Valores fundamentais de uma comunidade política

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Valores fundamentais de uma comunidade política por Mind Map: Valores fundamentais de uma comunidade política

1. A IGREJA

1.1. RECUSA

1.1.1. o Estado proprietário ou empresário, mas exigindo que ele saiba regular a vida económica e social, e seja capaz de intervir e corrigir as insuficiências e incapacidades do mercado.

1.2. ACEITA

1.2.1. o Estado social mas na condição de respeitar a iniciativa social, e de não desresponsabilizar a sociedade

2. A IGREJA NÃO É

2.1. defensora nem de um Estado abstencionista nem de um Estado avassalador

2.2. da estatização da economia, nem da educação, nem da saúde, nem da solidariedade, não deixando, porém de exigir do Estado o cumprimento dos seus deveres de intervenção supletiva onde as falhas da sociedade da sociedade o requerem, mas também não é defensora. Da sua mercantilização, antes defende a regulação dos mercados e a subordinação da vida económica

3. UMA SOCIEDADE JUSTA

3.1. Pode ser realizada somente no respeito pela dignidade transcendente da pessoa humana.

3.2. Esta centralidade da pessoa permite configurar princípios através dos quais se pretende salvaguardar o respeito por valores inerentes à condição humana em sociedade: verdade, liberdade, justiça.

3.2.1. VERDADE

3.2.1.1. Os tratados clássicos de teoria do conhecimento definem a verdade quer como a correspondência interna daquilo que é. O que é, na medida em que corresponde a si mesmo, é verdadeiro.

3.2.1.2. Esta definição de verdade é-nos útil para a compreensão de que a organização societária só será durável se for coerente com a sua própria identidade por outro lado, pautar a sua matéria será importante para a discussão sobre o papel da informação na construção da comunidade face a todas as demagogias e tentativas de manipulação da verdade

3.2.1.3. A verdade é aquilo que fazemos da realidade (pág.36)

3.2.2. LIBERDADE

3.2.2.1. A liberdade não é, aqui, mera possibilidade de escolher, mas a condição para escolher o que é melhor, aquilo que mais realiza a dignidade presente em cada um.

3.2.2.2. A esta luz, ser livre não é, simplesmente, a capacidade de fazer o que se quer, mas a possibilidade de se poder escolher o que mais realiza

3.2.2.3. Na própria definição de liberdade vivida em sociedade se pressupõe que possa não ser permitido aquilo que, corresponde à vontade, não permite a realização humana.

3.2.3. JUSTIÇA

3.2.3.1. A definição clássica do jurista romano, Ulpiano, considera a justiça como a “vontade firme e constante de dar a cada um o que é devido”.

3.2.3.2. Para a teologia cristã, é não só um valor, mas também uma virtude designada como cardeal, abordagem que permite reconhecer-lhe uma dimensão objetiva e outra subjetiva.

3.2.3.3. Um ato é ou não é justo por atribuir a alguém o que é devido, ainda que, no seu agir habitual, a pessoa que realiza o ato possa não ser justa.

3.2.3.4. A justiça pode configurar-se em três tipos, consoante o sujeito e o objeto da relação em que se verifica:

3.2.3.4.1. justiça legal ou geral, que regula a relação de uma pessoa com o todo comunitário

3.2.3.4.2. justiça comutativa que relaciona justamente a uma pessoa com outra

3.2.3.4.3. justiça distributiva, que relaciona a comunidade com a pessoa

3.2.4. CARIDADE (AMOR)

3.2.4.1. Afigura-se a muitos como desnecessário e incpnveniente invocar o amor como valor importante ao problematizar-se o que deve ser a política e a sua ação.

3.2.4.2. A causa desta tal desconcideração do amor resulta de preconceitos que têm a ver com o uso deturpado do termo, associando-o a um vago sentimento de compaixão, tido como um vão suspiro de uma alma efêmera e pouco ativa.

3.2.4.3. Nada estará mais distante do que deve ser o amor do que essa redução ao sentimentalismo

3.2.4.4. O amor deve, estruturar toda a ação que se queira verdadeiramente humana, na medida em que, como recorda a epistemologia da caridade, o amor é a ação gratuita, desinteressada, em benefício do outro.

3.2.4.5. Ver o texto de Bento XVI, da sua encíclica Caritas in Veritate, 7 (pág.38)

3.2.4.5.1. Amar alguém é então "querer o seu bem e trabalhar eficazmente pelo mesmo. Ao lado do bem individual, existe um bem ligado à vida social das pessoas: o bem comum". Bento XVI

3.2.4.5.2. https://youtu.be/qjt6As6U9LY

3.2.4.6. Já pensaram que por vezes o outro só precisa do vosso amor? Algo tão simples e fácil de dar, mas claro apenas dar-lo se com as inenções certas, dar amor enquanto a ação gratuita, desinteressada e em benefício do outro.

4. A IGREJA É DEFENSORA

4.1. de um Estado, atento às necessidades da sociedade, intervém onde e quando ela precisar.