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Dispneia por Mind Map: Dispneia

1. Causas parenquimatosas

1.1. Todas as afecções que possam reduzir a área de hematose de modo intenso, tais como condensações e rarefações parenquimatosas, determinam dispneia. Quando o processo se instala lentamente, a dificuldade respiratória costuma ser menor desde que o organismo disponha de tempo para se adaptar.

2. Causas toracopulmonares

2.1. As alterações capazes de modificar a dinâmica toracopulmonar, reduzindo sua elasticidade e sua movimentação, ou provocando assimetria entre os hemitórax, podem provocar dispneia. Nessas condições se incluem as fraturas dos arcos costais, a cifoescoliose e as alterações musculares, tais como miosites, pleurodinias ou mialgias intensas.

3. Causas diafragmáticas

3.1. Sendo o diafragma o mais importante músculo respiratório, contribuindo com mais de 50% da ventilação pulmonar, toda afecção que interfira com seus movimentos pode ocasionar dispneia. As principais são paralisia, hérnias e elevações uni ou bilaterais.

4. Causas cardíacas

4.1. Dependem do mau funcionamento da bomba aspirante-premente que é o coração. A dispneia é devida à congestão passiva do pulmão.

5. Causas ligadas ao sistema nervoso

5.1. Podemos separá-las em dois grupos: as de origem neurológica por alterações do ritmo respiratório, como ocorre em certos tipos de hipertensão craniana, e as psicogênicas, que se manifestam sob a forma de dispneia suspirosa.

5.1.1. As dispneias psicogênicas graves (síndrome de hiperventilação) se acompanham de modificações somáticas decorrentes da alcalose respiratória que provocam especialmente espasmos musculares e dormências, podendo chegar à perda da consciência.

6. Causas atmosféricas

6.1. Quando a composição da atmosfera for pobre em oxigênio ou quando sua pressão parcial estiver diminuída, surge dispneia. Nesses casos, o organismo reage, de inicio, com taquipneia, mas, desde que tal situação perdure, aparece a sensação de falta de ar. Pacientes com insuficiência respiratória crônica, mas compensada, ao mudarem de altitude, quase sempre se queixam de dispneia.

7. Causas obstrutivas

7.1. As vias respiratórias, da faringe aos bronquíolos, podem sofrer redução de calibre. Tais obstruções podem ser intraluminais, parietais ou mistas.

7.1.1. As obstruções laríngeas, comumente parietais, são ocasionadas por difteria, laringite estridulosa, edema angioneurótico, estenose por tuberculose ou blastomicose e neoplasia.

7.1.2. As obstruções da traqueia, em geral por compressão extrínseca, decorrem de bócio, neoplasias malignas, aneurisma da aorta e adenomegalias mediastínicas.

7.1.3. As obstruções brônquicas podem ser intraluminais, parietais ou mistas, e são causadas por neoplasias do mediastino, adenomegalias, carcinoma brônquico.

7.1.4. As obstruções bronquiolares são sempre mistas e aparecem na asma e nas bronquiolites.

8. Causas pleurais

8.1. A pleura parietal é dotada de inervação sensitiva e sua irritação provoca dor que aumenta com a inspiração. Para evitá-la, o paciente procura limitar ao máximo seus movimentos, bem como deitar sobre o lado que o incomoda. Esses dois mecanismos juntos explicam a dispneia desses pacientes. Os grandes derrames, embora não se acompanhem de dor, reduzem a expansão pulmonar e, por isso, também causam dispneia.

9. Causas de origem tecidual

9.1. O aumento do consumo celular de oxigênio é uma resposta fisiológica normal ao aumento de atividade metabólica. Praticamente basta intensificar a atividade muscular para condicionar o aparecimento de dispneia (exercício físico, tetania, crises convulsivas).