Teorias Brasileiras

lol so pro pssor de sociologia se vc nn eh o fe vaza

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Teorias Brasileiras por Mind Map: Teorias Brasileiras

1. Gilberto Freyre

1.1. Democracia Racial

1.1.1. A maior teoria de Gilberto Freyre era a da democracia racial, um estado de completa igualdade entre as pessoas, independente de raça, cor ou etnia. Ele acreditava que o Brasil vivia em uma democracia racial, devido à pura miscigenação que ocorria no país, e pela suposta "relação cordial" entre senhores e escravos durante a escravidão. Segundo ele, os senhores mantinham uma relação cordial com seus escravos, homens e mulheres, com os quais muitas vezes mantinham relações sexuais consensuais, o que levou à miscigenação que fortaleceu o povo brasileiro. Boa parte dessa teoria foi posteriormente desmentida pelo sociólogo Florestan Fernandes, também citado neste documento.

1.2. Biografia

1.2.1. Gilberto de Mello Freyre nasceu em 15 de março de 1900, em Recife, vem de uma linhagem de portugueses, espanhóis, indígenas e holandeses. Quando jovem, tornou-se um batista protestante, tornando-se missionário e freqüentando igrejas norte-americanas, porém, posteriormente abandonou a religião, ficando "sem religião". Ele estudou na Baylor University, no Texas, obtendo um diploma de bacharel em artes liberais e, de 1930 a 1968, continuou publicando livros com seus estudos. Freye apoiou o caoup d'etat ocorrido em 1964, e posteriormente integrado ao conselho federal de cultura, a convite de Emilio Medici. morreu no dia 18 de julho de 1987 em Recife, devido a uma infecção respiratória

2. Sérgio Buarque da Holanda

2.1. Colonialismo

2.1.1. Sergio Buarque de Holanda focalizou o Brasil colonial e como ocorreu sua colonização. Ele falou sobre como a colonização espanhola e portuguesa foi prejudicialmente diferente da de outros povos europeus, sendo a colonização espanhola caracterizada pela violência extrema, e a colonização portuguesa como uma colonização menos impositiva, pelo fato de a colônia ser apenas um lugar de passagem para eles. . Ele vincula a colonização espanhola e portuguesa pelo fato de ambas possuírem uma nobreza frágil e uma sociedade menos hierárquica, sendo pioneiras na exploração de novas terras. Sergio atribuía aos portugueses uma adaptabilidade que favorecia a criação de relações interétnicas na colonização, menor capacidade de organização social e uma ética de trabalho rudimentar, que decorria do facto de a burguesia portuguesa não ser destituída, mas alinhar-se com a velha nobreza. Todos esses fatos levaram a uma colonização não planejada, liderada por dois tipos de pessoas, aventureiros e operários, que, por falta de uma nobreza forte, não estavam ligados ao ócio, procurando em suas expedições ouro e prestígio para si. Isso levou a uma adaptabilidade para trabalhar na colônia, tornando-a uma monocultura.

2.2. Homem Cordial

2.2.1. O conceito de homem cordial seria o de um homem movido pelo afeto. Sergio descreveu o homem cordial como sendo desenvolvido na estrutura familiar patriarcal do Brasil rural, onde o líder da família determina principalmente as relações dos outros membros, em um ambiente privado, com a comunicação sendo diferenciada devido a uma forte carga emocional. A cordialidade, conforme descrita por Sergio, seria a tentativa contínua de tornar pessoal toda e qualquer interação social. Isso significa que o homem cordial deseja atenção, ser chamado pelo nome, deseja um tratamento especial e preferencial. Por ser guiado por suas emoções, suas decisões e ações não precisariam se submeter a uma lei. Na política, a lealdade pessoal é o que determina suas alianças. A violência também é considerada uma grande característica do homem cordial, sendo todo e qualquer antagonismo uma ameaça. Para Buarque, esse padrão político perpetua a reprodução de hierarquias

2.3. Biografia

2.3.1. Sergio Buarque de Holanda nasceu em 11 de julho de 1902 e foi criado em São Paulo. Em 1921, muda-se com a família para o Rio de Janeiro. Formou-se em 1925 pela Faculdade Nacional de Direito da Universidade do Brasil, onde se formou em Ciências Jurídicas e Sociais. Começou a trabalhar como jornalista em 1929 e mudou-se para Berlim. Em 1936, bacharel no Brasil, tornou-se professor na Universidade do Distrito Federal. Começou a publicar livros por volta de 1972, após morar em São Paulo e na Itália, e permaneceu intelectualmente ativo até 1982, quando morreu de problemas pulmonares.

3. Darcy Ribeiro

3.1. Biografia

3.1.1. Nascido em Montes Claros, Minas Gerais, em 26 de outubro de 1922, viveu grande parte de sua infância e juventude em sua cidade natal, indo para Belo Horizonte para fazer faculdade de medicina, porém, ao ter aulas mandatórias de Ciências Sociais, decidiu mudar seu curso para esta área. Formou-se em Antropologia em 1946 pela Escola de Sociologia e Política de São Paulo, e dedicou os anos de 1947 – 1956 para o estudo de tribos indígenas no Pantanal. Foi notabilizado por seus trabalhos na Educação, Sociologia e Antropologia, sendo um dos criadores da Universidade de Brasília, sendo também seu primeiro reitor. Publicou muitos livros durante sua carreira, e foi Ministro da Educação durante o governo de Joao Goulart, porém, sendo exilado durante a ditadura militar, viveu no Uruguai. Foi vice-governador do Rio de Janeiro no período de 1983 até 1987, planejando e dirigindo a implementação dos Centros Integrados de Ensino Público. Nas eleições de 1986, foi candidato ao governo do Rio, filiado pelo Partido Democrático Trabalhista, porém, não foi eleito.

3.2. Processo Civilizatório

3.2.1. Com grande inspiração dos neo evolucionistas Leslie White, Julia Steward e o arqueólogo V. Gordon Childe, gerou a teoria que povos passavam por um processo “civilizatório”, com cerca de oito etapas importantes, iniciando no sistema de caca e coleta, e passando pelas seguintes revoluções –

3.2.1.1. Revolução Agrícola

3.2.1.1.1. Transição do sistema nômade de caca para um sistema agrícola e sedentário fixo, aumentando a capacidade de população.

3.2.1.2. Revolução Urbana

3.2.1.2.1. Transição de pequenas vilas familiares agrícolas para grandes sociedades socialmente complexas.

3.2.1.3. Revolução da Irrigação

3.2.1.3.1. A expansão dos sistemas de irrigação para permitir que mais safras cresçam de maneira mais fácil, permitindo uma maior produção de alimentos e, posteriormente, permite o desenvolvimento de sociedades ainda maiores.

3.2.1.4. Revolução Metalúrgica

3.2.1.4.1. A revolução metalúrgica foi o desenvolvimento de ferramentas de metal mais avançadas e moeda, levando a uma maior proficiência em várias áreas e a possibilidade de estruturas maiores como cidades.

3.2.1.5. Revolução Pecuária

3.2.1.5.1. Descrita como a tendência de criar maiores quantidades de animais como alimento, permitindo que outra fonte de alimento seja criada de forma mais fácil de coletar, aumentando a produção de alimentos.

3.2.1.6. Revolução Mercantil

3.2.1.6.1. Transição de produzir para consumir e de produzir para comercializar, iniciando a busca de outras aldeias para comercializar seus bens excedentes, seja por algum tipo de moeda ou outros bens.

3.2.1.7. Revolução Industrial

3.2.1.7.1. Transição de processos de fabricação manual para máquinas, novos métodos químicos e desenvolvimento de energia a vapor e água, permitindo uma fabricação mais fácil de mercadorias, mais comércio e mais crescimento societal.

3.2.1.8. Revolução Termonuclear

3.2.1.8.1. Baseada no estudo e compreensão do átomo por meio da ciência, o que leva a um desenvolvimento na geração de energia, mas também no poder de combate.

3.2.1.9. Revolução da Irrigação

3.3. Classificação Americana

3.3.1. Uma nova maneira de classificar os países latino-americanos principalmente baseada na mistura cultural, imigração e resquícios de civilizações antigas criada por Darcy.

3.3.1.1. Novos Povos

3.3.1.1.1. Países como o Chile, Colômbia, Paraguai, Venezuela e o Brasil, que se tornaram o que são agora devido a mistura de múltiplas culturas.

3.3.1.2. Povos Testemunha

3.3.1.2.1. Países como o Peru, Mexico, Equador, Guatemala e a Bolívia, que foram formados por restos de civilizações antigas, que já foram “extintas”, como os Inca.

3.3.1.3. Povos Transplantados

3.3.1.3.1. Países como a Argentina, o Uruguai e os Estados Unidos, que se tornaram o que são devido a imigração maciça europeia.

4. Florestan Fernandes

4.1. Biografia

4.1.1. Florestan Fernandes foi um sociólogo brasileiro, hoje considerado um dos mais importantes na construção da sociologia no país. Ele vem de uma família pobre e, quando criança, tinha muito interesse pelos estudos, principalmente dos lugares por onde passou quando criança. Foi criado por mãe solteira, que trabalhava como empregada doméstica, sem nunca ter conhecido o pai, trabalhou como auxiliar de barbeiro aos 6 anos, além de ser engraxate quando jovem. Ele estudou apenas até o terceiro ano do grau primário quando jovem, e participou de um curso de "madureza" devido aos frequentadores do bar em que trabalhava. Em 1941, ingressou na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo, graduando-se em Ciências Sociais. De 1954 a 1969, trabalhou como professor, sendo forçado a se aposentar em 1969 devido à ditadura militar. Em 1979 voltou ao FFCL, para um curso em torno da experiência socialista em Cuba, à medida que tinha desenvolvido ideias marxistas. Foi um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores, trabalhou como Deputado em São Paulo de 1986 a 1990 e, infelizmente, faleceu em 1995 devido a uma embolia pulmonar

4.2. "Democracia Racial"

4.2.1. Um dos maiores pensamentos de Florestan Fernandes seria a do desmascaramento da democracia racial, proposta por Gilberto Freyre. Florestan argumenta que devido à zero iniciativa do Estado e do Povo de proporcionar algum tipo de integração social aos negros após a escravidão, fez com que eles desempenhassem o mesmo papel que antes, ao mesmo tempo que não têm onde morar e têm oportunidades sociais inadequadas. Isso, aos olhos de Fernandes, fez com que o fim da escravidão fosse apenas uma mudança imposta pelos brancos para que os negros tivessem que se adaptar, com a vida continuando em situação de desvantagem social e miséria. Fernandes também relacionou essa questão à luta social, ao dizer que a crença na democracia racial e o descaso com os problemas socioeconômicos no Brasil foi uma tática empregada pela burguesia.

4.3. Capitalismo Dependente

4.3.1. Uma das grandes teorias de Fernandes foi a análise da desigualdade social e do capitalismo no brasil. Ele explica como em sociedades dominantes, como as europeias, houve revolução burguesa, e neste processo, eles conseguiram dialogar com os interesses do proletariado, embora de forma extremamente limitada, porém, em países periféricos, como o Brasil, a burguesia. não foi revolucionário, com o sistema capitalista explosivo meramente sendo absorvido. Isso ocorreu devido à dependência econômica que os países periféricos têm das nações dominantes, com fatores culturais e políticos também influenciando essa dependência. Isso também se deu pelo fato do Brasil ser uma colônia anterior, o que levou a uma absorção parcial do sistema capitalista, levando ao capitalismo dependente com hierarcas internos arcaicos, pela falta de vontade de rompimento com os velhos costumes, ao contrário dos europeus. burguesia, levando o Brasil a uma situação não autônoma, sem nenhum espaço para um desenvolvimento social efetivo. Todos esses fatores, levam a dobrar a dificuldade de redução das desigualdades sociais ou do sistema capitalista, devido à pressão da burguesia "autocrática" no país, e à pressão dos países dominantes, que desejam que as desigualdades e o capitalismo prosperem por conta da economia. benefícios que eles têm a ganhar com isso.

5. Caio Prado Junior

5.1. Repetição

5.1.1. Como intérprete, ao mesmo tempo que tirava muita inspiração do materialismo dialético histórico de Marx, ele revisava os rumos da história brasileira, estabelecendo os pontos do período colonial que deram origem ao Brasil contemporâneo. Ao reorganizar o conhecimento historiográfico sobre o Brasil desde o período colonial com uma visão dialética dos materiais, ele viu a continuidade e a sobreposição de efeitos em cada um dos períodos de nossas nações, ou seja, o Brasil contemporâneo é reflexo do Brasil imperial e colonial, enquanto o Brasil imperial. foi também um reflexo do período colonial. Desse modo, ele deduziu que o que vemos nos dias de hoje está ligado a vários acontecimentos históricos. ele analisou que devido a essa repetição, as estruturas de poder presentes no país foram preservadas.

5.2. Sentido Colonial

5.2.1. Outra teoria de Caio era a de que o homem branco europeu não tinha aptidão para viver e trabalhar nos trópicos, levando os colonizadores a buscarem a escravidão como forma de trabalhar aqui, envolvendo o Brasil em uma exploração escravista colonial. Ele também acreditava que o modelo de colonização aplicado no Brasil era diferente do aplicado nos Estados Unidos, com a colonização brasileira baseada na exploração de mão de obra e recursos naturais, enquanto os Estados Unidos eram colonizados com base na povoação.

5.3. Biografia

5.3.1. Nascido em 11 de fevereiro de 1907, Caio da Silva Prado Junior veio de uma família de políticos que faziam parte da nobre sociedade paulista. Formou-se em Direito pela Faculdade do Largo de São Francisco em 1928. Depois de ajudar na revolução de 1930, ficou insatisfeito devido às inconsistências políticas e ideológicas da nova república e começou a estudar marxismo, tornando-se membro do Partido Comunista Brasileiro em 1931. Por volta de 1932, começa a escrever suas obras e a estudar a história do Brasil, tendo trabalhado como professor por um grande período de tempo. Ele foi preso em 1970 por incitação subversiva, sendo libertado 525 dias depois. Em 23 de novembro de 1990, ele faleceu.