Flannery & Marcus How Our Prehistoric Ancestors Set the Stage for Monarchy, Slavery, and Empire ...

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Flannery & Marcus How Our Prehistoric Ancestors Set the Stage for Monarchy, Slavery, and Empire (Parte I) by Mind Map: Flannery & Marcus  How Our Prehistoric Ancestors Set the Stage for Monarchy, Slavery, and Empire (Parte I)

1. 1) GÊNESIS E ÊXODO

1.1. Todos nos nascemos iguais e nosso lugar de nascimento foi a África. Demorou muitas e muitas imigrações para que pudéssemos chegar aos quatro cantos da Terra.

1.2. Os nossos ancestrais mais antigos não saíram numa corrida em busca da colonização de vários países. A inovação não era o objetivo deles, a mudança de ferramentas foi incrivelmente devagar.

1.3. Por volta de 200,000 anos atrás os “newcomers” foram substituídos pelos “modern-looking”. Os biólogos consideram a existência de pelo menos dois grupos distintos: os “Neanderthals” e os “Archaic modern humans”. Essa competição entre os primeiros humanos aconteceu durante a Era Glacial.

1.4. Para alguns antropologistas a era glacial foi um período estressante onde um homem mais resiliente e a adaptado surgiria. Para outros, esse cenário gerou a criação de maiores redes de aliança e amizades.

1.5. a) A dispersão dos grupos arcaicos:

1.5.1. Nossos “moder-looking” ancestrais estão prontos para entrar em contato com todas as partes do mundo. A Era Glacial contribuiu para essa imigração pois grande parte da Terra estava congelada e os níveis do mar estavam mais baixos, possibilitando chegar a lugares nunca antes alcançados.

1.6. b) A ponte para o novo mundo:

1.6.1. “ A ponte para o novo mundo” levou nossos ancestrais para um novo continente até então desconhecido, o Alasca.

1.6.2. 15 milhões de anos atrás o mundo estava povoado do Alasca a Patagonia, mesmo que em pouca densidade. E com o fim da era glacial a ponte que levava ao novo mundo desapareceu.

1.7. c) Vida da Era Glacial na Tundra:

1.7.1. Por volta de 28,000 anos atrás as planícies do leste europeu se transformaram na Tundra, uma floresta extremamente fria. A boa notícia era a existência de um animal que provia 8 toneladas de carne, a notícia ruim era a de que alguém precisaria caçar esse animal usando apenas lanças de madeira. As pessoas adaptadas ao clima da Tundra seriam comparadas hoje ao esquimó.

1.7.2. As famílias se reuniam para caçarem juntas o gigantesco animal, depois se dispersavam por um tempo mantendo conexões através de visitas, cooperação e trocando materiais.

1.7.3. Por volta de 18,000 anos atrás o frio estava se amenizando e as terras estavam mudando de Tundra para Taiga.

1.7.4. Os Magdalenians foram estudados e revelou-se evidencias de um arsenal de arte, música e ornamentos. Eles tocavam flautas, faziam suas próprias roupas e usavam acessórios. Além disso, faziam pinturas da sua realidade nas paredes das carenas. Sendo assim comparados aos caçadores e coletores do nosso passado mais recente.

1.8. d) Porque a evidência de uma “mente moderna” não apareceu antes?

1.8.1. A maioria dos arqueólogos concorda que o comportamento dos Magdalenians refletem uma mente tão moderna quanto a dos próprios arqueólogos. Se anatomicamente os humanos modernos existem por pelo menos 100,000 anos, fazem ornamentos por 80,000 anos e desenham figuras por 25,000 anos, por que só com 15,000 anos nós finalmente temos a evidencia de mente moderna?

1.8.2. A questão não tem uma única resposta, mas uma das prováveis é de que o aumento da densidade da população foi a razão. A medida em que o mundo passou a ser cada vez mais ocupado, aumentou também a pressão para o uso de símbolos na criação de identidades culturais e étnicas. Além disso, uma das atividades que regula a interação entre grupos étnicos vizinhos é o ritual, e este, na maioria das vezes, envolve arte, musica e dança.

1.8.3. A antropóloga Raymonde Kelly identificou uma diferença marcante entre os grupos que determinava o motivo pelo qual em alguns grupos a representação simbólica de comportamento era mais forte que em outros. A diferença esta no fato de se o grupo tem ou não uma sociedade que vai além dos próprios membros de sua família.

1.8.4. Porque a criação de clãs, que abrigam muitas famílias, durante o fim da Era Glacial gerou o uso da música, da arte e da dança? A resposta esta no fato de que além de nascerem em uma família eles precisam ser iniciados dentro de um clã. Mesmo as sociedades que não se configuram como clãs possuem rituais, porém num nível muito menos complexo. Além disso, outros rituais acontecem para firmar a identidade única de cada clã.

1.8.5. Sociedades formadas por clãs possuem vantagens em relação a aquelas formadas apenas pela família. Essas vantagens podem nos explicar um pouco o motivo do desaparecimento dos Neanderthals (que tinham relações apenas com a família). Na competições face a face por um território eles provavelmente teriam poucas chances e seriam jogados nas regiões mais inóspitas do planeta pelo grupos que tinham maior organização social.

1.8.6. Nossos ancestrais criaram na Era Glacial os clãs sem terem intencionado as consequências dessa criação. Os clãs criaram uma mentalidade de “nós versus eles” que mudou a lógica da vida humana em sociedade. As sociedades formadas por clãs tem muito mais chances de entrarem pra violência, o que implica na origem na guerra. Essas sociedades também tendem a ter altos níveis de desigualdade.

2. 2) ESTADO DE NATUREZA DE ROUSSEAU

2.1. Vamos examinar 4 sociedades: a tradicional Caribou e Netsilik Esquimó e os Basarwa e Hadza.

2.2. a) Caribou Esquimó e a igualdade:

2.2.1. Eles eram uma sociedade extremamente igualitária, ninguém acumulava um superávit ou reclamava o direito sobre a terra.

2.2.2. Tudo era propriedade comum de todos, durante as crises a comida era dividida com os vizinhos e depois de um sucesso na caçada a carne era dividida entre todos. Compartilhar era tão crucial que eles evitam ao máximo a acumulação e a cobiça.

2.2.3. A vida no Ártico era estressante mas o comportamento deles não diferia das outras sociedades que não formavam clãs- era uma sociedade verdadeiramente igualitária onde o sentimento de colocar uns acima dos outros era fortemente desencorajado.

2.3. b) Netsilik Esquimó e a criação de redes sociais maiores:

2.3.1. Eles viviam em uma sociedade sem clãs e o feminicídio era frequente a não ser que estivesse faltando mulheres.

2.3.2. No início da vida de um menino, a mãe dele escolhia um grupos de parceiros homens para ele (12). Os membros mais próximos não entravam pois o objetivo era escolher pessoas que durante circunstâncias ordinárias não teriam relações próximas com ele.

2.3.3. Quando chega a época e o menino vira um caçador ele consegue o alimento e sua esposa o divide em 14 partes, 12 dessas são destinadas ao parceiros que foram escolhidos para ele e as ultimas 2 piores partes ficam para o próprio. Essa relação poderia se tornar hereditária ou seguia-se a ideia dos nomes iguais.

2.3.4. Eles não tinham clãs e nenhum grupo além da sua própria família, porém se viram obrigados a criar relações com outras pessoas para que pudessem confiar recursos quando estivesse em seca. Eles criaram uma rede social então usando apenas a linguagem e o poder mágico do nome.

3. 3) ANCESTRAIS E DOENÇAS

3.1. Entre os grupos dos Basarwa e Hadza o homicídio era um problema individual. O assassino seria matado por um membro da sua própria família ou da família da vítima.

3.2. Isso, no entanto, mudou com o surgimento dos clãs, “nós versus eles. Se alguém do clã A matasse alguém do clã B isso seria considerado um crime contra o clã inteiro da vítima e requeria uma resposta de grupo.

4. 4) PORQUE NOSSOS ANCESTRAIS TINHAM RELIGIÃO E A ARTE

4.1. Listamos aqui uma série de princípios os quais podem ser considerados como comuns na maioria das sociedades.

4.1.1. 1. Generosity is admirable; selfishness is reprehensible.

4.1.2. 2. The social relationship created by a gift is more valuable than the gift itself.

4.1.3. 3. All gifts should be reciprocated; however, a reasonable delay before reciprocating is acceptable.

4.1.4. 4. Names are magic and should not be casually assigned.

4.1.5. 5. Since all humans are reincarnated, ancestors’ names should be treated with particular respect.

4.1.6. 6. Homicide is unacceptable. A killer’s relatives should either execute him or pay reparations to the victim’s family.

4.1.7. 7. Do not commit incest; get your spouse from outside your immediate kin.

4.1.8. 8. In return for a bride, the groom should provide her family with services or gifts.

4.1.9. 9. Marriage is a flexible economic partnership; it allows for multiple spouses and variations.

4.2. Em contra partida a esses princípios que pregam a igualdade também encontramos algumas premissas que permitem um pouco de desigualdade.

4.2.1. 10. Men have the capacity to be more virtuous or ritually pure than women.

4.2.2. 11. Youths should defer to seniors.

4.2.3. 12. Late arrivals should defer to those who were here first.

4.3. Nas sociedades formadas por clãs ou descendência encontramos novos princípios.

4.3.1. 13. When lineages grow and divide, the junior lineage should defer to the senior lineage, since the latter was here first.

4.3.2. 14. You are born into your family, but you must be initiated into your clan.

4.3.3. 15. The bad news is that initiation will be an ordeal. The good news is that you will learn ritual secrets, become more fully a member of your ethnic group, and perhaps gain virtue.

4.3.4. 16. Any offense against a member of your lineage or clan, such as murder or serious insult, is an offense against that entire social unit. It requires a group response against some member (or members) of the offending group.

4.3.5. 17. Any armed conflict should be followed by rituals of peacemaking.

4.4. Como base nisso podemos analisar o etnocentrismo presente em cada sociedade. Cada uma delas acredita que o seu comportamento é o ideal enquanto o dos seus vizinhos é inapropriado. Os “foragers” no entanto são menos rígidos. Convencidos de que cada grupo tem o seu ancestral eles tentam mais se adaptar ao seu vizinho do que tentar muda-lo.

4.5. Outro princípio largamente usado até hoje é o de que não existem acidentes, tudo acontece por uma razão.

4.6. a) Cosmologia e lógica social

4.6.1. Cosmologia é uma instituição universal. Todas as sociedades tem uma historia diferente sobre como surgiu o universo e a nossa existência. Como nenhum de nos estava lá, todas essas histórias são, necessariamente, mitos. Mitos são diferentes de lendas, já que essas apesar de poderem ser verdadeiras ou falsas tem o medo como característica.

4.6.2. O antropólogo Roy Rappaport fez um estudo acerca do medo e da religião. Ele defende que toda religião consiste em 3 componentes. O primeiro é uma proposição amedrontadora que despista o fato de não haver provas empíricas que a comprovem. Esse proposição nos leva ao segundo componente: o ritual, o qual deve ser feito corretamente de forma repetida para que alcancemos nossos objetivos. Se feito corretamente, o ritual incluirá o terceiro componente: uma experiência interior inspiradora. Para os arqueólogos, o ritual é a chave para a validação desse sistema.

4.6.3. O que incomoda os cientistas é o fato de como a religião se demonstra forte nesse cenário, o que conflita com a premissa de que os homens são seres racionais pensantes.

4.6.4. Parte desse problema, na nossa opinião, se deve ao fato de que os cientistas estão errados quanto ao uso da linguagem e da inteligência em primeiro lugar. Eles assume que o objetivo da linguagem e da inteligência era de fazer de nos melhores caçadores. Nós, porém, apresentamos outro ponto de vista. Esses dois fatores pretendiam fazer de nos melhores seres sociais.

4.6.5. Se os nossos antecessores tivessem sido tão pragmáticos como pregam os cientistas não teria motivo para uma concepção de “medo”. Mas como eles eram comunicativos e inteligentes acabam se tornando mais emocionais e moralistas.

4.6.6. Nossos ancestrais tinham um conhecimento incrível sobre as plantas e animais, mas a sua mais importante inteligência era a inteligência social, que classificava homens vivos ou não e até seres supernaturais. O resultado disso é que os “foragers” podiam criar sociedades maiores de cooperação.

5. 7) O RITUAL DE CONSTRUIR GANHOS- SOCIEDADES DE BASE

5.1. Foragers costumam criar os rituais se arrumando em um formato oval. A área interior poderia ser usada para a dança etc. Os planos de uso de cada tipo de homem são muito importantes. Nesse capítulo analisaremos 3 diferentes tipos de uso da casa do homem através do mundo. Cada um desses tipos reflete um caminho diferente para se atingir a desigualdade.

5.2. Os líderes tinham prestígio, mas não poder político. Eles poderiam pagar pessoas para fazer algo, mas não as obrigá-las. Não podiam passar seu prestígio para o seus filhos, esses teriam que alcança-lo pelo seu próprio mérito.

6. 8) A PRÉ- HISTÓRIA DAS CASAS DE RITUAL

6.1. No início do século XX vilas (achievement-based) agrícolas eram comuns em todo o mundo. O seu comportamento mais característico era a construção de estabelecimentos de rito, muitos do quais eram certamente casas de homens.

6.2. a) A propagação das vilas de “achievemente-based” e rituais ancestrais:

6.2.1. O processo de emergência de tipos domésticos de sementes de milho que eram mais fáceis de serem plantadas e a conversão dos duradouros campos em permanentes levou o ser humana a era do sedentarismo. Tudo isso facilitou a caça de animais mais especializada e a domesticação de várias espécies.

6.2.2. Durante todo esse processo os rituais se evoluíram e as casas dos homens se tornaram mais bem construídas e melhores decoradas.

7. 9) PRETÍGIO E IGUALDADE NAS 4 NAÇÕES NATIVAS DA SOCIEDADE AMERICANA

7.1. Algumas sociedades desenvolveram o critério da hereditariedade e nunca mais voltaram atrás. Porém, nem todas as “achievement-based” sociedades com liderança passaram por essa transformação.

7.2. Muitas delas resistiram ao fato de aumentar a desigualdade. Elas acharam uma maneira de deixar que pessoas talentosas subam de posição enquanto previnem o estabelecimento de uma elite hereditária.

7.3. A balança que eles criaram entre ambições pessoais e o bem público (espírito de comunidade) permitiram que esse estilo de vida durasse séculos.

7.4. Um grupo que no entanto permitisse a existência dessa elite hereditária geraria um alto nível de instabilidade. As contradições entre a lógica social do privilégio e igualdade poderiam resultar em anos de oscilação (com derramamento de sangue).