Filosofia - Capítulo 5: Sócrates, o homem que perguntava [Matheus Czubka]

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Filosofia - Capítulo 5: Sócrates, o homem que perguntava [Matheus Czubka] por Mind Map: Filosofia - Capítulo 5: Sócrates, o homem que perguntava [Matheus Czubka]

1. Uma época privilegiada

1.1. Atenas dominava os mares e, graças à proteção desse grande estadista, uma nova atmosfera cultural mudava o cenário da cidade, favorecido pela presença de grandes artistas, embelezando-a com obras magníficas e pela troca de culturas por meio do contato com pensadores, vindos de várias partes do mundo, trazendo as novidades do conhecimento que se desenvolvia nas colônias gregas da Ásia Menor.

2. O homem que perguntava

2.1. Sócrates foi um grande filósofo, que nasceu e viveu em Atenas. Conta-se que era um homem muito feio, mas que encantava as pessoas com suas palavras, sua coerência e sua inteligência. Ele não deixou nada escrito, tudo o que sabemos sobre sua vida e suas ideias foi contado por seus discípulos, em especial, Platão, um jovem que o acompanha e escrevia suas conversas. Segundo Cícero, um filósofo romano, “com Sócrates a Filosofia sai do céu para a Terra, transformando cidades e casas em sua morada e levando as pessoas a refletirem sobre a vida e os costumes, sobre o bem e o mal.”

2.2. Sócrates compara suas atividades de filósofo à profissão de sua mãe, que era parteira. Ajudava as pessoas a “parir” o seu próprio conhecimento, desfazendo preconceitos e opiniões adquiridas sem reflexão.

3. Sócrates e os sofistas

3.1. Sócrates foi contemporâneo dos sofistas, um conjunto de oradores e pensadores surgidos na segunda metade do século V a.C. Os sofistas, como eram homens instruídos, detentores de conhecimentos, perceberam a importância dos ensinamentos dessa Arte da linguagem e iam preenchendo os espaços vazios desse saber, viajando pelas cidades e vendendo o conhecimento que possuíam.

4. Virtude: em busca do Bem

4.1. Para Sócrates, a Virtude é o conhecimento do bem, sendo o mal uma consequência da ignorância. Ninguém escolheria o mal para si, pois as pessoas desejam o bem; quando praticam o mal, o fazem por ignorância e imprudência, acreditando que é um bem e fazendo, por isso, escolhas equivocadas.

5. O conhecimento como um parto

5.1. Sócrates transformava cada resposta em uma nova pergunta, numa rede interminável, desconstruindo os conceitos preconcebidos, até deixar a pessoa exausta e confusa em relação àquilo que, antes, tinha certeza.

6. A antiguidade clássica

6.1. Período Homérico (Séc XII a VIII a.C)

6.1.1. Conhecemos a história dos gregos desse período por meio dos poemas de Homero: Ilíada e Odisseia. Essas obras relatam os mitos e lendas que fundaram a civilização grega.

6.2. Período Clássico (Séc V a IV a.C)

6.2.1. Foram criadas as bases da Filosofia por Sócrates, Platão e Aristóteles e a consolidação da democracia ateniense.

6.3. Período Helenístico

6.3.1. A cultura grega se mistura à cultura oriental dos povos da Macedônia e do Império Romano, após a invasão da Grécia por Alexandre, o Grande.

7. Maiêutica: O método socrático

7.1. Em seu método, chamada maiêutica, ele tendia a despojar a pessoa da sua falsa ilusão do saber, fragilizando a sua vaidade e permitindo, assim, que a pessoa estivesse mais livre de falsas crenças e mais suscetível a extrair a verdade lógica, que também estava dentro de si. O processo de aprender é um processo interno, e tanto mais eficaz quanto maior for o interesse de aprender. Só o conhecimento que vem de dentro é capaz de revelar o verdadeiro discernimento. É o que Sócrates denomina autoconhecimento.

7.2. Ironia

7.2.1. Perguntar sobre uma coisa em discussão, delimitar um conceito e, contradizendo-o, refutá-lo.

8. Porque Sócrates foi condenado ?

8.1. Ao debater as questões humanas, a ética, a política e o conhecimento, Sócrates oferecia uma nova visão sobre o homem, promovendo uma revisão de valores, que denunciava e desestruturava as bases políticas de Atenas. As pessoas beneficiadas por essa estrutura de privilégios sentem-se ameaçadas e decidem afastar Sócrates do poder de transformação, que ele poderia exercer sobre a cidade.