógica não é uma espécie de jogo simbólico ou quebra-cabeças

2.5. A lógica NÃO É o estudo das condições de coerência do pensamento

2.6. A lógica estuda a VALIDADE e não a COERÊNCIA da argumentação.

3. Falácia

3.1. Alguns autores reservam o termo FALÁCIA para os argumentos inválidos que PARECEM válidos.

4. Argumentos

4.1. Os argumentos podem ser

4.1.1. Válidos

4.1.1.1. são aqueles argumentos tidos como corretos

4.1.2. Inválidos

4.1.2.1. são os argumentos tidos como incorretos

4.2. Algumas pessoas aceitam argumentos inválidos pensando que são válidos; outras, recusam argumentos válidos pensando que são inválidos.

4.2.1. Há vários tipos de fatores que explicam essas atitudes:

4.2.1.1. Fatores psicológicos

4.2.1.2. Fatores sociológicos

4.2.1.3. Fatores históricos

4.2.1.4. Fatores patológicos

4.2.2. A lógica não estuda esses aspectos da argumentação, que são estudados por suas devidas áreas (psicologia, sociologia, história etc.).

4.3. ARGUMENTO, INFLUÊNCIA e RACIOCÍNIO são termos praticamente equivalentes

4.3.1. Fazer uma inferência é apresentar um argumento, e raciocinar é retirar conclusões a partir de premissas.

4.3.2. Pensar é em grande parte raciocinar.

4.3.3. Um argumento é um conjunto de afirmações de tal forma organizadas que se pretende que uma delas, a que se chama CONCLUSÃO, seja apoiada pelas outras, a que se chamam PREMISSAS.

4.3.3.1. O que se pretende em um argumento válido é que as suas premissas estejam de tal forma organizadas que arrastem consigo a conclusão.

5. Ruído

5.1. Por ruído entende-se tudo o que não desempenha qualquer papel lógico no argumento, em nada contribuindo para a sua validade.

5.2. É muito importante dar atenção ao ruído no estudo da lógica, pois este está geralmente presente nos argumentos reais, e é necessário saber detectá-lo e eliminá-lo.

6. Argumento canônico

6.1. O argumento canônico pode ser representado como nesse exemplo:

6.1.1. Se Sócrates fosse deus, seria imortal. Sócrates não era imortal. logo, Sócrates não era um deus.