utilizou
IRMfs para estudar o cérebro de consumidores,
aos quais eram mostradas imagens de uma
série de automóveis, como Mini Coopers e
Ferraris. E eles descobriram que, quando
as pessoas observavam o slide de um
Mini Cooper, uma pequena região na
área posterior do cérebro que reage às
feições faciais se ativa. O IRMf havia
acabado de identificar a essência do
encanto do Mini Cooper: a semelhança
ajudar no desenvolvimento de novas
formas de mensuração e métricas
baseadas nos mais avançados recursos
da neurociência.”
Mais recentemente, deu no New York
Times que a Disney (dona da ABC e ESPN)
está decifrando o impacto da publicidade
online e de televisão, analisando
movimentos dos olhos, batimentos
cardíacos e a temperatura do corpo, para
identificar os formatos de publicidade
que mais e menos agradam às pessoas
e que peças publicitárias são mais
relevantes.
Como uma nova “ciência” o
neuromarketing desperta preocupações
éticas. Contrários, uns citam Joseph
Goebbels, o pai da propaganda nazista,
mas também considerado, por muitos,
o pai da propaganda moderna. Outros
citam George Orwell e falam em
manipulação cerebral, invasão de
privacidade em âmbito extremamente
íntimo e outras reações que extrapolam
o limite ético. Lindstrom se defende
e explica que o neuromarketing não
significa implantar ideias no cérebro
das pessoas ou forçá-las a comprar o
que não querem; significa revelar o
que já está dentro da nossa cabeça – a
nossa “lógica de consumo”. Como a
neuroimagem pôde revelar verdades
que depois de meio século de pesquisas
de mercado, discussões de grupo e
pesquisas de opinião, continuavam a
ser um mistério, e como a publicidade
já se rendeu à psicologia, antropologia e
sociologia como aliadas da comunicação,
o neuromarketing, que vem evoluindo
consideravelmente, é mais um aliado
para conquistar corações e mentes dos
consumidores.
com o rosto de um bebê. “Você sente
vontade de apertar suas bochechinhas
metálicas e sair dirigindo”, afirma.

Neurociências e o Consumo Pedro Furtado