Módulo IV - Roteiro 4

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Módulo IV - Roteiro 4 por Mind Map: Módulo IV - Roteiro 4

1. Objetivo: Explicar como se dá a progressão dos Espíritos e apresentar a escala Espírita.

2. 2- Escala Espírita

2.1. Por que foi codificada a Escala Espírita?

2.1.1. 1º- no início da Doutrina Espírita muitos pensavam que todos os Espíritos eram Superiores e, portanto, poderiam responder a todas as perguntas que fossem feitas, pois tudo saberiam. Além disso, existiam e existem outras correntes religiosas que enxergavam nas manifestações mediúnicas algo de maligno ou manifestação do próprio demônio.

2.1.1.1. "Por ser Espírito deveria ter a ciência infusa e a suprema sabedoria e muita gente se julgou de posse de meios infalíveis de adivinhação. Esse erro ocasionou muitos equívocos." Ref. Kardec, Instruções Práticas sobre as Manifestações Espíritas; Capítulo I – Escala Espírita

2.1.2. 2º- "Ela nos interessa pessoalmente, porque, por nossa alma, pertencemos ao mundo espírita no qual entramos ao deixar a vida corpórea e, ainda, porque ela nos mostra o caminho a seguir a fim de chegar à perfeição e ao supremo bem." Ref. Kardec, Instruções Práticas sobre as Manifestações Espíritas; Capítulo I – Escala Espírita

2.1.3. 3º- "Nos dá o meio de analisar os Espíritos que se apresentam nas manifestações e de apreciar o grau de confiança, que sua linguagem nos deve inspirar." Ref. Kardec, Instruções Práticas sobre as Manifestações Espíritas; Capítulo I – Escala Espírita

2.2. Há um número indeterminado de ordens ou de graus de perfeição entre os Espíritos. Considerando-se as características gerais dos Espíritos, pode-se reduzi-las a três principais. Ref. L.E.; q.97. Esta classificação nada tem de absoluta... no seu conjunto, cada categoria apresenta um caráter definido... é natural que os Espíritos hajam divergido quanto ao número das categorias, sem que isto tenha maiores inconvenientes...os Espíritos não ligam a menor importância ao que é meramente convencional. Ref. L.E. q. 100;

2.2.1. Fica na parte inferior da escala (3ª ordem), os Espíritos imperfeitos, caracterizados pela predominância da matéria sobre o espírito e pela propensão ao mal. Ref. L.E. q. 100

2.2.2. Os da 2ª ordem se caracterizam pela predominância do espírito sobre a matéria e pelo desejo do bem: são os Espíritos bons. Ref. L.E. q. 100

2.2.3. Os da 1ª órdem: são os Espíritos puros, os que atingiram o grau supremo da perfeição caracterizado pelo domínio sobre a matéria. Ref. L.E. q. 100

2.3. A escala Espírita é absoluta, ou seja, um Espírito que se classifica em um aspecto em uma categoria não se classifica de outra maneira em outro aspecto?

2.3.1. "Essa classificação nada tem de absoluto: cada categoria só ofe­rece um caráter marcante no seu conjunto... os Espíritos não pertencem sempre e exclusivamente a esta ou àquela classe: seu progresso só se realiza gradualmente e, muitas vezes, mais num sentido do que no outro, com o que podem reunir caracteres de várias categorias." Ref. Kardec, Instruções Práticas sobre as Manifestações Espíritas; Capítulo I – Escala Espírita

2.3.2. "Há um número indeterminado de ordens ou de graus de perfeição entre os Espíritos. Considerando-se as características gerais dos Espíritos, pode-se reduzi-las a três principais." Ref. L.E.; q.97.

2.3.3. "...é natural que os Espíritos hajam divergido quanto ao número das categorias, sem que isto tenha maiores inconvenientes...os Espíritos não ligam a menor importância ao que é meramente convencional." Ref. L.E. q. 100;

2.4. Qual o critério utilizado para montagem da escala Espírita?

2.4.1. "A classificação dos Espíritos se baseia no grau de adiantamento deles, nas qualidades que já adquiriram e nas imperfeições de que ainda terão de despojar­-se." Ref. L.E.; q. 100

2.4.2. Que adiantamento? "caracterizadas pela progressão dos sentimentos morais e das idéias intelectuais." Ref. Kardec, Instruções Práticas sobre as Manifestações Espíritas; Vocabulário Espírita- Escala Espírita.

2.4.2.1. É importante entender que sempre estamos progredindo, mas para saber onde estamos na longa caminhada da evolução, apelamos para lucidez de compreensão daquilo que ainda sentimos e desejamos (mesmo que não coloquemos em prática por meio de ações) e a capacidade intelectual que temos de lidar sabiamente com os diversos desafios que a vida nos traz, ou seja, o conjunto de habilidades que desenvolvemos.

2.5. Como é dividida a Escala Espírita e quais as suas características gerais?

2.5.1. A Escala Espírita é dividida em 3 órdens e 10 classes. Ref. L.E.; q. 100 - 113; Pode-se notar que Kardec ao longo da codificação utiliza a nomenclatura da 2ª órdem "Espíritos Superiores" para designar ora os dessa ordem específica, ora para designar todos os que estão acima dos da 3ª ordem, Espíritos Imperfeitos, ou seja, os puros e os superiores juntos.

2.5.1.1. "...os que possuem limitados conhecimentos são, como os ignorantes deste nosso mundo, inaptos a apreender um conjunto, a formular um sistema. Só muito imperfeitamente percebem ou compreendem uma classificação qualquer. Consideram da primeira ordem todos os Espíritos que lhes são superiores, por não poderem apreciar as gradações de saber, de capacidade e de moralidade que os distinguem, como sucede entre nós a um homem inculto com relação aos civilizados" Ref. L.E.; q. 100.

2.5.2. Os da 1ª órdem: são os Espíritos puros, os que atingiram o grau supremo da perfeição caracterizado pela falta de influência da matéria sobre eles. Ref. L.E. q. 112 Constitui-se de classe única.

2.5.2.1. Não tem mais que sofrer provas. Ref. L.E.; q. 113

2.5.2.2. Não tem mais de reencarnar em corpos perecíveis. Ref. Ibidem

2.5.2.3. Gozam de inalterada felicidade. Ref. Ibidem

2.5.2.4. Não estão submetidos às necessidades e vicissitudes da vida. Ref. Ibidem

2.5.2.5. O que fazem? "Comandam a todos os Espíritos que lhes são inferiores, auxiliam-­nos na obra de seu aperfeiçoamento e lhes designam as suas missões" Ref. Ibidem

2.5.3. Os da 2ª ordem se caracterizam pela predominância do espírito sobre a matéria e pelo desejo do bem: são os Espíritos bons. Ref. L.E. q. 100; Suas qualidades e poderes para o bem estão relacionados com o grau de adiantamento que hajam alcançado; uns têm a ciência e outros a sabedoria. Os mais adiantados reúnem o saber às qualidades morais, não estando ainda completamente desmaterializados. Ref. L.E.; q. 107

2.5.3.1. "Compreendem Deus e o infinito e já gozam das felicidades dos bons." Ref. Ibidem

2.5.3.1.1. Comentário: Possivelmente isso não é o que ocorre com todos os desta ordem, o que denota também ser relativa essa questão dentro dessa ordem. Imaginem que um ateu não pudesse pertencer a essa ordem mesmo sendo bom, desejasse o bem e conseguisse controlar suas más tendências. No entanto, nos ensinam os Espíritos que os que estão nessa ordem, já começam a ter a capacidade de compreender Deus e o infinito.

2.5.3.2. "...não tem a perturbá­-la nem a inveja, nem os remorsos, nem nenhuma das más paixões que constituem o tormento dos Espíritos imperfeitos... Não os movem o orgulho, nem o egoísmo, ou a ambição. Não experimentam ódio, rancor, inveja ou ciúme e fazem o bem pelo bem.". Ref. Ibidem

2.5.3.2.1. Comentário: há aqueles que pensam que essas qualidades são absolutas, ou seja, sempre Espíritos dessa magnitude estariam isentos de ódio, rancor, inveja ou ciúmes. Entendo serem elas relativas, as sentem pontualmente, haja vista ainda estarem de forma tênue sob o domínio da matéria, porém, não se identificam com essas más paixões por desejarem o bem e terem os seus níveis de consciência elevadas. Não se perturbam por causa delas por entenderem que esses sentimentos advêm dos seus corpos e não dos seus Espíritos. Há uma frase atribuída a Buda que diz: "a dor é inevitável, mas o sofrimento é opcional".

2.5.3.2.2. A ciência das emoções nos mostra claramente que o homem não controla a ocorrência das emoções, mas têm a capacidade de determinar a permanência ou não das mesmas em seu corpo. O que ocorre é que o processo de purificação das emoções ruins e substituição pelas boas começa na nossa mente e se materializa organicamente no nosso corpo por meio de reações neuro-fisiológicas que vão desativando (esfriando) reações ruins e ativando as boas.

2.5.3.3. "ainda têm que passar por provas, até que atinjam a perfeição absoluta." Ref. Ibidem

2.5.3.3.1. Comentário: Ainda erram por ignorância, mas nunca por maledicência. Significa que ainda precisam angariar habilidades e qualidades que não possuem. Daí a necessidade de provas específicas que os ajudam, e também aos imperfeitos. Dessa forma, simultaneamente todos são favorecidos pela experiência evolutiva.

2.5.4. 3ª ordem: é caracterizada pela predominância da matéria sobre o espírito. Propensão para o mal. Ignorância, orgulho, egoísmo e todas as paixões que lhes são conseqüentes. Ref. L.E.; q. 101

2.5.4.1. "Têm a intuição de Deus, mas não O compreendem." Ref. Ibidem

2.5.4.2. "Nem todos são essencialmente maus."Ref. Ibidem

2.5.4.3. "Uns não fazem o bem nem o mal."Ref. Ibidem

2.5.4.4. "... há mais leviandade, irreflexão e malícia do que verdadeira maldade." Ref. Ibidem

2.5.4.5. "...qual for o grau que tenham alcançado de desenvolvimento intelectual, suas idéias são pouco elevadas" Ref. Ibidem

2.6. Características das classes dos Espíritos de 3ª ordem

2.6.1. 10ª classe: Espíritos Impuros. Ref. L.E.; q. 102

2.6.1.1. Inclinados ao mal, de que fazem o objeto de suas preocupações.

2.6.1.2. A trivialidade e a grosseria das expressões é sempre indício de inferioridade moral, senão também intelectual.

2.6.1.3. Quando encarnados mostram-se propensos a todos os vícios gerados pelas paixões vis e degradantes: a sensualidade, a crueldade, a felonia, a hipocrisia, a cupidez, a avareza sórdida as mais das vezes sem motivo

2.6.2. 9ª classe: Espíritos levianos. Ref. L.E.; q. 103

2.6.2.1. São ignorantes, travessos, irrefletidos e zombeteiros. Metem-­se em tudo, a tudo respondem sem se incomodarem com a verdade.

2.6.2.2. Exploram as falhas e o lado ridículo dos homens e das coisas

2.6.2.3. Vulgarmente tratados de duendes, trasgos, gnomos, diabretes.

2.6.3. 8ª classe: Espíritos pseudo-sábios. Ref. L.E.; q.104

2.6.3.1. Dispõem de conhecimentos bastante amplos, porém, crêem saber mais do que realmente sabem.

2.6.3.2. a linguagem deles aparenta um cunho de seriedade, de natureza a iludir com respeito às suas capacidades e luzes

2.6.4. 7ª classe: Espíritos neutros. Ref. L.E.; q.105

2.6.4.1. Nem bastante bons para fazerem o bem, nem bastante maus para fazerem o mal.

2.6.4.2. Apegam­-se às coisas deste mundo, de cujas grosseiras alegrias sentem saudades.

2.6.5. 6ª classe: Espíritos batedores e perturbadores. Ref. L.E.; q.106

2.6.5.1. Não formam uma classe distinta pelas suas qualidades pessoais. Podem caber em todas as classes da terceira ordem.

2.6.5.2. Manifestam geralmente sua presença por efeitos sensíveis e físicos, como pancadas, movimento e deslocamento anormal de corpos sólidos, agitação do ar, etc.

2.7. Características das classes dos Espíritos de 2ª ordem

2.7.1. 5ª classe: Espíritos benévolos. Ref. L.E.; q.108

2.7.1.1. A bondade é neles a qualidade dominante. Ref. Ibidem

2.7.1.2. Limitados, porém, são os seus conhecimentos. Progrediram mais no sentido moral do que no sentido intelectual. Ref. Ibidem

2.7.2. 4ª classe: Espíritos de ciência. Ref. L.E.; q.109

2.7.2.1. Distinguem­-se especialmente pela amplitude de seus conhecimentos e preocupam­-se menos com as questões morais. Ref. Ibidem

2.7.2.2. Encaram a Ciência do ponto de vista da sua utilidade e jamais dominados por quaisquer paixões. Ref. Ibidem

2.7.3. 3ª classe: Espíritos de sabedoria. Ref. L.E.; q.110

2.7.3.1. As qualidades morais da ordem mais elevada são o que os caracteriza. Ref. Ibidem

2.7.3.2. são dotados de uma capacidade intelectual que lhes faculta juízo reto sobre os homens e as coisas. Ref. Ibidem

2.7.4. 2ª classe: Espíritos Superiores. Ref. L.E.; q.111

2.7.4.1. Reúnem a ciência, a sabedoria e a bondade. Ref. Ibidem

2.7.4.2. Sua superioridade os torna mais aptos do que os outros a nos darem as mais justas noções sobre as coisas do mundo incorpóreo. Ref. Ibidem

2.7.4.3. Suas almas já estão bastante desprendidas das ligações terrenas. Ref. Ibidem

2.7.4.4. Quando, por exceção, encarnam na Terra, é para cumprir missão de progresso. Ref. Ibidem

2.8. Como progredir para classes superiores?

2.8.1. Pelo seu próprio esforço e pelo contato social em que os mais adiantados ajudam os menos adiantados a fim de crescerem. Ref. L.E. ; q. 779

2.8.2. O progresso intelectual faz com que o homem eleve a sua consciência e entenda o que é o bem e o mal, amplia o nível do seu livre-arbítrio e como consequência provoca o progresso moral. Ref. L.E.; 780, "a" e "b".

2.8.2.1. Comentário: O conhecimento por si não é a finalidade, mas quando posto a serviço da elevação de nossa consciência sobre nós e a realidade que nos cerca acaba por gerar integridade, ou seja, o estreitamento do espaço entre o que falamos e o que verdadeiramente fazemos.

2.8.3. Isso ocorre de imediato? Não! A moral e a inteligência são duas forças que só se equilibram com o passar do tempo. Ref. L.E.; q.780-b

2.8.4. Quais os principais entraves, portanto, a nossa evolução? Ignorância, orgulho e egoísmo pois que todas as más paixões se originam delas. Ref. L.E.; q. 101

2.8.5. Quais as principais virtudes a serem cultuadas para o progresso? Humildade cujo oposto é o orgulho; e a caridade cujo oposto é o egoísmo.

2.8.5.1. Os Espíritos bons dispensam assistência aos que servem a Deus com humildade e desinteresse (por caridade e compaixão), e que repudiam a todo aquele que busca, no caminho do Céu, um degrau para as coisas da Terra...o orgulho e ganância (expressão do egoísmo) serão sempre uma barreira entre o homem e Deus. Ref. L.E. ; prolegômenos.

3. 1- Progressão dos Espíritos:

3.1. O que caracteriza o Espírito do homem é a capacidade de pensar em Deus. (Ref. L.E. q. 592), a consciência de si mesmo e o livre-arbítrio que lhe traz junto a responsabilidade pelos seus atos. ( Ref. L.E. 592 e 607-a)

3.1.1. O livre-arbítrio se desenvolve a medida que o Espírito adquire a consciência de si mesmo. Ref. L.E.; q. 122

3.1.2. Em virtude do seu livre-arbítrio, pode o Espírito, por negligência ou má vontade, retardar o seu avanço e consequentemente, prolongar a duração de suas encarnações materiais... Depende, pois, do Espírito abreviar, pelo trabalho de depuração executado sobre si mesmo, a duração do período das encarnações. Ref. A gênese; cap. XI, item 26.

3.2. Como evoluem os Espíritos?

3.2.1. Pelos seus próprios esforços. Ref. L.E.; q. 114.

3.2.2. Deus não cria Espíritos maus ou bons (ref. L.E.; q. 114), no entanto, aqueles que não sedem às influências (tentações representada pela maçã no pecado original da Bíblia) (Ref. L.E. q. 122) dos Espíritos imperfeitos (representado por satanás ou a serpente da Gênese bíblica) (Ref. L.E. q. 122-a) e podem abreviar o seu tempo na imperfeição.

3.2.2.1. Mas então todos devem passar pelas fieiras do mal para chegar ao bem?Mal não, mas pela da ignorância. (ref. L.E. q. 120)

3.2.3. Todos foram criados simples e ignorantes, isto é, sem saber (sabedoria). Progridem e chegam a perfeição a medida que adquirem o conhecimento da verdade. A felicidade eterna consiste nessa perfeição, adquirida a medida que passam pelas provas impostas por Deus. (Ref. L.E. ; q. 115.) Mas por que Deus não isentou os Espíritos das provas a que devem se submeter?

3.2.3.1. Para que isso ocorresse deveriam ter sido criados perfeitos, mas dessa forma, não teriam mérito nas suas conquistas. Ademais, a desigualdade que existe entre os espíritos é necessária às suas personalidades (as experiências diferentes vão moldando diferentes tipos de personalidades) Ref. L.E. q. 119.

3.2.3.2. A medida que progride moralmente, o Espírito se desmaterializa-se, se depura ao se libertar da influência da matéria. Sua vida se espiritualiza, suas faculdades e percepções se ampliam e sua felicidade se torna proporcional ao progresso realizado. Ref. A gênese; cap. XI, item 26.

3.3. Como adquirem o conhecimento da verdade?

3.3.1. A obrigação que tem o Espírito encarnado de prover o alimento ao corpo, sua segurança, bem-estar, força-o naturalmente a empregar suas faculdades em investigações, exercitá-las e desenvolvê-las. Por isso a encarnação é uma necessidade. Ref. A gênese; cap. XI; item 24

3.3.2. A encarnação não é uma punição para o Espírito, conforme pensam alguns, mas uma condição inerente à inferioridade do Espírito e um meio de ele progredir. Ref. O céu e o inferno; 1ª parte; cap. III, item 8.

3.3.3. Por meio da encarnação Deus faz o homem chegar a perfeição. Para uns será o instrumento de expiação de seus atos ruins, para outros missão. L.E. q. 132.

3.4. Evoluem também na erraticidade?

3.4.1. Sim, durante o intervalo de tempo mais ou menos considerável que vive na vida espiritual, que é sua vida normal, o Espírito progride igualmente. Aplica os seus conhecimentos e experiências que que alcançou durante a vida corporal. Examina o que fez durante a vida corporal, reconhece suas faltas, traça planos e toma resoluções que guiarão novas existência. Cada existência representa como que um passo à frente no caminho do progresso, uma espécie de escola de aplicação. Ref. A gênese; cap. XI, item 25.

3.5. Se evoluírem muito mais que os outros Espíritos que estão encarnando ciclicamente em determinado planeta (a Terra, na nossa realidade) o que acontece?

3.5.1. Depois que os Espíritos realizam a soma de progresso que o estado de determinado planeta comporta, eles os deixa para encarnar em outro mais adiantado, onde possam adquirir novos conhecimentos e assim sucessivamente até que, não lhes sendo mais de proveito algum a encarnação em corpos materiais, passam a viver exclusivamente da vida espiritual. Ref. A gênese; cap. XI, item 28.

3.6. Espíritos que não precisam mais reencarnar para seu desenvolvimento (Espíritos puros) chegaram ao ápice da evolução?

3.6.1. Não! Continuam a progredir em outro sentido e por outros meios. Chegados ao ponto culminante do progresso, gozam da suprema felicidade. Ref. A gênese; cap. XI, item 28.

3.6.2. Admitidos nos conselhos do Onipotente, conhecem-lhe o pensamento e se tornam seus mensageiros, seus ministros diretos no governo dos mundos, tendo sob suas ordens os Espíritos de todos os graus de adiantamento. Ref. A gênese; cap. XI, item 28.

3.7. Podem regredir?

3.7.1. Não! Podem ficar estacionados, mas não retrogradam. Quando um Espírito termina uma prova, fica com o conhecimento que dela adquiriu e não esquece mais. Ref. L.E. ; q. 118

3.7.1.1. Quando estamos na matéria esquecemos das nossas vidas e experiências passadas, mas quando voltamos para o mundo espiritual elas são novamente reativadas e a medida que nos afastamos dos laços materiais. Ref. A gênese; cap. XI, item 21.

3.8. Mas se não podem regredir, o que dizer daqueles em que na sua origem, simples e ignorantes, recém-nascidos espiritualmente, escolheram o mal logo como primeiro ato? Não estariam eles regredindo?

3.8.1. Não! Se escolheu o mal, só teve consciência disso pelas consequências que essas ações trouxeram, pois que era completamente ignorante e não tinha consciência de que era uma ação ruim. Assim, o bem nasce do contraste com uma ação má, e isso gera um aprendizado que faz o Espírito evoluir.

3.9. Quando um planeta, pela evolução natural da maioria de seus habitantes, passar para uma categoria melhor, por exemplo de um planeta de "provas e expiações" passar para um planeta de "regeneração". O que ocorre com aqueles habitantes que não estão no mesmo grau evolutivo? Que insistem em se manterem estacionados enquanto a maioria evolui?

3.9.1. O progresso não é, pois, uniforme em toda a espécie humana. Como era natural grupos se adiantaram em relação a outros por várias razões. Ref. A gênese; cap. XI, item 32.

3.9.2. O corpo material é um reflexo da evolução do espírito que o está habitando. "Quando o instrumento (o corpo) já não estiver em correspondência com o desenvolvimento em que se encontra o Espírito, esses emigrarão daquele meio para encarnar em outro." Ref. A gênese; cap. XI, item 32. Nascem, assim, as imigrações entre mundos. Ref. A gênese; cap. XI, itens 35 a 37.

3.10. O que dizer das civilizações que nitidamente são mais desenvolvidas que a média dos Espíritos que encarnam e estão espalhados por toda a Terra?

3.10.1. Um exemplo teria sido a chamada raça Adâmica, segundo os Espíritos, eles vieram para Terra em decorrência de uma dessas grandes imigrações vindas de outra esfera. Ref. Ref. A gênese; cap. XI, item 38.

3.10.2. Adão e seus descendentes são representados na Gênese como homens essencialmente inteligentes, visto como, desde a segunda geração, constroem cidades, cultivam a terra, trabalham os metais. Seus progressos nas artes e nas ciências são rápidos e duradouros... Tão radical diferença nas aptidões intelectuais e no desenvolvimento moral, atesta, com evidência não menor, uma diferença de origem (em relação aos que aqui na Terra já habitavam). Ref. A gênese; cap. XI, item 40.

3.11. Qual a relação que existe entre essas imigrações entre planetas que estão em período de transformação e a doutrina dos anjos decaídos?

3.11.1. Os mundos progridem física e moralmente pela depuração dos Espíritos que os habitam... Logo que um mundo tem chegado a um de seus períodos de transformação, a fim de ascender na hierarquia dos mundos, operam-se mutações na sua população encarnada e desencarnada. Ref. A gênese; cap. XI, item 43.

3.11.1.1. Os que , apesar da sua inteligência e do seu saber, perseveram no mal, em sua revolta contra Deus e contra suas leis, se tornam um embaraço ao ulterior progresso moral, uma causa permanente de perturbação e para tranquilidade dos bons, pelo que são excluídos da humanidade a que até então pertenceram e enviados a mundos menos adiantados. Ref. idem anterior.

3.11.1.2. Lá, nesse novo globo, aplicarão a inteligência e a intuição dos conhecimentos que adquiriram ao progresso daqueles entre os quais são chamados a viver, expiando, ao mesmo tempo, por uma série de existências penosas e por meio de árduo trabalho, suas faltas passadas e seu VOLUNTÁRIO endurecimento. Ref. idem anterior

3.11.1.3. Que serão tais seres, entre essas outras populações, para eles novas, ainda na infância da barbárie, senão anjos decaídos, ali vindos em expiação? A terra de onde foram expulsos não será, para eles, um paraíso? Ref. idem anterior

3.11.2. Ao mesmo tempo que os maus se afastam do mundo em que habitavam, Espíritos melhores aí os substituem, vindos quer da erraticidade, concernente a esse mesmo mundo, quer de um mundo menos adiantado, que merceram abandonar, espíritos esses para os quais a nova habitação é uma recompensa. Ref. A gênese; cap. XI, item 44.

3.11.3. A raça adâmica apresenta todos os caracteres de uma raça proscrita. Os Espíritos que a integram foram exilados para a Terra, já povoada, mas de homens primitivos, imersos na ignorância, que aqueles tiveram por missão fazer progredir, levando-lhes as luzes de uma inteligência desenvolvida. Ref. A gênese; cap. XI, item 45.

3.11.3.1. O mundo de onde vieram os Espíritos que a compõem era mais adiantado do que a Terra. Havendo esse mundo entrado numa nova fase de progresso. Ref. idem anterior

3.11.3.2. Não tendo tais Espíritos, pela sua obstinação, querido colocar-se à altura desse progresso, lá estariam deslocados e constituiriam um obstáculo à marcha providencial das coisas. Por isso foram excluídos de lá e substituídos por outros, que o mereceram. Ref. idem anterior.

3.12. Somente Espíritos intelectualmente superiores e vindos de outros planetas como exilados fazem o progresso de planetas mais atrasados?

3.12.1. Não! "É igualmente com o objetivo de fazer que a humanidade progrida em determinado sentido que os Espíritos superiores, embora não tenham as qualidades do Cristo, encarnam na Terra de tempos em tempos para desempenharem missões especiais, proveitosas também para eles, se as cumprirem com os desígnios do Criador. Ref. A gênese; cap. XI, item 45.

3.13. Por que Cristo encarnou na Terra?

3.13.1. Na sua mansuetude, Deus prometeu aos exilados que lhes enviaria um salvador, isto é, alguém que esclarecesse sobre o caminho que lhe cumpririam tomar para sair do lugar de miséria, o inferno a que eles foram submetidos com o exílio. Esse salvador era o Cristo, que lhes ensinou a lei de amor e caridade que lhes era desconhecido. Ref. A gênese; cap. XI, item 45.

3.13.1.1. Por isso existe o sentido exotérico de João 14: 6 e 7. "Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim." Qual o sentido esotérico?

3.13.2. A doutrina comum do pecado original implica, por conseguinte, a necessidade de uma relação entre as almas do tempo do Cristo e as do tempo de Adão.... Dizei que todas essas almas faziam parte da colônia de Espíritos exilados na Terra ao tempo de Adão, e que se achavam manchadas dos vícios que lhes acarretaram serem excluídas de um mundo melhor, e tereis a única interpretação racional do pecado original. A gênese; cap. XI, item 46.