Tratamento da insuficiência cardíaca ( IC).

Começar. É Gratuito
ou inscrever-se com seu endereço de e-mail
Tratamento da insuficiência cardíaca ( IC). por Mind Map: Tratamento da insuficiência cardíaca ( IC).

1. Medidas não farmacológicas

1.1. Programas multidisciplinares de cuidado

1.1.1. Orientação multiprofissional feita por uma equipe multiprofissional integrada e comprometida.

1.1.2. Componente fundamental - a educação dos pacientes e dos cuidadores

1.1.3. Enfatiza-se para pacientes e cuidadores, as causas da IC, seu tratamento, o potencial de progressão clínica e a importância do autocuidado diário.

1.2. Restrição de sódio

1.2.1. O nível ideal de ingesta é ainda assunto controverso para pacientes com IC crônica.

1.2.1.1. Consumo excessivo

1.2.1.1.1. de sódio e o de fluidos associa-se ao agravamento da hipovolemia.

1.2.1.2. Restrição excessiva de sódio

1.2.1.2.1. Pode associar-se a efeitos deletérios nos pacientes com IC crônica: exacerbação da ativação neuro-hormonal, maior número de hospitalização e maior mortalidade.

1.2.1.2.2. Considerando os achados, é prudente recomendar que se evite ingesta excessiva de sódio para todos pacientes com IC crônica.

1.3. Restrição hídrica

1.3.1. Não é possível estabelecer recomendações específicas e detalhadas sobre o emprego de restrição hídrica em pacientes com IC crônica, por falta de pesquisa nessa área.

1.4. Dieta e perda de peso na insuficiência cardíaca.

1.4.1. Obesidade e a sua duração têm correlação com desenvolvimento de remodelamento e queda da função sistólica ventricular esquerda.

1.4.2. Indivíduos com risco de desenvolver IC, deva-se buscar a manutenção de peso adequado por dieta saudável.

1.4.3. Nos casos de coexistência de IC e obesidade mórbida é preciso almejar redução de peso com o uso de estratégias preconizadas em diretrizes internacionais.

1.5. Ácidos graxos poli-insaturados n-3

1.5.1. Pacientes com ICFEr ou ECFEp

1.5.1.1. Obtém a redução na mortalidade por qualquer causa e no desfecho combinado de morte ou hospitalização por causa cardiovascular.

1.6. A coenzima Q10 (CoQ10)

1.6.1. È um suplemento alimentar

1.6.2. Com efeitos potenciais benéficos no sistema cardiovascular.

1.6.3. novos estudos são necessários, antes que se possa fazer recomendação do uso de CoQ10 na IC.

1.7. Vitamina D

1.7.1. Deficiência de vitamina D tem alta prevalência em pacientes com IC, e que ela está associada a pior prognóstico.

1.7.2. porém, Recente metanálise mostrou efeito neutro da suplementação de vitamina D em pacientes com IC.

1.8. Tabagismo e drogas ilícitas

1.8.1. Todos os pacientes com IC devem ser encorajados a parar de fuma

1.8.2. Pacientes com miocardiopatia dilatada de origem alcoólica devem ser aconselhados a se absterem completamente do uso de bebidas alcoólicas.

1.8.3. Em pacientes com IC crônica estável de outras etiologias (não relacionada com uso de álcool) é controvertido. Os potenciais riscos devem ser explicados ao paciente, e a decisão de uso pode ser compartilhada.

1.9. Vacina para influenza e pneumococo

1.9.1. Recomendamos a vacinação anual para todos os pacientes com IC.

1.10. Reabilitação cardiovascular

1.10.1. Programas de exercício na IC promovem progressivo aumento da capacidade funcional,

1.10.2. O treinamento físico regular é seguro, aumenta a tolerância aos exercícios, melhora a qualidade de vida e reduz hospitalizações por IC

1.10.3. Treinamento físico em pacientes com ICFEr mostrou tendência de redução de mortalidade com exercício após 1 ano de seguimento.

1.10.4. Independente da FEVE, preservada ou reduzida, a reabilitação cardiovascular com exercícios físicos personalizados é recomendada.

1.11. Atividade laborativa

1.11.1. O retorno ao trabalho é importante tanto financeiramente, quanto para o estado emocional e a autoestima, em pacientes com doenças crônicas.

1.12. Atividade sexual

1.12.1. Pacientes com IC frequentemente relatam problemas sexuais

1.12.1.1. relaciona-se a impotência e falta de desejo aos medicamentos utilizados para o tratamento.

1.12.1.1.1. Estudo clínico randomizado pioneiro utilizando o sildenafil foi realizado em pacientes masculinos com IC, e a medicação foi bem tolerada e eficaz para a disfunção erétil, com incremento na capacidade funcional avaliada pelo teste cardiopulmonar

1.12.2. A AHA publicou posicionamento científico sobre atividade sexual e doença cardiovascular, atestando segurança para pacientes com IC em classes funcionais I a II da NYHA, mas sugere que pacientes com IC descompensada ou avançada não devem ter atividade sexual até que sua condição esteja estabilizada.

1.12.2.1. Os inibidores da fosfodiesterase tipo 5 (iF-5) são geralmente seguros e eficazes para o tratamento da disfunção erétil em pacientes com IC compensada

1.13. Planejamento familiar

1.13.1. As recomendações de contracepção na IC devem considerar os riscos de gravidez

1.13.2. A orientação de métodos contraceptivos deve ser individualizada com base na gravidade clínica

2. Medidas farmacológicas

2.1. Inibidores da enzima conversora da angiotensina( IECA)

2.1.1. Tem benefícios na evolução de pacientes com ICFEr, tanto em relação à morbidade, como à mortalidade.

2.1.2. Benefícios em diferentes estágios evolutivos da IC e de disfunção ventricular sistólica.

2.2. A associação do IECA ao BRA deve ser evitada nos pacientes já em uso de antagonista mineralocorticoide pelo risco aumentado de hiperpotassemia e eventos adverso

2.3. Os bloqueadores dos receptores da angiotensina II (BRAs)

2.3.1. São alternativa com eficácia comparável aos IECA.

2.3.2. Indicados em pacientes intolerantes ou com alergia documentada aos IECA.

2.4. Betabloqueadores (BB)

2.4.1. fármacos de primeira linha no tratamento da ICFEr.

2.4.2. São considerados fármacos de escolha para o controle de frequência ventricular em pacientes com ICFEr e FA crônica,

2.4.3. Determinam benefícios clínicos na mortalidade global, na morte por IC e por morte súbita.

2.4.4. Melhorarem sintomas e reduzirem taxas de re-hospitalizações por IC.

2.4.5. BB são indicados também para pacientes com disfunção de VE assintomática.

2.5. Antagonistas dos receptores mineralocorticoides

2.5.1. Indicados em pacientes sintomáticos com disfunção sistólica do VE, em classes funcionais II a IV da NYH.

2.5.2. Associados ao tratamento padrão, apresenta efeitos sobre mortalidade e taxas de re-hospitalização.

2.5.3. exemplo: espironolactona

2.5.3.1. Não se deve administrada com a antagonista da aldosterona, IECA e BRA, pelo risco de efeitos colaterais, em especial de hipercalemia.

2.6. Inibidores da neprilisina e dos receptores da angiotensina (sacubitril/valsartana )

2.6.1. È uma nova classe terapêutica, que atua simultaneamente no sistema renina angiotensina-aldosterona (SRAA) e na endopeptidase neutra.

2.6.2. O primeiro fármaco da classe é o LCZ696, que é uma molécula que combina a valsartana e o sacubitril (inibidor da neprilisina) em uma única substância.

2.6.3. Ao inibir a neprilisina, a degradação de peptídeos natriuréticos, da bradicinina e de outros peptídeos é diminuída.

2.7. Digitálicos

2.7.1. Digoxina

2.7.1.1. Causa a redução nas hospitalizações por IC e redução em mortes relacionadas à IC.

2.7.1.1.1. Existe controvérsia considerável sobre a segurança do uso da digoxina em pacientes com FA, embora este fármaco seja eficaz para redução de frequência ventricular.

2.8. Nitrato e hidralazina

2.8.1. Inferior ao uso de IECA.

2.8.2. A associação de nitrato e hidralazina foi a primeira estratégia vasodilatadora que demonstrou efeitos benéficos.

2.8.3. A associação pode ainda ser indicada para pacientes que apresentam piora da função renal e/ou hipercalemia com uso de IECA/BRAs.

3. Ketryn Adriny Santos da Conceição