Exame Físico Aula 02

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Exame Físico Aula 02 por Mind Map: Exame Físico Aula 02

1. E observar:

1.1. • Observar as relações familiares; • Facilitar o acesso ao serviço de saúde; • Possibilitar ou fortalecer o vínculo das famílias com as equipes de saúde; • Escutar e oferecer suporte emocional nessa etapa de crise vital da família; • Estimular o desenvolvimento da parentalidade; • Orientar a família sobre os cuidados com o bebê; • Identificar sinais de depressão puerperal; • Promover o aleitamento materno exclusivo até o 6º mês de vida; • Prevenir lesões não intencionais; e • Identificar sinais de perigo à saúde da criança.

2. Visita Domiciliar (Para Família do Récem-Nascido)

2.1. A visita domiciliar torna-se um instrumento importante para a troca de informações vinculadas às necessidades particulares de cada indivíduo, favorecendo, desta forma, atividades educativas e mais humanizadas.

2.2. São recomendadas na primeira semana pós-parto e, posteriormente a esse período, a periodicidade deve ser pactuada com a família a partir das necessidades evidenciadas e considerando-se os fatores de risco e de proteção.

3. Profissional de Saúde deverá identificar sinais de perigo à saúde da criança:

3.1. Sinais de urgência: • Recusa alimentar (a criança não consegue beber ou mamar); • Vômitos importantes (ela vomita tudo o que ingere); • Convulsões ou apneia (a criança fica em torno de 20 segundos sem respirar); • Frequência cardíaca abaixo de 100bpm; • Letargia ou inconsciência; • Respiração rápida (acima de 60mrm); • Atividade reduzida (a criança movimenta-se menos do que o habitual); • Febre (37,5ºC ou mais); • Hipotermia (menos do que 35,5ºC); • Tiragem subcostal (a parede torácica inferior se retrai quando a criança inspira); • Batimentos de asas do nariz; • Cianose generalizada ou palidez importante; • Icterícia visível abaixo do umbigo ou nas primeiras 24 horas de vida; • Gemidos; • Fontanela (moleira) abaulada; • Secreção purulenta do ouvido; • Umbigo hiperemiado (hiperemia estendida à pele da parede abdominal) e/ou com secreção purulenta (indicando onfalite); • Pústulas na pele (muitas e extensas); • Irritabilidade ou dor à manipulação.

4. Primeira Consulta Do RN

5. A primeira consulta do recém- nascido deverá ocorrer na sua primeira semana de vida; Constitui um momento propício para estimular e auxiliar a família nas dificuldades do aleitamento materno exclusivo, para orientar e realizar imunizações, para verificar a realização da triagem neonatal (teste do pezinho) e para estabelecer ou reforçar a rede de apoio à família.

6. ANAMNESE

6.1. Condições do nascimento da criança: Tipo de parto, local do parto, peso ao nascer, idade gestacional, índice de Apgar, intercorrências clínicas na gestação, no parto, no período neonatal e nos tratamentos realizados; Antecedentes familiares (as condições de saúde dos pais e dos irmãos, o número de gestações anteriores, o número de irmãos).

7. Exame Físico

7.1. Avalie o comprimento e o perímetro cefálico da criança; Avalie o peso em relação ao peso ideal ao nascer.

7.2. O perímetro cefálico com medidas acima ou abaixo de dois desvios-padrão (< -2 ou > +2 escores “z”) pode estar relacionado a doenças neurológicas, como microcefalia (de causa genética ou ambiental) e hidrocefalia, o que exige, portanto, melhor avaliação e encaminhamento.

8. PESO, COMPRIMENTO E PERÍMETRO CEFÁLICO

9. DESENVOLVIMENTO SOCIAL E PSICOAFETIVO

10. Observe e avalie o relacionamento da mãe/cuidador e dos familiares com o bebê: como respondem às suas manifestações, como interagem com o bebê e se lhe proporcionam situações variadas de estímulo.

11. ESTADO GERAL

12. Avalie a postura normal do recém-nascido: as extremidades fletidas, as mãos fechadas e o rosto, geralmente, dirigido a um dos lados; Observe o padrão respiratório: a presença de anormalidades, como batimentos de asas do nariz, tiragem intercostal ou diafragmática e sons emitidos; Avalie o estado de vigília do recém-nascido: o estado de alerta, o sono leve ou profundo e o choro; Identifique sinais de desidratação e/ou hipoglicemia: pouca diurese, má ingestão (a criança não consegue mamar ou vomita tudo o que mama), hipoatividade e letargia; A temperatura axilar normal situa-se entre 36,4ºC e 37,5ºC e não necessita ser medida rotineiramente em crianças assintomáticas, exceto na presença de fatores de risco, como febre materna durante o parto.

13. FACE

14. Pesquise alguma assimetria, malformação, deformidade ou aparência sindrômica.

15. PELE

16. Observe a presença de: Cianose (se for generalizada, pense em doenças cardiorrespiratórias graves; se for localizada nas extremidades ou na região perioral, pense em hipotermia); Icterícia. Pesquise a possível presença de assaduras, pústulas (impetigo) e bolhas palmo-plantares (sífilis). Esclareça a família quanto à benignidade do eritema tóxico.

17. CRÂNIO

18. FONTANELAS: A fontanela anterior mede de 1cm a 4cm, tem forma losangular, fecha-se do 9º ao 18º mês e não deve estar fechada no momento do nascimento. A fontanela posterior é triangular, mede cerca de 0,5 cm e fecha-se até o segundo mês. Não devem estar túrgidas, abauladas ou deprimidas.

19. OLHOS

20. Reflexo fotomotor: projeta-se um feixe de luz em posição ligeiramente lateral a um olho. A pupila deve se contrair rapidamente. O teste deve ser repetido no outro olho, devendo ser comparado com o primeiro. Avalia basicamente a estrutura anátomofuncional Teste do reflexo vermelho ou Bruckner test (CATARATA CONGÊNITA): deve ser realizado na penumbra (para a pupila ficar mais dilatada), com o oftalmoscópio colocado aproximadamente de 5cm a 10cm de distância dos olhos da criança (o importante é que o oftalmoscópio ilumine os dois olhos simultaneamente), para se observar o reflexo vermelho nos dois olhos. Se for notado um reflexo diferente entre os olhos ou a presença de opacidade, a criança deverá ser avaliada por um oftalmologista com urgência, pois poderá ter problemas como: catarata congênita, retinoblastoma ou retinopatia da prematuridade. Conjuntivites: as pálpebras podem estar edemaciadas (pela reação ao nitrato de prata a 1%) e a regressão é espontânea em 24h a 48h. A presença de secreção purulenta evidencia uma conjuntivite e, principalmente no RN, é importante descartar a infecção por gonococo, clamídia e herpesvírus.

21. Nascimento

21.1. Pode ser considerado como um evento propício ao surgimento de problemas emocionais nos pais, tais como depressão e manifestações psicossomáticas, que podem afetar o modo como os pais se relacionam com seu filho.

22. Estratificação de risco da criança

22.1. Baixo

22.1.1. Biológicos

22.1.1.1. Pré-natal sem intercorrências; Peso ao nascer > ou = 2,5kg; Apgar > ou = 8, no 5º min; Sem patologias.

22.1.2. Estilos de Vida

22.1.2.1. Aleitamento materno exclusivo até 6 meses de idade.

22.1.3. Socioeconômico

22.1.3.1. Bom suporte familiar; Mãe com mais de 8 anos de estudo.

22.1.4. Oferta de serviços de saúde

22.1.4.1. Vacina em dia; RN com triagem neonatal realizada.

22.2. Médio

22.2.1. Biológicos

22.2.1.1. Prematuro limítrofe (37 semanas); Mãe soropositiva para HIV, Toxoplasmose, Sífilis, Hepatite B, com criança negativa para estas patologias; Filho de mãe deficiente visual, doença menta ou transtornos psiquiátricos leves; Morte materna; Filho de mãe com menos de 20 anos e mais de três partos.

22.2.2. Estilo de Vida

22.2.2.1. História de óbitos de menores de 05 anos no núcleo familiar da criança; Criança manifestamente indesejada; Criança menor de 6 meses de idade que não se encontra em aleitamento materno exclusivo.

22.2.3. Socioeconômico

22.2.3.1. Mãe com escolaridade de 03 a 07 anos e 11 meses de estudos; Filho de mãe com menos de 15 anos ou mais de 40 anos e ou solteira; Filho de mãe sem suporte familiar; Crianças que vivem em situação de risco e vulnerabilidade; Chefe de familia sem fonte de renda; Filhos de mãe de etnia indígena.

22.2.4. Oferta de serviços de saúde

22.2.4.1. Vacina atrasada; RN sem triagem neonatal realizada.

22.3. Alto

22.3.1. Biológicos

22.3.1.1. Prematuridade (abaixo de 37 semanas); Má formação congênita; Intercorrências importantes no período neonatal, notificas na alta hospitalar - ASFIXIA GRAVE: Apgar <7 no 5º min; Filho de mãe soropositiva para HIV, Toxoplasmose, Sífilis, Hepatite B, sem diagnóstico negativo ou ainda não concluído; RN com triagem neonatal positiva; RN com deficiência estabilidade desde o nascimento: doenças genéticas ou neurológicas, malformações múltiplas; Filho de mãe com doença exantemática febril na gestação; Crescimento e/ou desenvolvimento inadequados; Desnutrição e obesidade grave; Criança portadora de alergias alimentares; Criança retida nas maternidades após alta da mãe; Criança egressa de unidades de cuidados intermediários; RN com triagem neonatal positiva; Mãe com transtornos psiquiátricos (moderado à severo).

22.3.2. Estilo de Vida

22.3.2.1. Mãe portadora de deficiência ou com restrição que impossibilite o cuidado da criança; Crianças menores de 06 meses que não se encontra em aleitamento materno exclusivo; Pais ou responsáveis dependentes de drogas lícitas ou ilícitas.

22.3.3. Socioeconômico

22.3.3.1. Filho de mães analfabetas.

22.3.4. Oferta de serviços de saúde

22.3.4.1. Não se aplica.

23. Chegada do bebê à Família

23.1. A relação que se estabelece entre pais e filhos é fundamental para os futuros relacionamentos da criança, o profissional de saúde deve estar atento e deve estimular o desenvolvimento da parentalidade.

24. Melancolia pós-parto “baby blues”

24.1. Manifestação transitória e frequente do humor que aparece no decorrer dos primeiros dias pós-parto (com intensidade maior em torno do 3º ao 6º dia após o parto).

25. Depressão pós-parto

25.1. Incidência entre 12% e 19% das puérperas; pode constituir um problema que afeta não apenas a mãe, mas também o bebê e até mesmo o pai;

25.1.1. Pode causar: Maior risco de desmame precoce; Psicose.

26. O profissional de Saúde deve estar atento

26.1. À presença de sintomas compatíveis com depressão (irritabilidade ou choro frequente, sentimentos de desamparo, desesperança, falta de energia e motivação, desinteresse sexual, transtornos alimentares e do sono, incapacidade de lidar com novas .situações e queixas psicossomáticas).