Os Bruzundangas
por Suzane Doccy
1. Prefácio - Lima Barreto inicia falando que não leu o capítulo que foi indicado em uma desrespeitosa nota, mas achou interessante o livro, pois Os Bruzundangas dava matéria que em casos eram piores que o Brasil em alguns aspectos. Como os ministros de estados aqui são caixeiros e lá os ministros somente prenderam o açúcar para vender com o preço mais baixo do que os estrangeiros. O escritor cita também uma das formas de se conseguir um bom cargo e fazer alianças que seria pelo casamento. A forma que a Defesa Nacional atua lá seria para aumentar o número de especiarias e por limite nas exportações da mesma ao invés de se preocupar com a verdadeira proteção.
2. V - As Riquezas da Bruzundanga - Esta riqueza é uma ilusão, pois é passada pelas literaturas dos escritores, entende-se que este é um país muito rico e perfeito, porém há de convir que todos que a comparam com a realidade estranha a distorção dos fatos. Onde se viam a riqueza através dos produtos na realidade ocorre uma desvalorização deles de tal maneira que exportam barato e compram caro os mesmos produtos, o que seria a valorização de alguns são o empobrecimento do povo, até quem não conhece do assunto raciocinar com lógica o que estaria por vir.
3. VI - O Ensino da Bruzundanga - Tendo em vista que o ensino da Bruzundanga é um tanto errático, e casualmente visava a nobreza doutoral, o narrador evidencia uma proposta de mudança, sem intenção de torná-la real, a qual tornaria a escolha de matérias a ser estudada livre. Por exemplo: quem quisesse ser médico estudaria apenas assuntos ao qual interessam esta profissão. Esta proposta também excluía qualquer privilégio dos diplomas, medida que é o contraponto ao sistema corrupto de ensino bruzundanga que aceitava patrocínio dos mais beneficiados, socialmente falando, e não percebia as farsas elusivas dos que proviam de uma fácil aprovação para adquirir a vaga no ensino superior.
4. VII - A Diplomacia da Bruzundanga- Após a aparição do Vinconde de Pancôme, há uma devida mudança na diplomacia da Bruzundanga, tornando-a pomposa e elegível a esbanjar condecorações e comendas, a partir desta mudança, era visível que o patriotismo de lá ficara reservado à quem conseguia prestígio no país, sendo sustentados pelo governo, adquirindo poder e propina, em contraponto o ideal da população bruzundanga era viver fora do país, "cousa" que era facilmente alcançada pela nobreza doutoral caso seus integrantes adquirissem cargos diplomáticos. Era notável a abundância de repartições diplomáticas em posse da República da Bruzundanga, que já achavam pouco, e torciam para que países se dividissem para que mais repartições pudessem ser criadas, a fim de que doutores cujos títulos literários devem possuir, são plagiados ou nem mesmo possuem importantes conhecimentos obtidos.
5. IX - Um Mandachuva - Basicamente fala que para ser o mandachuva não deveria ser inteligente, simplesmente um mero ignorante deputado de uma província, eram escolhidos pelos advogados, pois tinham conhecimento das leis. Muitos colocavam familiares, genros principalmente, para ser políticos para dá a boa vida para filha e diz que muitos dos presidentes e suas respectivas esposas não gostavam dos eventos sociais que tinham que ir (deve ser um saco msm) e este em específico ficou famoso por um pequeno progresso cultural.
6. X - Força Armada - Nos mostra que não existiam as forças armadas para o seu verdadeiro objetivo de proteção, pois eles eram mais um enfeite apesar de serem muitos bons, achando desnecessário de ano em ano a troca de uniforme ou reajuste, destacando os marinheiros que não ligam para essa troca mais sim para a raça que tivesse pelo menos alguns javaneses para não passar vergonha com os gringos.
7. VIII - A Constituição - Neste capítulo o governo de Bruzundangas começa a escrever uma constituição para o país assim eles chamam pessoas sem uma mente estudada para fazer isso, eles decidem copiar a constituição de algum outro país que se pareça com o deles, tinha lei que protegia os ministros e governante, e que pessoas que assumissem o poder não precisam de um conhecimento daquela área e deputados deveriam adotar a opinião dos que os ‘‘elegeram’’.
8. XI - Um Ministro - O livro faz até uma comparação com o Brasil que é um país agrícola, mas não tem agricultura sendo somente os latifúndios com características feudais, pátria agrícola (colono/caboclo) trabalhando para os ricos com muito trabalho braçal para pouco dinheiro, os antigos colonos decepcionados que seus descendentes não são iguais aos mesmo. Muitos agricultores apesar de pouco dinheiro tentavam da melhor educação aos filhos e fama para prestigiar as filhas. Após aumentar de cargo o ministro da agricultura queria ‘’trabalhar’’ com coisas práticas já que o mandachuva não estava tão presente, ele conseguiu transformar a chácara da secretaria em um campo (queria plantar cana-de-açúcar) onde os outros, com cargos menores trabalhassem no campo, esse ministro só conseguiu esse cargo por ter ajudado um general a ganhar uma batalha e o mesmo recompensou com um cargo público.
9. Capítulo Especial - Lima diz que seria um erro/falha da parte dele não falar da literatura desta república, ele deixa claro que para fazer esta análise precisa de dois requisitos conhecer as ideias gerais sobre a literatura e ter um bom conhecimento da língua estrangeira em questão, deixando claro que gostou das literaturas que leu, mas que não entendeu aquelas de grandes, famosos e renomados escritores devido à linguagem rebuscada.
10. II - A Nobreza da Bruzundanga - Explica como é formada e reconhecida a nobreza , dividida em duas grandes partes, a nobreza doutoral e a nobreza do palpite, sendo que nenhuma delas se caracteriza por dinheiro ou bens materiais. A aristocracia doutoral é constituída pelos cidadãos que se formam na escola e vão adicionando títulos, sendo eles pós-graduação, mestrado e doutorado.
10.1. Podendo colecionar esses títulos e adquire privilégios especiais, alguns constantes das leis e outros consignados nos costumes, havendo uma hierarquia se distinguindo pelos anéis com suas pedras, sendo elas em ordem decrescente:
10.1.1. Médicos – Esmeralda;
10.1.2. Advogados – Rubi;
10.1.3. Engenheiros – Safira;
10.1.4. Engenheiros militares – Turquesa;
10.1.5. Engenheiros geógrafos - Safira e certos sinais no arco do anel;
10.1.6. Farmacêutico – Topázio;
10.1.7. Dentista – Granada.