Começar. É Gratuito
ou inscrever-se com seu endereço de e-mail
Ensino de línguas por Mind Map: Ensino de línguas

1. Escola Privada

1.1. O processo de aprendizagem começou com a minha experiência própria, já que sempre estudei em escola particular.

1.1.1. Acho importante frisar que tive duas experiências distintas: escola regular (educação infantil e ensino fundamental) e escola bilíngue (ensino médio).

1.1.1.1. Assim que ingressei na escola bilíngue já pude perceber a diferença: o inglês era valorizado, os alunos eram divididos de acordo com o nível de fluência e respeitava-se o tempo e as individualidades de cada um. A experiência de estudar inglês dessa forma foi absolutamente incrível para mim, é uma pena que nem todos tenham esse privilégio. Além disso, tive a oportunidade de fazer um intercâmbio de duas semanas em Londres em 2018, o que também contribuiu muito para minha experiência e formação.

1.1.1.2. Mesmo que o ensino de línguas seja mais valorizado em instituições privadas, eu pude perceber a diferença de tratamento e valorização do inglês em ambas instituições. Enquanto na escola regular tínhamos apenas uma aula de inglês de 50 min de duração por semana sem nivelamento, na escola bilíngue todos os professores falavam inglês (para ser contratado, ele tinha que fazer uma prova de fluência), tínhamos três aulas por semana de inglês com uma hora e meia de duração com nivelamento, além de disciplinas como geografia e história ministradas em inglês e workshops variados também ministrados em inglês. Sem contar que na escola regular a aula era tratada como aula vaga muitas vezes e menosprezada pela maioria dos alunos

1.2. Antes de ingressar no curso, eu já tinha plena noção que, apesar do ensino de línguas ser desvalorizado no país como um todo, ele era muito mais valorizado nas escolas privadas, que geralmente garantem melhores condições e materiais para os alunos e professores.

1.2.1. Quando ingressei no curso, pude perceber essa discrepância com muito mais clareza. Através de relatos de colegas, percebi o quanto fui privilegiada por ter acesso ao ensino privado e bilíngue, que com certeza é um dos principais responsáveis pela base cultural e linguística que tenho hoje.

1.3. Creio que todos os materiais apresentados pelos professores de todas as disciplinas que tive até o momento, juntamente com a minha experiência, possibilitaram a minha compreensão acerca da diferença entre os ensinos público e privado. Entretanto, a entrevista da Andreia Lisboa de Souza foi muito marcante para mim, especialmente a parte em que ela fala como a maior parte dos alunos de escolas privadas ingressam em universidades públicas, que são, em sua maior parte, as melhores.

2. Escola Pública

2.1. Meu conhecimento antes de entrar na faculdade se resumia a pesquisas de interesse próprio, relatos de colegas e amigos e notícias e reportagens sobre.

2.1.1. Creio que todo mundo que queira fazer uma licenciatura tenha noção da realidade do ensino público, mas eu nunca vivenciei essa realidade, pois sempre estudei em escolas privadas. Minha mãe, que estudou em colégios públicos, desde sempre lutou para que eu e meu irmão pudéssemos ter acesso ao ensino privado, então eu tinha essa singela noção, sem muito aprofundamento enquanto era mais nova.

2.2. A ingressão no curso e o contato com os materiais acerca do assunto disponibilizados pelos professores confirmou o que eu já sabia, porém confesso ter me chocado com algumas informações fornecidas. Um exemplo é o documento da British Council sobre o ensino de inglês na educação pública brasileira, que me deixou em choque diversas vezes durante a leitura e apresentação dos tópicos.

2.2.1. Ainda sobre esse estudo, o que mais me chocou foi que a maior parte dos profissionais não tem formação específica na língua que lecionam, que era algo que eu imaginava que acontecia mas não esperava ser a maioria. Também me choquei com a imensa sobrecarga desses profissionais, em que a maioria leciona no mínimo seis turmas, podendo chegar ao inacreditável número de mais de vinte turmas.

2.2.1.1. Por mais triste que seja, esse documento reflete a desvalorização do ensino de inglês no país da forma mais pura e clara possível. É triste e doloroso ler, mas é necessário para que possamos lidar com a realidade e mudá-la futuramente.

2.2.2. Assim como dito anteriormente, todas as disciplinas e materiais durante o curso enfatizaram e me mostraram com clareza a realidade. Portanto, fica evidente que temos que manter essa realidade em mente para que possamos fazer a diferença no futuro como profissionais e cidadãos.