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MARCHA por Mind Map: MARCHA

1. Marcha Patológica

2. Alterações da marcha nos planos

2.1. Alterações na fase de apoio no plano sagital Joelho saltador (jump knee), o contato ao solo é efetuado com o antepé, durante algum momento da fase de apoio Equino verdadeiro: Flexão plantar do pé com relação à tíbia, enquanto no equino aparente não há flexão plantar do pé com relação à tíbia. No equino verdadeiro, está presente espasticidade e/ou encurtamento do tríceps sural. Agachamento (crouch knee gait), o contato ao solo na fase de apoio ocorre com a planta do pé e existe aumento da dorsiflexão dos tornozelos durante essa mesma fase do ciclo de marcha O agachamento compensado: Quando ocorre inclinação anterior do tronco e consequente aumento da anteversão da pelve, com finalidade de tentar deslocar a força de reação ao solo anteriormente ao centro articular dos joelhos, tentando reduzir, assim, a sobrecarga sobre o quadríceps. Agachamento descompensado, a pelve no plano sagital está em retroversão, e a força de reação ao solo continua muito posterior ao centro articular dos joelhos, gerando grande demanda ao mecanismo extensor dessa articulação durante a fase de apoio

2.2. Alterações durante a fase de balanço no plano sagital A principal alteração dos joelhos na fase de balanço é a limitação no pico de flexão dessa articulação, que pode gerar prejuízo na liberação dos pés

2.3. Alterações no plano transverso Os desvios no plano transverso podem ocorrer em único nível ou em diversos níveis O desvio interno dos pés pode ser gerado pela rotação interna do tronco e da pelve, rotação interna do quadril, redução da torção tibial externa e pé varo-aduto, de forma isolada ou combinada. O desvio externo pode ocorrer na pelve, nos quadris, nos tornozelos (aumento da torção tibial externa) e nos pés (deformidade em plano valgo abduto).

2.4. Alterações no plano coronal As alterações no plano coronal na paralisia cerebral são menos frequentes; Muitas vezes, são secundárias a distúrbios presentes nesses planos de movimento.

3. Os pacientes com defeitos de fechamento do tubo neural (DFTN) podem ser divididos em quatro grandes grupos funcionais

3.1. Grupo torácico/lombar alto A principal característica desse grupo é a ausência de ação dos quadríceps.

3.2. Grupo lombar baixo Os pacientes desse grupo têm função preservada do quadríceps e dos isquiotibiais mediais, porém, os glúteos médio e máximo não são efetivos.

3.3. Sacral alto Os indivíduos passam a apresentar a função do glúteo médio. O tríceps sural continua ausente e ainda existe alguma deficiência do glúteo máximo.

3.4. Sacral baixo Os pacientes passam a apresentar função do glúteo máximo e do tríceps sural, e as alterações do padrão de marcha são muito discretas, geralmente dispensando o uso de órteses para fins funcionais.

4. Marcha na paralisia cerebral As alterações da marcha na paralisia cerebral podem ter como causas problemas primários do sistema nervoso central, como exemplo: - Espasticidade, - Controle motor seletivo deficiente e falta de equilíbrio. - Deformidades musculoesqueléticas dos membros inferiores

5. Marcha nos defeitos de fechamento do tubo neural

6. Exames

6.1. Documentada através do exame instrumentado no laboratório de análise de movimento, que utiliza um sistema óptico eletrônico no qual marcadores reflexivos colocados em pontos estratégicos dos membros inferiores são captados por câmeras de infravermelho.

6.2. Protocolo do exame

6.2.1. Entrevista Exame físico Filmagem da marcha

6.3. Cinemática: A cinemática estuda e descreve o movimento sem se preocupar com suas causas

6.4. Cinética: A cinética é um ramo da dinâmica que lida com as forças que produzem, detêm ou modificam o movimento dos corpos.

6.5. Eletromiografia dinâmica: A eletromiografia dinâmica é o estudo dos sinais elétricos gerados pelas contrações musculares durante a atividade muscular na marcha

7. Contração muscular

7.1. Concêntrica: Movimento de aceleração e geração de energia

7.2. Excêntrica: Desaceleração e a consequente absorção de energia

7.3. Isométrica: Objetivo estabilizar uma articulação ou um segmento.

8. Ciclo de marcha

9. Fases

9.1. Apoio: É caracterizada pelo contato do membro inferior ao solo e corresponde, na deambulação normal, a cerca de 60% do ciclo. Apoio simples: Contato de apenas um membro ao solo Duplo apoio: Contato de ambos os membros ao solo

9.2. Balanço: Não existe contato do membro com o solo, e tal fase corresponde a cerca de 40% do ciclo de marcha

10. Momento As grandes articulações dos membros inferiores (quadril, joelho e tornozelo) geram movimento através de um fulcro, e as forças atuantes nesses segmentos são chamadas de momentos. O momento pode ser calculado através da seguinte fórmula: M (momento) = F(Força) × D(Distancia)

10.1. Momentos externos: São produzidos pela força de reação ao solo, inércia e gravidade Momentos internos: São gerados pela ação muscular, capsular e ligamentar.

11. Potencia Quando o momento gera movimento da articulação com características de aceleração, existe a produção de potência e geração de energia. Para que ocorra geração de potência, é fundamental que exista um momento acompanhado de movimento articular, pois: P (potência) = momento × aceleração angular

12. Inicio do ciclo da marcha

12.1. Inicia com o toque do calcâneo ao solo na marcha normal; O peso do corpo que estava todo no membro contralateral começa a ser transferido para o membro que inicia o ciclo ao final da fase de balanço, o joelho tenha extensão completa e o músculo tibial anterior mantenha o tornozelo em posição neutra (90°) através de uma contração concêntrica

12.2. Resposta a carga Nesse evento, ocorrem duas importantes ações com o objetivo de amortecer o impacto e receber de maneira adequada a força peso, que será transferida para o membro na fase de apoio O primeiro mecanismo de rolamento dos tornozelos é uma dessas ações, já a segunda importante ação na resposta à carga é a primeira onda de flexão dos joelhos

12.3. Médio apoio O médio apoio é um período de apoio simples, e a estabilidade do membro é um pré-requisito fundamental. Uma das principais tarefas desse evento é promover o avanço do corpo sobre o pé estacionário ao solo.

12.3.1. Apoio terminal O apoio terminal, assim como o médio apoio, é caracterizado pelo contato de apenas um membro ao solo

12.4. Pré-balanço O pré-balanço é caracterizado pelo duplo apoio, já que o membro inferior contralateral realiza o contato inicial e a resposta à carga no mesmo momento.

12.4.1. Balanço inicial No balanço inicial, a principal tarefa a ser realizada é a adequada liberação do pé, sem a necessidade de utilização de mecanismos compensatórios

12.4.2. Balanço médio O balanço médio começa logo após os joelhos atingirem a flexão máxima e tem como característica principal o início da extensão dos joelhos preparando para o contato inicial.

12.4.3. Balanço terminal A principal função é a preparação do membro que está em balanço para receber carga no contato inicial.

13. Marcha normal

13.1. • Estabilidade na fase de apoio. • Liberação adequada do pé para a fase de balanço. • Comprimento adequado de passo. • Conservação de energia