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Robert Walker por Mind Map: Robert Walker

1. Professor do Departamento de Ciência Política na Universidade de Victoria, no Canadá

1.1. Formado em teoria politica

1.1.1. A área temática de teoria política é um ramo da ciência política que agrega contribuições de variadas disciplinas, mas, especialmente, da filosofia política e da história da ideias políticas. No panorama acadêmico contemporâneo, essa área temática vem sendo compreendida de duas maneiras distintas, mas não inconciliáveis: como teoria política normativa e como teoria política histórica. A primeira envolve o esforço de reflexão crítica sobre realidade e a projeção do dever ser da ordem política, ao passo que a segunda elabora narrativas sobre o desenvolvimento da própria tradição do pensamento político, tomando como objetos de investigação as idéias de autores clássicos, os conceitos políticos centrais (e as mudanças conceituais) em dada época ou sociedade e os embates ideológicos situados em contextos históricos específicos. A teoria política é um empreendimento intelectual que percorre toda a trajetória das sociedades ocidentais e é indissociável da construção histórica dessas sociedades como comunidades propriamente políticas. Por fim, a teoria política abriga ilimitado pluralismo de perspectivas ideológicas e visões de mundo.

1.2. Integra o corpo docente do Instituto de Relações Internacionais na PUC-Rio

2. Para ele, as grandes escolas de relações internacionais tendem a ignorar o espaço e o tempo: “o resultado é uma análise frágil: plana e a-histórica”. Que simplesmente abstrai qualquer possível contribuição, não só de geógrafos e historiadores, mas de psicólogos, antropólogos e todo tipo de saber que possa contribuir para uma perspectiva mais complexa sobre a relação entre Estados e sistema. Como solução, Walker acredita que se deveria focar em outros aspectos, como a soberania, um dos seus principais temas de estudo. “Se eu perguntar no Congresso brasileiro o que significa soberania, eles não saberiam responder”

3. Para ele há uma conexão entre o uso desses conceitos abstratos e os que legitimam a sua prática em sociedades autoritárias ou democráticas. Ele ve uma relação direta, por exemplo, entre os protestos deste ano com a questão da soberania.

4. A história está emergindo hoje, de forma dramática e com implicações em todo o mundo, através de sistemas de vigilância. Fala-se de um novo entendimento de autoridade, um diferente entendimento de subjetividade e relacionalidade, de sociedade e onde a soberania está. Nesses sistemas, a soberania não é mais um rei que toma decisões e faz distinções entre a lei moral e sua aplicação. Essas decisões estão gradualmente sendo tomadas por burocratas, estatísticos, operadores de segurança, e elas estão vindo de máquinas, de forma banal e diária. Questões como quem deve morrer, quem deve viver, quem deve ser incluído e quem deve ser excluído são cada vez menos feitas em termos do entendimento de direitos humanos ou das leis do Estado, e mais e mais em termos de mecanismos maquinários. Nós não entendemos em termos particulares convencionais. É preciso ir à ficção científica para compreender como essas formas cruciais da política estão acontecendo. Mas acho que há algo mais profundo por trás da erupção das separações que fizeram sentido nas décadas de 60 e 70. É uma batalha por quais critérios restaram.