Distúrbios Hemodinâmicos

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Distúrbios Hemodinâmicos por Mind Map: Distúrbios Hemodinâmicos

1. Edema

1.1. O edema é resultado do aumento da quantidade de líquido nos meio extracelular, sendo externo aos meio intravascular. O desequilíbrio entre os fatores que regem essa hidrodinâmica entre interstício e meio intravascular é que origina o edema.

1.1.1. Esses fatores compreendem a pressão hidrostática sanguínea e intersticial, a pressão oncótica vascular e intersticial e os vasos linfáticos: Pressão hidrostática sanguínea, Pressão hidrostática intersticial, Pressão oncótica sanguínea, Vasos linfáticos e Acúmulo de sódio no interstício.

2. Infarto

2.1. O infarto do miocárdio, ou ataque cardíaco, é a morte das células de uma região do músculo do coração por conta da formação de um coágulo que interrompe o fluxo sanguíneo de forma súbita e intensa.

2.1.1. A principal causa do infarto é a aterosclerose, doença em que placas de gordura se acumulam no interior das artérias coronárias, chegando a obstrui-las. Na maioria dos casos o infarto ocorre quando há o rompimento de uma dessas placas, levando à formação do coágulo e interrupção do fluxo sanguíneo.

2.1.1.1. O infarto pode ocorrer em diversas partes do coração, dependendo de qual artéria foi obstruída. Em casos raros o infarto pode acontecer por contração da artéria, interrompendo o fluxo de sangue ou por desprendimento de um coágulo originado dentro do coração e que se aloja no interior dos vasos.

3. Congestão

3.1. Denominada de congestão passiva ou hiperemia passiva, é um aumento local de volume de sangue nos vasos de determinadas partes do corpo. Essa condição resulta da obstrução do retorno venoso, que pode ser um evento ou um fenômeno generalizado.

3.1.1. A congestão local passiva pode ocorrer como uma consequência da obstrução completa ou parcial de veias que drenam determinada parte do organismo. Bandagens aplicadas demasiadamente apertadas, trombose venosa e pressão decorrente de neoplasias são exemplos de causas.

3.1.1.1. Insuficiência cardíaca causa congestão passiva generalizada. No caso de uma combinação de insuficiências cardíacas direita e esquerda, todos os sistemas são afetados. No caso de insuficiência do lado esquerdo, a congestão fica principalmente evidente na vasculatura pulmonar, e no caso de insuficiência do lado direito, os vasos pulmonares são preservados, mas ocorre congestão passiva por todo restante de corpo (particularmente fígado, baço e partes baixas).

4. Hiperemia

4.1. Aumento do volume de sangue em um determinado local do organismo. Pode ser: Ativa ou arterial (aumento de fluxo) Passiva ou venosa (diminuição do retorno venoso).

4.1.1. Hiperemia Passiva: Na insuficiência cardíaca direita temos uma falência do ventrículo direito, que mesmo depois da contração permanece com sangue no interior. O fluxo vindo na diástase encontra o ventrículo parcialmente cheio, e se acumula, indo em direção contrária (congestão). Pode ocorrer também por obstrução (compressão da femoral, cirrose retendo sangue no sistema porta).

4.1.1.1. Hiperemia Ativa: Exercícios aumentam o fluxo sanguíneo para os músculos. Durante a digestão também há aumento de fluxo (aumento de metabolismo). Em traumatismos também temos aumento de fluxo por liberação de histamina, serotonina. Situações emocionais desencadeiam rubor facial, por estimulação nervosa de vasos periféricos. OBS.: Não existe substrato morfológico de hiperemia ativa, pois não fica sangue nas veias quando tiramos uma amostra de tecido.

5. Trombose

5.1. Formação de um coágulo sanguíneo em uma ou mais veias grandes. (Pernas e Coxas)

5.1.1. Trombose Aguda: Solucionada naturalmente / Trombose Crônica: Dissolução do coagulo natural. Ficam sequelas, destruindo a estrutura das válvulas.

5.1.1.1. Existe 3 formas de trombose: Trombose Venosa Profunda, Trombose Arterial e Trombose Hemorroidária.

6. Embolia

6.1. É o alojamento de um embolus, um pedaço de material causador de obstrução, dentro de um vaso sanguíneo.

6.1.1. Causada pela obstrução das artérias dos pulmões por coágulos (trombos ou êmbolos) que, na maior parte das vezes, se formam nas veias profundas das pernas ou da pélvis e são liberados na circulação sanguínea.

6.1.1.1. Tipos de embolias: Embolia direta: é a mais frequente. Êmbolos se deslocam no sentido do fluxo sanguíneo. Embolia cruzada ou "paradoxal": É quando o embolo passa da circulação arterial para a venosa, ou vice-versa, sem atravessar a rede capilar, por intermédio de comunicação interatrial ou interventricular, ou ainda de fístulas arterio-venosas. Embolia retrógrada: Êmbolos se deslocam no sentido contrário ao do fluxo sanguíneo. Visto em algumas parasitoses, como por exemplo na migração do Schistosoma mansoni do leito portal intra-hepático até ramos de veias mesentéricas e plexo hemorroidal no ser humano e provavelmente também na migração das larvas do Strongylus vulgaris do intestino até as mesentéricas craniais. A embolia retrógrada também pode explicar a ocorrência de metástases vertebrais de adenocarcinomas prostáticos, situação na qual geralmente ocorre certo tenesmo, o que determina aumento da tensão intra abdominal durante a defecação. Tal aumento da pressão intra abdominal pode inclusive inverter a pressão vascular (venosa > arterial) e o fluxo (sangue venoso retorna á artérias, as vezes com êmbolos neoplásicos...).

7. Choque

7.1. Choque é a expressão clínica da falência circulatória aguda que resulta na oferta insuficiente de oxigênio para os tecidos. É uma condição de alta mortalidade que deve ser identificada e tratada imediatamente. Abaixo discutiremos sobre os tipos de choque, suas características e o manejo.

7.1.1. Choque Hipovolêmico É o tipo mais frequente de choque e é causado por débito cardíaco inadequado devido à redução do volume sanguíneo. Dividido em: Hemorrágico: pode ser relacionado ao trauma, em que há hipovolemia devido a perda de sangue e destruição tecidual. Ou não relacionado ao trauma, como ocorre no sangramento espontâneo por coagulopatia ou iatrogênico, hemoptise maciça e hemorragia digestiva. Não hemorrágico: perda de volume pelo trato gastrointestinal (diarreia, vômitos), rins (excesso de diurético, estado hiperosmolar hiperglicêmico), perda para o terceiro espaço (pancreatite aguda, obstrução intestinal), queimaduras, hipertermia.

7.1.1.1. Choque Cardiogênico A má perfusão tecidual é resultado do baixo débito cardíaco devido a patologia cardíaca. A hipoxemia e hipotensão reduzem ainda mais a pressão de perfusão coronariana, levando a isquemia e lesão miocárdica progressiva. Principais causas de choque cardiogênico: IAM Valvopatias ICC Cardiomiopatias Arritmias Miocardite

7.1.1.1.1. Choque Distributivo A má perfusão tecidual é resultado de vasodilatação periférica global que leva a redução acentuada da pressão de enchimento capilar, comprometendo o fornecimento de oxigênio pelos capilares. O débito cardíaco encontra-se preservado, já que não há problema com o coração nem como o volume circulante. OBS: ocorre vasodilatação, porque o mecanismo compensatório (vasoconstrição) não consegue atuar, já que a musculatura lisa arteriolar encontra-se lesada, não respondendo ao estímulo simpático.