Cronistas do descobrimento
por Guilherme Lucas
1. A carta: Tratado descritivo do Brasil em 1587, tem o objetivo de informar o rei de Portugal sobre as possibilidades econômicas da colônia. O autor fala sobre os aspectos políticos, a natureza e principalmente os índios, dos índios fala um pouco sobre seus costumes. Como a relação do piloto anônimo, Gabriel aponta como data do descobrimento 25 de Abril de 1500.
2. Carta do Achamento do Brasil: Relatando ao rei de Portugal o descobrimento, o escrivão da armada de Cabral descreve, deslumbrado, a terra e seus habitantes, registrando as emoções do primeiro contato com os índios. Os autores trabalham com os seguintes fragmentos: o começo da viagem e a chegada ao Brasil; um momento de confraternização entre índios e portugueses; trocas de presentes e hábitos indígenas; A primeira tentativa de cristianização dos nativos.
3. As cartas: A primeira carta de Nóbrega foi escrita no início do mês de abril de 1549 e é titulada "Carta ao padre mestre Simão Rodrigues de Azevedo". A carta relata a imposição da religião aos indígenas, começaram pregando, ensinando as crianças a ler e escrever. Para essa evangelização os jesuítas também aprendendo a língua indígena. Vale lembrar que eles pregavam também contra as crenças daquele povo, como o canibalismo. Os jesuítas buscaram ajuda dos brancos que já viviam na Bahia, como Diogo Álvares, conhecido pelos índios como Caramuru. A outra carta de Nóbrega se chama "Diálogo sobre a conversão do gentio", é escrita em forma de diálogo no qual discute os aspectos morais e religiosos da relação entre portugueses e índios, defendendo a ideia de que o índio não deveria ser escravizado, já que esse tem alma como os cristãos e todos são iguais perante a Deus.
4. Carta Escrita como diário de navegação, relata os acontecimentos da expedição de Martim Afonso de Sousa, as que enfrentaram ao longo da viagem, as lutas contra os franceses para proteger o território e a exploração da terra. Pero Lopes de Sousa não deixou de ressaltar a beleza das mulheres indígenas e a disposição dos homens, e ainda as suas crenças e a sua cultura, como o canibalismo e as cerimônias. Enfim, esse texto documenta o dia-a-dia da expedição de Martim Afonso de Sousa que tinha por objetivo a posse do território.
5. A carta: Título original "Narrativa de uma viagem feita do Brasil". O documento foi escrito 18 anos após a passagem de Jean no Brasil e publicada em 1578, foi traduzida para o holandês, alemão e o latim. Na carta, Jean relata os costumes, crenças e modo de vida dos "estranhos" habitantes da terra (índios), trazendo informações valiosas. Jean, se infiltrou na aldeia dos índios, tornando-se assim amigo dos mesmos, e relatou nesta carta tudo que ele viveu e aprendeu com eles. Além de relatar sobre os índios, ele fala sobre animais e plantas que havia no Brasil.
6. A obra: Autor do famoso livro "História da Província Santa Cruz a que vulgarmente chamamos Brasil", editado em Lisboa, por Antônio Gonçalves, 1576 em que fala de uma série de aspectos locais como os animais, que eram em boa parte desconhecidos dos europeus: o papa-formigas, o tatu, uma série de aves, insetos e peixes exóticos são descritos com espanto, estranheza e maravilha. Chega mesmo a descrever um suposto monstro marinho que teria aparecido na capitania de S. Vicente, e que fora morto pelos portugueses da localidade. As plantas da colônia merecem também a sua atenção. A que descreve com maior cuidado é a mandioca, assinalando as suas utilidades, assim como as características de cada parte da planta. Além da fauna e flora relata a descoberta do Brasil por Pedro Álvares Cabral, assim como os primórdios da colonização, as diversas tribos indígenas, e descreve ainda as diversas capitanias em que se dividia o território brasileiro
7. A carta: A Santa Inês é um poema de José de Anchieta, recurso didático que teve função que catequização. As poesias de Anchieta foram uma forma de poder transmitir a fé adotada por ele. O poema fala de Santa Inês que era uma jovem romana que foi decapitada por ter se recusado a perder a virgindade, ela é considerada o símbolo e a guardiã da castidade cristã. A segunda carta: Na carta do padre geral, Anchieta relata o trabalho dos jesuítas no Brasil, descrevendo a imposição da religião aos indígenas, do esforço e do trabalho de levar a palavra aos enfermos de várias povoações tanto de índios como de portugueses, além de batizar e trazer a palavra aos enfermos, os jesuítas com frequência atuavam como enfermeiros ou médicos. Anchieta conta sobre a dificuldade de chegar a essas vilas e fala um pouco também de seus pacientes indígenas. Durante toda a crônica ele fala sobre as aventuras da catequização e as dificuldades enfrentadas, principalmente com os índios do sertão.
8. A carta: Em “Tratados da terra e gente do Brasil” Cardim traz valiosas informações dobre a flora e fauna brasileira. Sobre a fauna ele fala sobre: As árvores de frutos como mangaba, acajú, macuoé, araçá, ombu, jaça, uvucaja, araticu, pequeá, jabuticaba; as árvores que tem água que ficam nos campos e o sertão do Brasil; das árvores que servem para madeira como pau brasil, pau santo, paus de cheiro e outros de muita estima; das ervas que são frutos e se comem como mandioca, mamá, pacoba, maracujá. Sobre os animais, ele fala sobre os cavalos, vacas, porcos, ovelhas, galinhas, perus, cães.
9. O relato de autoria desconhecida reconstitui a viagem de Pedro Álvares Cabral e oferece outro ponto de vista para a história contada por Caminha. Há contradições importantes entre os dois textos, como a data do descobrimento (para o piloto anônimo seria 25 de abril de 1500), o local onde ocorrera a primeira missa (na praia segundo o desconhecido) e a forma como se deu o abandono de dois degredados na terra (o relato de Caminha parece suavizar os fatos). De autoria desconhecida, este relato reconstitui a travessia do oceano Atlântico pela frota de Cabral.
10. Traz escritores e obras de duas partes do quinhentismo
10.1. Literatura de informação
10.1.1. De pequeno valor literário
10.1.2. Também chamada de literatura dos cronistas e dos viajantes
10.1.3. Trabalha principalmente com a descrição
10.1.4. De grande valor histórico
10.1.5. Sua principal característica é a exaltação à terra
10.1.6. Seu primeiro e principal autor foi Pero Vaz de Caminha
10.2. Literatura dos Jesuítas
10.2.1. Literatura de cunho pedagógico
10.2.1.1. Voltada ao trabalho de catequese
10.2.1.2. Melhor produção literária do quinhentismo
10.2.1.3. Cultivavam principalmente o teatro e a poesia
10.2.1.4. Cartas com o andamento dos trabalhos nas colônias
10.2.1.5. Cartas com informações sobre a língua,os costumes e a catequese
10.2.1.6. Seus principais autores foram
10.2.1.6.1. Padre José de Anchieta
10.2.1.6.2. Manuel de Nóbrega