1. OPERACIONALIZAÇÃO DE UM MODELO PREVENTIVO
1.1. Desde o ano de 1986 já havia a preocupação em mostrar a efetividade do modelo preventivo e caracterizar práticas efi cazes que conduzam à mudança nos determinantes de saúde
1.2. percebe-se muita dificuldade na operacionalização, particularmente quando nos concentramos no grupo etário dos idosos
2. DIAGNÓSTICO PRECOCE E MONITORAMENTO DA SAÚDE
2.1. Para um planejamento assistencial efetivo são essenciais o prognóstico e o julgamento clínico adequados para se precisar o diagnóstico
2.2. No campo da saúde coletiva, a informação epidemiológica deve ser valorizada por sua capacidade em prever eventos e possibilitar o diagnóstico precoce
3. EQUÍVOCOS E MUDANÇAS NECESSÁRIAS
3.1. Muitos idosos apresentam múltiplos problemas coexistentes e freqüentemente procuram inúmeros especialistas
3.2. Um dos “gargalos” do modelo assistencial são a insufi ciente identifi cação e a precária captação da clientela, que deveriam seguir o critério da severidade
3.3. O hábito de reunir todos os sintomas e sinais em um único diagnóstico certamente não se aplica aos idosos, que geralmente apresentam doenças crônicas e múltiplas.
3.4. A ampliação do número de idosos e a maior utilização do sistema de saúde, conseqüência do maior tempo de vida e das múltiplas patologias crônicas, confi guram-se, portanto, como o grande gargalo e desafi o do sistema de saúde
4. COMENTÁRIOS
4.1. Temos, assim, um cenário de uma população idosa mais saudável, a despeito das conseqüências que o processo de envelhecimento da população acarreta no que diz respeito ao aumento das doenças crônicas e à maior necessidade de atendimento de saúde da população que envelhece e que vive, cada vez mais, até idades mais avançadas.
4.2. Isto significa desenvolver estratégias que visem postergar a morte ao máximo possível, retardando a evolução das doenças, a fi m de levar a vida para o limiar mais próximo possível do limite máximo da existência da espécie humana, mas com qualidade de vida, com autonomia e independência, ou seja, com capacidade funcional.
5. RESUMO
5.1. discute consequências sociais, da saúde, decorrente da ampliação do numero de idosos em um curto periodo de tempo
5.1.1. 1998 e 2003
5.1.1.1. os idosos apresentam maior carga de doenças e incapacidades, e usam mais os serviços de saúde
5.2. por outro, os modelos vigentes de atenção à saúde do idoso se mostram inefi cientes e de alto custo
5.2.1. Ações preventivas e diferenciadas de saúde e de educação, com cuidados qualifi cados e atenção multidimensional e integral.
6. INTRODUÇÃO
6.1. O prolongamento da vida é uma aspiração de qualquer sociedade
6.1.1. Também deve abrir campo para a possibilidade de atuação em variados contextos sociais e de elaboração de novos significados para a vida na idade avançada
6.1.1.1. Atualmente, chegar à velhice é uma realidade populacional mesmo nos países mais pobres.
6.2. envelhecer não é mais privilégio de poucos.
6.2.1. O crescimento da população idosa é um fenômeno mundial e, no Brasil, as modifi cações ocorrem de forma radical e bastante acelerada.
6.2.1.1. As projeções mais conservadoras indicam que, em 2020, o Brasil será o sexto país do mundo em número de idosos, com um contingente superior a 30 milhões de pessoas
6.3. A velocidade do processo de transição demográfi ca e epidemiológica vivido pelo País nas últimas décadas traz uma série de questões cruciais para gestores e pesquisadores dos sistemas de saúde
6.3.1. O Brasil hoje é um “jovem país de cabelos brancos”.
6.3.1.1. A cada ano, 650 mil novos idosos são incorporados à população brasileira, a maior parte com doenças crônicas e alguns com limitações funcionais.
6.4. O número de idosos no Brasil passou de 3 milhões, em 1960, para 7 milhões, em 1975, e 20 milhões em 2008
6.4.1. Um dos resultados dessa dinâmica é a maior procura dos idosos por serviços de saúde.
6.4.1.1. As internações hospitalares são mais freqüentes e o tempo de ocupação do leito é maior quando comparado a outras faixas etárias.
6.5. Desta forma, o envelhecimento populacional se traduz em maior carga de doenças na população, mais incapacidades e aumento do uso dos serviços de saúde.
6.5.1. Cotidianamente, os idosos brasileiros convivem com medo de violências, falta de assistência médica e de hospitais e escassas atividades de lazer
6.5.1.1. À desinformação, ao preconceito e ao desrespeito aos cidadãos da terceira idade
6.6. O presente artigo visa a estimular a discussão para a necessidade de políticas públicas efetivas de manutenção da capacidade funcional dos idosos, de novas estratégias de prevenção e atenção integral, e de foco inovador no cuidado do idoso.
7. CAPACIDADE FUNCIONAL E PREVENÇÃO
7.1. As diretrizes básicas da Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa são bons exemplos das preocupações com a promoção do envelhecimento saudável
7.1.1. A dependência, física ou mental, é um fator de risco importante para mortalidade, mais até do que as próprias doenças que levaram à dependência, uma vez que nem toda pessoa doente se torna dependente