1. O autor inicia dizendo que cada época tem suas enfermidades fundamentais e que as enfermidades atuais são as doenças neuronais. Ele cita 4 doenças, que nós pesquisamos para entender como elas se apresentam.
1.1. Síndrome de Burnout - consequência do estresse no trabalho. Sintomas -
1.1.1. fadiga
1.1.2. distúrbios de sono
1.1.3. dores musculares
1.1.4. dor de cabeça
1.1.5. alterações de humor e memória
1.1.6. dificuldade de concentração
1.1.7. falta de apetite
1.1.8. depressão
1.1.9. perda de iniciativa
1.1.10. Quem teve - a jornalista Izabella Camargo da Globo teve. Obs - Quando retornou da licença médica, foi demitida!
1.2. Transtorno de Personalidade Limítrofe - é um transtorno de personalidade cujos sintomas são
1.2.1. impulsividade
1.2.2. instabilidade afetiva
1.2.3. autoimagem distorcida
1.2.4. humor altamente variável
1.2.5. emoções intensas
1.2.6. sentimentos crônicos de vazio
1.2.7. Quem tinha - Amy Winehouse
1.3. Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade
1.3.1. desatenção
1.3.2. agitação motora - hiperatividade
1.3.3. desorganização
1.3.4. impulsividade excessiva
1.3.5. procrastinação e dificuldade em lidar com o tempo nas tarefas
1.3.6. Quem tem - Emma Watson
1.4. Depressão
1.4.1. tristeza persistente
1.4.2. alterações no sono e no apetite
1.4.3. lentidão
1.4.4. perda de interesse e prazer nas atividades
1.4.5. Quem teve - Selton Mello
2. Século atual
2.1. Caracteriza-se pelo desaparecimento da alteridades e da estranheza. Entra em cena a diferença, que não provoca reação imunológica.
2.1.1. O estranho cede lugar ao exótico
2.1.2. O imigrante já não é mais um outro, não é um estrangeiro que representaria perigo ou causaria medo. Imigrantes são vistos mais como um peso que uma ameaça
2.1.3. A diferença é o mesmo. Em um sistema dominado pelo igual, não faz sentido fortalecer os mecanismos de defesa
2.2. A hibridização domina o discurso teórico-cultural
2.3. Os adormecimentos neuronais seguem a dialética da posivitidade
2.3.1. O desaparecimento da alteridade significa que vivemos em uma época pobre de negatividade
2.3.2. São estados patológicos devidos a um exagero de positividade
2.3.3. A rejeição não imunológica se aplica a um excesso de igual, um exagero de positividade
2.3.4. A positivação do mundo faz surgir uma violência que é inerente ao sistema - a violência da positividade
2.3.4.1. A violência da positividade não pressupõe inimizade
2.3.4.2. A violência da positividade desenvolve-se em uma sociedade permissiva e pacificada, por isso ela é mais invisível, inacessível a uma percepção direta
2.3.4.3. A violência neuronal, que é a violência da positividade, leva ao infarto psíquico
2.3.4.4. A violência da positividade é saturante, exaustiva e imanente ao sistema
2.3.4.4.1. Depressão, TDAH e Transtorno de Personalidade Limítrofe (ou Bouderlaine) apontem para um excesso de positividade
3. Século passado foi uma época imunológica
3.1. A ação imunológica é definida como ataque e defesa
3.2. Nela, é estabelecida uma nítida divisão entre -
3.2.1. dentro e fora
3.2.2. amigo e inimigo
3.2.3. próprio e estranho
3.3. O sujeito imunológico rejeita o outro com sua interioridade, ele o exclui
3.3.1. A violência viral segue o esquema de interior e exterior, de próprio e outro e pressupõe uma alteridade hostil ao sistema
3.4. O dispositivo imunológico ultrapassa o campo biológico
3.4.1. No campo social, produz-se o afastamento de tudo que é estranho. O estranho é eliminado, mesmo que não represente qualquer perigo, é eliminado devido a sua alteridade.
3.4.2. Toda reação imunológica é uma reação à alteridades
3.4.3. Alguns discursos sociais atuais servem de modelo explicativo imunológico, mas a organização da sociedade é mais neuronal que imunológica. O fato de um paradigma ser colocado como objeto de reflexão, muitas vezes, é sinal de seu declínio.
3.4.4. O mundo organizado imunologicamente possui uma topologia específica - marcado por barreiras, passagens, soleiras, cercas, trincheiras, muros
3.5. Segue a dialética da negatividade
3.5.1. Assim como a vacina, o outro é o negativo que penetra no próprio para negá-lo.
3.5.1.1. O próprio sucumbe quando não consegue negar o outro
3.5.1.2. A autoafirmação do próprio se realiza como negação da negação
3.5.1.3. Faz-se um pouco de autoviolência para se proteger de uma violência maior, que seria mortal.