1. 1.Definir parasitose, sua epidemiologia e elencar os principais tipos
1.1. moléstia causada por parasita em hospedeiro, que pode se apresentar como infecção ou infestação.
1.2. Uma revisão dos estudos epidemiológicos das parasitoses intestinais no Brasil detecta que o número de infectados ainda continua grande, levando em consideração pesquisas realizadas na década de 1950 com números de positividade variando de 78,2% a 99,4%, e pesquisas realizadas na década de 1980, ainda com taxas elevadas, oscilando entre 20,2% a 98,0%, dependendo do estado. Na década de 1990, as pesquisas apresentaram positividade nas faixas de 43,2% a 87,2%, e estudos realizados nas capitais de São Paulo e Rio de Janeiro entre os anos de 1999 a 2001 revelaram taxas de prevalência próximas a 52,0%.Resultados relativamente altos, por já existirem políticas de conscientização à prevenção e diminuição dessas parasitoses, aplicadas desde 1950.
1.3. Algumas das verminoses mais comuns: Ancilostomose ou amarelão Ascaridíase Giardíase Oxiuríase Teníase/cisticercose
2. 3.Reconhecer as formas de prevenção das parasitoses.
2.1. Algumas medidas são essenciais não somente para a prevenção das parasitoses, mas para a qualidade de vida da comunidade: saneamento básico adequado, hábitos de higiene, cuidados com a água, os alimentos e o solo, tratamento de pessoas acometidas com a doença e investigação de suspeitos.
3. 5.Manifestação clinica das parasitoses, associando a fisiopatologia.
3.1. As enteroparasitoses são doenças com amplo espectro de manifestações. As condições de vida, moradia, saneamento básico são, em grande parte, determinantes da transmissão enquanto o grau de acometimento clínico é determinado pelo agente agressor e suscetibilidade do hospedeiro. Quadros assintomáticos a leves como anorexia, irritabilidade, distúrbio de sono, náuseas, vômitos ocasionais, dor abdominal e diarreia ocorrem em pacientes hígidos enquanto os quadros graves e até letais ocorrem em doentes com maior carga parasitária, imunodeprimidos e desnutridos.
4. 2.Compreender o ciclo e fisiopatologia das parasitoses que são contraídas pelo contato com o solo. (Leishmaniose, Ascaridíase, Amebíase, Giardíase)
4.1. Ciclo biológico Leishmaniose: Ao fazer repasto sanguíneo em hospedeiro infectado, as fêmeas dos flebotomíneos ingerem sangue com macrófagos e monócitos parasitados. No intestino médio do inseto, as formas amastigotas são liberadas e após divisão se transformam nas formas promastigotas, infectantes para o homem.
4.2. Ciclo de vida do parasito Ascaridíase: Os ovos eliminados nas fezes contêm embriões de Ascaris em seu interior. Após alguns dias em um ambiente propício, ainda dentro do ovo, o embrião transforma-se em larva, que, após passar por 2 mudas, torna-se apta a infectar quem a ingerir.
4.3. O ciclo da Amebíase: O ciclo da doença é monoxênico, ou seja, possui apenas um hospedeiro definitivo. A amebíase é adquirida através do consumo de alimentos ou água infectada com cistos do parasito e, após ingerido, o destino primário é o intestino, podendo causar disenteria, colite ou enterocolite amebiana.
4.4. Ciclo da Giardíase: A giardíase aguda normalmente dura 1 a 3 semanas. A má absorção de gordura e açúcar pode provocar perda ponderal significante em casos graves. Não são encontrados sangue ou leucócitos nas fezes. Um subgrupo de pacientes infectados desenvolve diarreia crônica com fezes fétidas, distensão abdominal e eructação fétida.
5. 4.Descrever o diagnóstico e tratamento das principais parasitoses do TGI.
5.1. O diagnóstico das parasitoses intestinais pode ser feito por diferentes métodos como tubagem duodenal, provas sorologias e intradérmicas, pesquisa dos vermes em material coletado ao exame proctológico e avaliação radiológica. No entanto, o exame parasitológico das fezes é o método mais simples, específico e de menor custo. Tem por objetivo demonstrar a presença, na matéria fecal de ovos ou larvas de helmintos e de formas trofozoíticas ou císticas de protozoários. Como a eliminação de determinados tipos de ovos é cíclica e um único método de análise não é suficiente para definir a etiologia das parasitoses, recomenda-se o exame de pelo menos duas amostras.
5.2. O tratamento das parasitoses consiste no emprego de antiparasitários e na adoção de medidas de educação preventiva e de saneamento básico. Nos casos de poliparasitismo, quando não houver possibilidade de usar uma única droga com ação sobre todos os parasitas, deve-se inicialmente tratar os vermes com possibilidade de migração no trato gastrointestinal, como Ascaris lumbricoides e Strongyloides stercoralis.
5.3. As principais drogas usadas no tratamento dos nematódeos intestinais (Ascaris lumbricoides, Trichuris trichura, Enterobius vermicularis, Strongyloides stercoralis e ancilostomídeos) são mebendazol e albendazol.
6. 6.Identificar quais parasitoses realizam ciclo pulmonar. (Síndrome de Loeffler)
6.1. Essa síndrome é causada principalmente por infecção por parasitas que realizam parte do ciclo biológico nos pulmões, como o Necator americanus e o Ancylostoma duodenale, que causam a ancilostomíase, Strongyloides stercoralis, que causa a estrongiloidíase e o Ascaris lumbricoides, que é agente infeccioso da ascaridíase e o principal responsável pela síndrome de Loeffler.