DIAGNÓSTICO LABORATORIAL DA INFECÇÃO PELO NOVO CORONAVÍRUS (COVID-19) – POSICIONAMENTO OFICIAL DA...

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DIAGNÓSTICO LABORATORIAL DA INFECÇÃO PELO NOVO CORONAVÍRUS (COVID-19) – POSICIONAMENTO OFICIAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE PATOLOGIA CLÍNICA/MEDICINA LABORATORIAL (SBPC/ML) (1) por Mind Map: DIAGNÓSTICO LABORATORIAL DA INFECÇÃO PELO NOVO CORONAVÍRUS (COVID-19) – POSICIONAMENTO OFICIAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE PATOLOGIA CLÍNICA/MEDICINA LABORATORIAL (SBPC/ML) (1)

1. Em janeiro de 2020, foi identificada na China uma nova cepa de coronavírus,  formalmente designada coronavírus 2 da síndrome respiratória aguda grave (SARS-CoV2), como COVID-19.

2. Os coronavírus comuns que infectam os seres humanos são os alpha coronavírus 229E e NL63 e os beta coronavírus OC43 e HKU1. Alguns destes foram relacionados a síndromes respiratórias graves: SARS-COV (que causa a síndrome respiratória aguda grave), MERS-COV (síndrome respiratória do Oriente Médio), e o recém identificado SARS-CoV2.

3. 1. Casos Supeitos

3.1. O Ministério da Saúde define como Caso Suspeito para COVID-19:     Pacientes com febre e pelo menos um sinal ou sintoma respiratório (tosse, dificuldade para respirar, batimento das asas nasais, entre outros). Histórico de viagem para países com transmissão local nos 14 dias. contato próximo com caso suspeito para COVID-19 ou confirmado por exames nos 14 dias anteriores ao aparecimento dos sinais ou sintomas.

4. 2.Definição de Contato Próximo.

4.1. Contato próximo com uma pessoa com suspeita ou confirmação para COVID-19 é definido como: estar a menos de 2 metros ou compartilhando a mesma sala. O contato próximo pode incluir cuidar, morar, visitar, trabalhar ou compartilhar uma área ou sala de espera; ou ter contato direto com secreções contaminadas.

5. 3. Recepção e identificação precoce de pacientes.

5.1. Com suspeita de COVID-19 em serviços de coleta laboratorial. O ideal é que os laboratórios criem fluxos para identificação precoce de pacientes com sintomas respiratórios ou que a requisição de exames que inclua solicitação de coleta de amostra para pesquisa de SARS-CoV2.     Minimizando o tempo que o paciente permanece na unidade laboratorial, evitando contato próximo com demais pacientes, criando fluxos preferenciais para acionamento imediato da equipe assistencia ou a disponibilização de coleta em domicílio.     Para os sintomáticos respiratórios, durante a permanência na unidade, a utilização da máscara cirúrgica pelo paciente e por seu(s) acompanhantes(s). Enfatizar o uso de lenços descartáveis ao espirrar e tossir, higienização frequente das mãos com álcool gel ou lavagem com água e sabão.      São de extrema importância a avaliação médica de sinais de gravidade e a notificação compulsória do caso suspeito. Incentivamos que os serviços médicos e laboratoriais comuniquem prontamente o serviço referenciado, quando do encaminhamento de casos suspeitos para COVID-19.

6. 4. Investigação laboratorial ao SARS-CoV2.

6.1.     O teste recomendado para o diagnóstico por SARS-CoV2 é a reação da polimerase em cadeia com transcrição reversa em tempo real (rRT-PCR) em amostras clínicas respiratórias de trato superior ou inferior. O exame está disponível em laboratórios da rede pública e em alguns da rede privada. Para realização do teste, é recomendada a coleta de swab combinado de nasofaringe e orofaringe ou de secreção de trato respiratório inferior. Procedimento de coleta de swab de nasofaringe e orofaringe. É recomenda a coleta e a testagem simultânea de amostras de trato respiratório superior (swabs de nasofaringe e orofaringe) para todos os casos e amostra de trato respiratório inferior quando possivel. A coleta da amostra deve ser realizada após a identificação da suspeita clínica. Utilizar swabs de material compatível com diagnóstico molecular. Swabs de alginato de cálcio e de madeira podem inativar vírus e devem ser evitados. As instruções de coleta e materiais clínicos variam entre os laboratórios, verificando e obedecendo as instruções do laboratório realizante. •Coleta de swabs de trato respiratório superior. Pedir ao paciente para assoar o nariz em um lenço descartável sendo assim eliminando o excesso de pus e muco e desprezar em lixeira própria para resíduo infectante. •Swab de Nasofaringe: Inserir o swab em uma das narinas, paralelamente ao palato. Deixar o swab no local por alguns instantes para absorver as secreções. Repetir o procedimento na outra narina. •Swab de Orofaringe: Coletar material da orofaringe posterior, evitando a base da língua, os dentes e as bochechas. Inserir os swabs imediatamente (se necessário, cortar o excesso dos cabos) após a coleta em 2-3mL de solução fisiológica a 0,9% estéril ou meio de transporte universal viral (UTM) e manter imediatamente sob refrigeração (2 a 8°C). •Coleta de amostra de trato respiratório inferior. Lavado broncoalveolar, aspirado traqueal – seguir intruções de coleta da instituição. Coletar 2 a 3 mL em um frasco estéril, estanque e com tampa de rosca. Manter sob refrigeração (2 a 8°C). Escarro - O paciente deve enxaguar a boca com água, forçar uma tosse profunda com expectoração diretamente dentro do recipiente estéril de boca larga e tampa de rosca, próprio para coleta de escarro. Manter sob refrigeração (2 a 8°C) Atenção: No caso de laboratórios privados, devem-se coletar amostras adicionais para envio ao Laboratório Central de Saúde Pública (LACEN).

7. 5. Precaução padrão, de contato e respiratória para coleta de material respiratório.

7.1. A utilização dos EPIs, garantem a segurança do profissional de saúde no atendimento de casos suspeitos ou confirmados de COVID-19.     Devem ser utilizados para a coleta avental descartável, luvas, máscara N95 e óculos de proteção.     Deve-se evitar acompanhantes neste momento.     O Laboratório deve ter uma política para colocação, uso e retirada dos EPIs. A colocação e retirada devem ser realizadas em ordem para minimizar orisco de exposição: Colocação dos EPIs (antes de adentrar a sala de coleta): Primeiro passo: Vestir o avental descartável de mangas longas. Trocar se houver contaminação durante a coleta. Segundo passo: Colocar a máscara N95/PFFE. Terceiro passo: Colocar os óculos ou o escudo de proteção. Quarto passo: Calçar as luvas, após a lavagem ou higienização das mãos, e ajustar sobre os punhos. Trocar se houver contaminação. Retirada dos EPIs (antes de deixar a sala de coleta, exceto a máscara): Primeiro passo: Retirar as luvas de forma a não contaminar as mãos com a parte exterior. Segundo passo: Retirar os óculos ou escudo e lavar ou higienizar imediatamente as mãos. Terceiro passo: Retirar o avental tentando não tocar na parte frontal. Se isso ocorrer, lavar ou higienizar as mãos. Quarto passo: Retirar a máscara por trás, evitando tocar a região frontal, somente após deixar a sala de coleta. Lavar as mãos com água e sabão ou higienizá-las com álcool-gel. Descartar o material usado em recipiente de descarte de lixo infectante. Nota: A máscara conhecida como respirador N95 refere-se a uma classificação de filtro para aerossóis adotada nos EUA que equivale, no Brasil, à PFF2 ou ao EPR semifacial com filtro P2 — todos com níveis de proteção e resistência equivalentes. A máscara N95 deve ser posicionada antes de entrar no box de coleta, e retirada após sair do box.

8. 6. Recomendações para manipulação de material em ambiente laboratorial.

8.1. Procedimentos que gerem aerossóis devem ser realizados dentro de cabine de segurança. Após o processamento das amostras, as superfícies e equipamentos devem ser descontaminados com desinfetantes apropriados. Os seguintes procedimentos devem ser realizados em cabine de segurança: • Aliquotagem/diluição de amostras; • Semeadura em meios de cultura para fungos ou bactérias; • Realização de testes diagnósticos que não envolvam a propagação de agentes virais in vitro ou in vivo (por exemplo, preparação de lâminas para imunofluorescência); • Extração de ácidos nucleicos a partir de amostras potencialmente infectantes; • Preparação e fixação química ou pelo calor de amostras para análise microscópica.

9. 7. Transporte de amostras biológicas.

9.1. A embalagem e o transporte das amostras biológicas que possam conter o SARS-CoV2 devem seguir as recomendações da legislação vigente (atualmente, a RDC Nº 20, de 10 de abril de 2014, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, para Substância Biológica Categoria B).

10. 8. Limpeza e desinfecção de superfícies.

10.1. Em períodos de maior circulação de vírus respiratórios,recomenda-se a intensificação da limpeza de superfícies e objetos de uso frequente do público, como maçanetas e botões de elevadores.      A desinfecção de superfícies com hipoclorito de sódio a 0,1% ou etanol 62-70% reduz a infectividade dos coronavírus após 1 minuto de exposição.