1. Vaginose bacteriana é um crescimento excessivo bacteriano na vagina (Gardnerella vaginalis e a Gardnerella mobiluncus são as bactérias) e afeta principalmente mulheres na idade fértil, mas que também pode afetar homens. Atividade sexual sem proteção pode aumentar os riscos.
1.1. Gardnerella
1.2. Os sintomas nas mulheres são corrimento branco, pequenas bolhas na área genital, dor ao urinar, dor ao contato íntimo. Nos homens, coceira no pênis, secreção amarelada na uretra e vermelhidão.
1.2.1. O diagnóstico se dar por pH vaginal superior a 4,5, critérios clínicos, odor de peixe no teste de cheiro e células indicadoras.
1.2.2. A infecção é de fácil cura, o tratamento consiste com remédios antibióticos de via oral ou aplicados como pomadas na região íntima. Deve-se manter boa higiene durante o tratamento.
2. HSV
2.1. Infecção por herpes vírus simples. É um vírus que causa feridas contagiosas, na maioria das vezes ao redor da boca ou nos órgãos gentias.
2.1.1. Os sintomas são: formigamento na pele, dor, coceira, ardor, bolhas e feridas que podem aparecer no local afetado (lábios ou partes genitais).
2.1.1.1. O diagnóstico consiste principalmente na observação das características da infecção e, se necessário pode solicitar-se um exame de cultura da área afetada.
2.1.1.2. Não existe uma exata cura para HSV, a doença desaparece à medida que o sistema imune do indivíduo se recupera. Mas para alívio de sintomas, pode-se aplicar gelo sobre as lesões já que o frio alivia a dor.
3. HPV
3.1. Definição: Papilomavírus Humano, é considerado o vírus sexualmente transmissível mais comum do mundo, afetando homens e mulheres. Pode provocar verrugas na pele e nas regiões oral, anal, genital e uretra.
3.1.1. Sintomatologia: Se manifesta, na maioria das vezes, por verrugas esbranquiçadas ou pequenos sinais que aparecem da região genital, podendo ser discretas ou mais graves.
3.1.1.1. Diagnóstico: observação das verrugas, papanicolau, colposcopia, exame sorológico.
3.1.1.2. Tratamento: clínico, com medicamentos ou cirúrgico, eletrocauterização. Depois do tratamento, o paciente ainda deve continuar acompanhamento.
4. Hepatite B
4.1. Definição: É um tipo de hepatite viral que acomete o fígado, causada pelo vírus da hepatite B (HBV) que está presente no sangue e nas secreções.
4.1.1. Sintomatologia: Normalmente assintomática, porém na fase aguda da doença podem aparecer: cansaço, tontura, enjoo, febre, dor abdominal e icterícia.
4.1.1.1. Diagnóstico: Testes laboratoriais através de imunoensaios para detecção dos marcadores sorológicos e por PCR, para identificação do DNA viral.
4.1.1.2. Tratamento: Uso de antiviraisrepouso, dieta, hidratação e a não ingestão de bebidas alcoólicas. Se for necessário, tomar medicamentos para aliviar os sintomas como febre, dores musculares e de cabeça, enjoos e vômitos.
5. Sífilis secundária: Sinais e sintomas aparecem entre 6 semanas e 6 meses do aparecimento e cicatrização da ferida inicial. Manchas no corpo, nas palmas das mãos e plantas dos pés (não coçam). Febre, mal-estar, dor de cabeça e ínguas pelo corpo.
6. Candidíase
6.1. É uma infecção fúngica, ocorre geralmente na pele ou nas membranas mucosas, causada pelo fungo Candida.
6.1.1. Os principais sintomas são ardor, coceira, inchaço na região genital, aftas e, nos homens, aparece vermelhidão e uma espécie de nata na ponta do pênis, além de corrimentos esbranquiçados.
6.1.1.1. No diagnóstico, o médico analisa a vagina ou o pênis. Se for necessário, há uma raspagem da área afetada fornece uma amostra a ser analisada em laboratório para identificar o tipo de fungo causador do problema.
6.1.1.2. O tratamento consiste em cremes de uso local ou uso de antifúngicos em comprimido. Quando há irritação bem avançada, o especialista pode associar ao uso de corticoides.
7. Tricomoníase
7.1. É uma infecção sexualmente transmissível (IST), sendo transmitida através da relação sexual sem preservativo. Causada principalmente pelo parasita Trichomonas sp.
7.1.1. Os principais sintomas são: dor e desconforto ao urinar, corrimento amarelo ou esverdeado com forte cheiro em mulheres e corrimento branco e fluído nos homens
7.1.1.1. O diagnóstico consiste em exames microscópicos de secreções, testes rápidos de fluxo imunocromográfico, cultura de urina ou swab uretral.
7.1.1.2. O tratamento objetiva aliviar os sintomas. Usa-se antibióticos de orientação médica e recomenda-se não ter relações sexuais durante o tratamento para que não haja reinfecção. É muito importante que o tratamento seja continuado mesmo que não existam mais sintomas, para garantir que o parasita foi eliminado.
8. Sífilis
8.1. Definição: IST causada pela bactéria Treponema pallidum. Outras formas de transmissão: verticalmente (da mãe para o feto), transfusão sanguínea ou por contato direto com sangue contaminado.
8.1.1. Sífilis primária: ferida no local de entrada da bactéria (entre 10 a 90 dias após o contágio) Lesão rica em bactérias.Não doi, não coça, não arde e não tem pus. Pode estar acompanhada de ínguas.
8.1.2. Sífilis latente: Não aparecem sinais e sintomas. Dividida em: latente recente (menos de 2 anos de infecção) e latente tardia (mais de 2 anos de infecção) Duração variável e pode ser interrompida por sinais e sintomas da forma secundária ou terciária.
8.1.3. Sífilis terciária: Surge de 2 a 40 anos depois do início da infecção. Apresenta sinais e sintomas. Lesões cutâneas, ósseas, cardiovasculares e neurológicas, podendo levar à morte.
8.2. Diagnóstico: Testes diretos: diretamente na lesão. Testes imunológicos: não treponêmicos e treponêmicos.
8.2.1. Tratamento: Penicilina benzatina (benzetacil) Quando diagnosticada em gestantes: tratamento deve ser iniciado com urgência.
9. Hepatite C
9.1. é uma infecção que pode ser transmitida pelo contato sexual, por via perinatal (da mãe para filho) sobretudo durante a gravidez e o parto, pelo compartilhamento de seringas e agulhas. A hepatite C é causada pelo vírus VHC, transmitido principalmente por sangue contaminado.
9.1.1. Sintomas: vômitos, mal estar, pele amarelada, dores musculares, perda de peso e cansaço.
9.1.1.1. O principal exame para diagnóstico é a pesquisa de anticorpos contra o vírus VHC, o anti-VHC. Quando o resultado é positivo, a pessoa deve ser encaminhada para exames complementares.
9.1.1.2. É uma das doenças que não pode ser curada. O tratamento incluiu a combinação de interferon peguilado, associado a outra droga antiviral, a ribavirina, administrada por via oral por tempo que varia entre seis meses e um ano, dependendo do genótipo do vírus. Interferon e ribavirina são medicações distribuídas gratuitamente pelo SUS.