ANEUPLOIDIAS E SÍNDROMES CROMOSSÔMICAS

Começar. É Gratuito
ou inscrever-se com seu endereço de e-mail
ANEUPLOIDIAS E SÍNDROMES CROMOSSÔMICAS por Mind Map: ANEUPLOIDIAS E SÍNDROMES CROMOSSÔMICAS

1. Alterações cromossômicas e cromossomopatias.

1.1. Causas das alterações cromossômicas:

1.1.1. Idade materna avançada

1.1.2. Predisposição genética para a não disjunção

1.1.3. Radiações, drogas e vírus

1.2. Aspectos especiais de algumas alterações cromossômicas:

1.2.1. Translocações robertsonianas:

1.2.1.1. Tipo especial de ligação em que dois cromossomos acrocêntricos sofrem quebras nas regiões centroméricas, havendo troca de braços cromossômicos inteiros. Esse tipo de translocação pode ser exemplificado pela translocação D/G, sendo mais frequente a que ocorre entre os cromossomos 14 e 21, embora possa ocorrer também entre o 21 e qualquer um dos cromossomos dos grupos D ou G.

1.2.2. Síndrome de Turner

1.2.2.1. A síndrome de Turner, em 60% dos casos, é causada pela monossomia do X (45,X), mas, nos 40% restantes, essa síndrome pode ser causada por: mosaicismo (45,X/46,XX ou 45,X/46,XY)

1.2.3. Sítios frágeis

1.2.3.1. Os sítios frágeis são regiões não coradas e distendidas dos cromossomos, de extensão variável, que geralmente abrangem ambas as cromátides, aparentando uma constrição e sendo suscetíveis a quebras; um determinado sítio frágil está sempre no mesmo ponto de um cromossomo específico derivado de um indivíduo ou irmandade. Para sua observação, as células devem ser submetidas ao crescimento ou à ação de agentes químicos que causam a alteração ou a inibição da síntese de DNA.

1.3. Mosaicismo e quimerismo

1.3.1. Mosaicismo: É a presença de dois ou mais cariótipos diferentes, em um mesmo indivíduo ou tecido, devido à existência de duas ou mais linhagens celulares derivadas de um mesmo zigoto. Tais linhagens diferem entre si quanto ao número e/ou à estrutura dos cromossomos.

1.3.2. Quimerismo: É a ocorrência, em um mesmo indivíduo, de duas ou mais linhagens celulares geneticamente diferentes, derivadas de mais de um zigoto. Em humanos, as quimeras são de dois tipos: quimera dispérmica e quimera sanguínea.

1.3.2.1. Quimera dispérmica – Resulta de dupla fertilização, em que dois espermatozoides diferentes fecundam dois óvulos, formando dois zigotos que se fundem, resultando em um embrião. Se os dois zigotos forem de sexos diferentes, o embrião quimérico pode desenvolver um indivíduo com hermafroditismo verdadeiro (ver Cap. 7) e cariótipo XX/XY.

1.3.2.2. Quimera sanguínea – Resulta de uma troca de células, via placenta, entre gêmeos dizigóticos, no útero. Por exemplo, um cogêmeo pode ter grupo sanguíneo B, enquanto o outro cogêmeo pode ter grupo sanguíneo A. Se células do primeiro cogêmeo passarem à circulação sanguínea do segundo, este formará os antígenos A e B, constituindo uma quimera sanguínea.

2. Estudo dos Cromossomos humanos

2.1. Morfologicamente, os cromossomos são classificados de acordo com a posição do centrômero.

2.1.1. Se este estiver localizado centralmente, o cromossomo é denominado metacêntrico;

2.1.2. Se próximo à extremidade, é acrocêntrico;

2.1.3. Se o centrômero estiver em uma posição intermediária, o cromossomo é submetacêntrico.

2.1.4. Há um quarto tipo, cromossomo telocêntrico, quando posição do centrômero é terminal. Esse tipo de cromossomo não é encontrado na espécie humana.

2.2. O cromossomo pode ser definido como uma estrutura autoduplicadora que se cora com corantes básicos, tendo uma organização complexa, formada de DNA, RNA e proteínas básicas e ácidas, contendo os genes do organismo.

2.3. Para melhor compreensão do comportamento do material genético (cromossomos), podem ser focalizados dois momentos da vida da célula: a interfase e a metáfase

2.3.1. Interfase:

2.3.1.1. Na interfase, o material genético apresenta-se como filamentos emaranhados e bem-corados, formando a cromatina, uma desoxirribonucleoproteína formada de partes iguais de ácido desoxirribonucleico (DNA) e proteínas histônicas e não histônicas. As histônicas são proteínas básicas ricas em arginina e lisina, enquanto as não histônicas são proteínas ácidas. Esses elementos se associam para formar fibras com certa quantidade de RNA.

2.3.2. Metáfase:

2.3.2.1. Os cromossomos só podem ser visualizados individualmente por um breve período, durante a metáfase da divisão celular. Essa é a melhor fase para a visualização dos cromossomos, que estão condensados ao máximo. Nessa fase, apresentam-se formados por dois filamentos, as cromátides, unidas pelo centrômero ou constrição primária. O centrômero é uma região heterocromática que mantém juntas as cromátides e, por meio do cinetócoro, se prende às fibrilas do fuso acromático, na mitose e na meiose. Sendo produto da replicação ocorrida no período S do ciclo celular, essas duas cromátides são geneticamente idênticas e chamadas de cromátides-irmãs