Ecologia nos Estudos Organizacionais

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Ecologia nos Estudos Organizacionais por Mind Map: Ecologia nos Estudos Organizacionais

1. Apresentação dos artigos e autores

1.1. O que é Ecologia Organizacional

1.1.1. Basear no capítulo "O que é Ecologia Organizacional e o que não é", do Baum

1.2. Artigo seminal - Ecologia de População das Organizações (1977)

1.2.1. Hannan

1.2.2. Freeman

1.3. Artigo complementar - Ecologia Organizacional (1999)

1.3.1. Baum

1.3.2. Escrito após o refinamento feito por Hannan e Freeman em "Ecologia Organizacional", em 1989

2. Apresentação do tema central dos dois artigos: Ecologia Organizacional

2.1. Motivam a pesquisa ecológica: (1) diversidade de organizações; (2) dificuldade em reagir às demandas de ambientes; (3) organizações aparecem e desaparecem continuamente.

2.2. A teoria da ecologia organizacional,ao invés de focar na adaptação das organizações, destacou a questão da seleção natural.

2.3. A ação da seleção natural consiste em selecionar indivíduos mais adaptados a determinada condição ecológica, eliminando aqueles desvantajosos para essa mesma condição. A expressão mais adaptado refere-se à maior probabilidade de determinado indivíduo sobreviver e deixar descendentes em determinado ambiente.

2.4. O conceito de seleção, aplicado à ecologia organizacional, significa que o ambiente seleciona algumas organizações (aquelas mais adaptadas ao ambiente), causando a morte das outras (menos adaptadas), levando a evolução.

3. Teoria da Ecologia Organizacional

3.1. Por Hannan e Freeman, em Ecologia de População das Organizações (1977)

3.1.1. Seleção x Adaptação

3.1.1.1. Adaptação (abordagem tradicional): gestores sondam o ambiente em busca de oportunidades e ameaças, formulam respostas estratégicas e ajustam a estrutura organizacional ao modo que lhes convém

3.1.1.1.1. Pressão inercial: mudanças adaptativas são difíceis de serem observadas nas organizações, devido as pressões inerciais originadas tanto dos arranjos estruturais internos (ex: investimentos já realizados, restrição de informações internas dos tomadores de decisão, equilíbrio político e história da empresa), quanto das restrições ambientais (barreias para entrar e sair de mercados, restrição de informações externas dos tomadores de decisão, legitimidade ou reconhecimento e racionalidade coletiva – adoção da mesma estratégia por várias empresas).

3.1.1.2. Seleção (abordagem proposta): para lidar com as várias pressões inerciais, portanto, a perspectiva da adaptação deve ser suplantada com uma orientação de seleção. Defendem um enfoque que envolva populações de organizações, em contraponto ao enfoque de uma organização isolada que se defronta com a mudança no ambiente.

3.1.1.3. Sugere delimitar o estudo aos casos em que pressão inercial é tão forte que tornam improvável o processo de adaptação. Isto porque vários estudos já tratam do tema de adaptação, focando nas práticas de tomada de decisão, por exemplo.

3.1.2. Estudo das populações de organizações

3.1.2.1. Níveis de análise

3.1.2.1.1. Membros (novo)

3.1.2.1.2. Subunidades (novo)

3.1.2.1.3. Organizações individuais

3.1.2.1.4. Populações de organizações

3.1.2.1.5. Comunidades de organizações

3.1.2.2. Abordagem tradicional: relação entre organização e ambiente

3.1.2.3. Abordagem proposta: adicionar também o estudo das populações de organizações

3.1.3. Teoria da Competição

3.1.3.1. O Princípio da Exclusão Competitiva diz que duas populações não podem ocupar continuamente o mesmo nicho quando dependem de recursos ambientais idênticos e restritos.

3.1.3.2. Como os recursos disponíveis às firmas em dado ambiente são finitos e a capacidade de crescimento das populações é ilimitada, a competição torna-se inevitável, compondo o mecanismo de seleção ambiental

3.1.3.3. A teoria da competição sugere que a emergência de grandes organizações pode aumentar as chances de sobrevivência das pequenas, de uma maneira não prevista no modelo clássico. Quando as grandes organizações tomam a cena, as situadas no meio da distribuição de tamanho caem presas numa armadilha. Qualquer estratégia que adotarem para combater o desafio das formas maiores as torna ainda mais vulneráveis em sua competição com as organizações pequenas e vice-versa.

3.1.4. Teoria do Nicho

3.1.4.1. Especialistas otimizam sua estrutura e procedimentos, visto que julgam trabalhar em um ambiente estável. Generalistas normalmente possuem operações organizacionais menos rotineiras, o que pressupõe maior chance de respostas mais inovadoras.

3.1.4.2. Devemos encontrar organizações especializadas em ambientes estáveis e organizações generalistas em ambientes instáveis e incertos.

3.1.5. Trabalho revisado em Ecologia Organizacional (1989)

3.1.5.1. Inércia e mudança: a necessidade de mudança aumenta a taxa de mortalidade em empresas maduras, que normalmente são mais inertes

3.1.5.2. Tamanho do Nicho: especialistas em ambientes estáveis ou instáveis com pequenas mudanças frequentes x generalistas em ambientes instáveis com grandes mudanças

3.1.5.3. Particionamento de Recursos: não competição por recursos entre grandes generalistas e pequenas especialistas

3.1.5.4. Dependência da Densidade: relação das taxas de fundação e mortalidade x densidade de organizações na população, dados pela legitimação e competição.

3.1.5.5. Dependência da Idade: suscetibilidade das novatas, adolescência e idade

3.2. Por Baum, em Ecologia Organizacional (1999)

3.2.1. Abordagem ecológica para a mudança organizacional

3.2.1.1. As variações são produzidas pelos indivíduos através de competências administrativas e técnicas, por exemplo. A competição faz com que algumas destas variações sejam selecionadas pelos administradores dentro das organizações. As variações de sucesso são retidas na forma de organizações sobreviventes.

3.2.2. Fundação e Fracasso

3.2.2.1. Os fatores ambientais de eliminação seletiva associadas à fundação e fracasso organizacional podem ser agrupados em três blocos temáticos: (1) processos demográficos, (2) processos ecológicos e (3) processos ambientais.

3.2.2.1.1. Processos Demográficos analisam os fatores de eliminação seletiva em função de características como tamanho e idade.

3.2.2.1.2. Processos Ecológicos analisam a influência do dinamismo ambiental e da dinâmica intra e inter populacional nas taxas de fundação e fracasso das populações.

3.2.2.1.3. Processos Ambientais analisam os fatores ambientais de eliminação seletiva associados aos níveis institucional e tecnológico que influenciam as taxas de fundação e fracasso em populações organizacionais.

3.2.3. Teoria da Inércia Estrutural

3.2.3.1. Descreve organizações como entidades relativamente inertes, para as quais a resposta adaptativa não é somente difícil e pouco frequente, mas também perigosa.

3.2.3.2. A institucionalização dos propósitos e a padronização das rotinas produzem pressões inerciais fortes contra mudanças

3.2.3.3. A relação entre a inércia estrutural e o tamanho e idade das organizações. Quanto mais velha e/ou maior, maior a inércia.

3.2.3.4. Romper a inércia no caso de empresas mais velhas faz com que ela aproxime-se das novatas, aumentando a suscetibilidade ao fracasso.

3.2.4. Reconciliando adaptação e seleção

3.2.4.1. Sugere criar uma abordagem combinada

3.3. Tema para debate: Segundo a óptica determinista da Ecologia Organizacional, o ambiente seleciona as organizações mais aptas e o administrador tem um papel secundário, o que entra em conflito com a visão onipotente do administrador na Contingência.