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ROMANTISMO por Mind Map: ROMANTISMO

1. ORIGEM

2. O período em que o romantismo dominou a arte foi o início do século XIX, Nesse momento histórico estavam acontecendo diversas mudanças políticas, sociais e culturais que tinham ligação com os acontecimentos do fim do século XVIII. Dentre os principais acontecimentos estavam a Revolução Industrial que possibilitou a criação de máquinas que solucionaram problemas técnicos de produção, mas que também provocaram mudanças significativas como a divisão do trabalho e o começo da especialização da mão-de-obra.

3. CARACTERÍSTICAS

4. Cultivo da emoção, da fantasia, do sonho, da originalidade, evasão para mundos exóticos onde se podia fantasiar e imaginar; Exaltação da natureza; Gosto pela Idade Média (porque tinha sido o tempo de formação das nações); Defesa dos ideais nacionalistas (liberdade individual, liberdade do povo); Panteísmo (doutrina segundo a qual Deus não é um ser pessoal distinto do mundo, Deus e o mundo seriam uma só substância); Individualismo, visão de mundo centrada nos sentimentos do indivíduo. Subjetivismo, o artista idealiza temas, exagerando em algumas das suas características (por exemplo, a mulher é vista como uma virgem frágil; a noção de pátria também é idealizada).

5. CONTEXTO

6. O romantismo se caracterizou pela ênfase nas emoções, no individualismo e na exaltação da natureza. Por esses motivos, o movimento é entendido como uma reação ao racionalismo e ao materialismo exacerbados difundidos pelo Iluminismo e pela Revolução Industrial. O período romântico também foi marcado pela rejeição aos preceitos de ordem, harmonia e balanço, característicos do Classicismo. Para os românticos, o foco era a subjetividade de cada indivíduo, incluindo o irracional, o imaginário, o espontâneo e o transcendental.

7. PINTURA

8. As principais características da pintura romântica são: Corte com o academicismo neoclássico; O artista emancipa-se da encomenda e faz a sua obra baseado nos impulsos da sua alma e na sua própria inspiração; A pintura é bastante individualizada e diversificada no que diz respeito ao próprio estilo e aos temas; Pretende integrar o observador, tal como no barroco, mas agora ela já não se serve dos desconcertantes efeitos trompe l’oeil, que diluem fronteira entre a aparência e a realidade. Aqui o observador, assim como os personagens representados principalmente de costas, contempla as paisagens distantes que se desdobram à sua frente; Uma pintura romântica pretende ser contemplada e o observador terá que dar um significado à pintura consoante às suas emoções; O pintor lança um olhar subjetivo sobre o mundo objetivo e apresenta-nos uma imagem filtrada pelas suas emoções. O artista torna-se o intérprete do mundo.

9. GRANDES ARTISTAS DO PERÍODO

10. Caspar David Friedrich (1774-1840) pintor alemão, observou e desenhou a natureza, para depois pintar seus quadros no ateliê, porém não se limitou a representa-las, ele dá-lhe um significado suplementar, expresso através de símbolos, como a figura de costas, as nuvens, a neblina, o horizonte. O homem de costas é como se fosse um emblema da experiência romântica da natureza: sozinho nas alturas, olha para um ponto inatingível e o que vê é, ao mesmo tempo, algo de exterior e a projeção do seu Eu.

11. Antoine-Louis Barye (1796-1875) francês nascido em Paris, começou sua carreira como ourives e estudou na École des Beaux Arts, em 1818, mas foi só em 1823 que descobriu sua vocação, ao iniciar seus estudos em desenho e modelagem de esculturas em escala reduzida. É considerado um dos principais artistas em representação de animais da escola francesa.

12. Porto-Alegre foi um talento polimorfo; diplomata, crítico de arte, historiador, arquiteto, cenógrafo, poeta e escritor, deixou obra de pouca expressão na pintura, embora tenha sido o mentor da geração seguinte e talvez de todos os românticos o mais típico. Sua importância maior esteve na organização da Academia, na promoção do nacionalismo, na defesa da arte como uma força social relevante e no incentivo do progresso em geral.

13. ROMANTISMO NO BRASIL

14. O romantismo no Brasil guarda muitas semelhanças com o movimento romântico europeu, mas, ao mesmo tempo, possui diversas peculiaridades marcadas pelo contexto histórico local. Assim, além do subjetivismo, do culto à natureza, do escapismo e do sentimentalismo, o romantismo no Brasil foi fortemente marcado pelo nacionalismo, pela exaltação do índio, entre outras características próprias. Apesar de envolver diversas áreas da arte, o período romântico no Brasil foi fortemente voltado para a literatura e poesia. Nesse sentido, o romantismo brasileiro passou por três períodos:

15. PRIMEIRA GERAÇÃO

16. SEGUNDA GERAÇÃO

17. TERCEIRA GERAÇÃO

18. Motivada pela recente Independência do Brasil em 1822, a primeira geração do romantismo brasileiro foi marcada por uma forte necessidade de afirmar a cultura local e romper com a influência europeia. Assim, as obras frequentemente transmitiam valores nacionalistas e adotavam o indianismo, que exaltavam os índios como heróis representantes da cultura.

19. A segunda geração do romantismo brasileiro surgiu na metade do século XIX e foi muito influenciada pelas obras do poeta inglês Lord Byron. As características mais marcantes desta época eram pessimismo, desilusão, exaltação da morte, depressão e solidão. Por esse motivo, o período também é chamado de “ultrarromântico” ou “mal do século”.

20. A terceira geração se iniciou por volta de 1860 e possuía um foco altamente político e social, influenciada pelas obras de Victor Hugo. Assim, os artistas transmitiam em suas obras ideais abolicionistas, críticas sociais e de valorização da liberdade. O período também é chamado de “geração condoreira” em referência a um condor, tido como símbolo da liberdade.

21. ARQUITETURA

22. A arquitetura do romantismo foi marcada por elementos contraditórios, fazendo dessa forma de expressão algo menos expressivo. O final do século XVIII e inicio do XIX forma marcados por um conjunto de transformações, envolvendo a industrilaização, valorizando e rearranjando a vida urbana. A arquitetura da época reflete essas mudanças; novos materiais foram utilizados como o ferro e depois o aço. Ao mesmo tempo, as igrejas e os castelos fora dos limites urbanos, conservaram algumas característica de outros períodos, como o gótico e o clássico. Esse reaparecimento de estilos mais antigos teve relação com a recuperação da identidade nacional. A urbanização na Europa determinou a construção de edifícios públicos e de edifícios de aluguel para a média e alta burguesia, sem exigências estéticas, preocupadas apenas com com o maior rendimento da exploração, e portanto esqueceu-se do fim último da arquitetura, abandonando as classes menos favorecidas em bairros cujas condições eram calamitosas.