1. Saviani (2010), currículo consiste em organizar o conteúdo e desenvolvê-lo didaticamente.
1.1. Forquin (1993, p. 22), afirma que currículo escolar no vocabulário anglo-saxão é um percurso educacional, um conjunto contínuo de situações de aprendizagem (“learning experiences”) às quais um indivíduo vê-se exposto ao longo de um dado período, no contexto de uma instituição de educação formal.
2. Formação inicial
2.1. As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Profissional Técnica de Nível Médio, no capítulo II, que trata dos princípios norteadores, apresenta como um desses princípios a “relação e articulação entre a formação desenvolvida no Ensino Médio e a preparação para o exercício das profissões técnicas, visando à formação integral do estudante”. Sabe-se que historicamente a formação do trabalhador era desenvolvida com base na divisão social do trabalho: a ação de pensar e a ação de executar. Desta forma, era necessária uma formação para quem pensa, planeja e dirige, e outra, para quem executa. Sabe-se também que, na atualidade, busca-se superar essa visão reducionista da formação do trabalhador, ensejando- se o domínio de conhecimento tanto científico quanto técnico. É neste contexto que surge a ideia de formação integral que segundo Ciavata (2005, p. 85), busca superar a redução da preparação para o trabalho, garantindo ao adolescente, jovem e ao adulto trabalhador o direito “a uma formação completa para a leitura do mundo e para a atuação como cidadão pertencente a um país, integrado dignamente à sua sociedade política”.
3. Interdisciplinaridade
3.1. Princípio organizador da prática curricular. Possibilita o diálogo entre os conhecimentos das diferentes disciplinas, contribuindo assim para a religação da relação teoria e prática e para a realização de atividades diversas e criativas que proporcionem a exploração da potencialidade de cada conhecimento. Finalidade é pôr um fim à fragmentação do conhecimento, que vem caracterizando a construção do conhecimento há alguns períodos na história. Frigoto (1995) coloca que a necessidade da interdisciplinaridade na produção do conhecimento funda-se no caráter dialético da realidade social que é, ao mesmo tempo, una e diversa na natureza intersubjetiva de sua apreensão. Portanto, acabar com a fragmentação não é negar a especificidade de cada disciplina em nome de uma unidade.
4. Flexibilidade
4.1. A flexibilidade é também um dos princípios apresentados pelas diretrizes curriculares. Segundo o Parecer CNE/CEB nº 16/99. Possibilita à instituição acompanhar e atender as demandas tanto do mercado de trabalho como da sociedade, no sentido de que a flexibilidade implica na autonomia da instituição em relação ao desenho curricular mais adequado à realidade em que está inserida e concernente com o projeto político pedagógico. O currículo flexível é espaço para inovações, atualizações e vivências de novas práticas, consubstanciando-se num currículo vivo e mutável. Flexibilidade é um princípio que se reflete na construção dos currículos em diferentes perspectivas: na oferta dos cursos, na organização dos conteúdos por disciplinas, etapas ou módulos, atividades nucleadoras, projetos, metodologias e gestão dos currículos.
5. PPC
5.1. A RESOLUÇÃO N° 099, DE 27 DE SETEMBRO DE 2017, Aprova o Manual para Elaboração de Projetos Pedagógicos de Cursos do IFCE. O manual está estruturado em tópicos que englobam a caracterização do projeto pedagógico de curso, contemplam a metodologia utilizada para sua construção ou atualização, bem como a sua fundamentação legal, incluem a sua formatação, os elementos e a estrutura que o compõem, as informações a constarem no Sistema Acadêmico e portal do IFCE, e encerram com a bibliografia e anexos.
