AS FUNÇÕES PSÍQUICAS E SUAS ALTERAÇÕES: ATENÇÃO E ORIENTAÇÃO

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AS FUNÇÕES PSÍQUICAS E SUAS ALTERAÇÕES: ATENÇÃO E ORIENTAÇÃO por Mind Map: AS FUNÇÕES PSÍQUICAS E SUAS ALTERAÇÕES: ATENÇÃO E ORIENTAÇÃO

1. A atenção pode ser definida como a direção da consciência

1.1. Processos psicológicos que torna o ser humano capaz de selecionar, filtrar e organizar as informações em unidades controláveis e significativas.

2. Capítulo 13 | A atenção e suas alterações: PSICOLOGIA DA ATENÇÃO

2.1. Dois tipos

2.1.1. Voluntária

2.1.1.1. Espontânea

2.2. Direção

2.2.1. Atenção Externa

2.2.1.1. Atenção interna

2.2.1.1.1. Atenção Focal

2.3. Hábito e Sensibilização

2.3.1. Hábito: Estímulo de forma contínua

2.3.1.1. Sensibilização: oposto ao hábito

2.3.2. Sensibilização: oposto ao hábito. Aumenta a prontidão da resposta.

2.4. A neuropsicologia contemporânea da atenção

2.4.1. 1. capacidade e foco de atenção (atenção concentrada ou concentração); 2. atenção seletiva; 3. atenção dividida; 4. atenção alternada; 5. atenção sustentada (sustained attention); 6. seleção de resposta e controle executivo.

2.5. NEUROPSICOLOGIA DA ATENÇÃO

2.5.1. Atenção e funções executivas frontais

2.5.1.1. - lobos frontais; - memória de trabalho, seleção competitiva; - controle sensorial top-down; - filtros de saliência.

2.5.2. A memória de trabalho age como um núcleo gerenciador de trabalho, no qual percepções e pensamentos, constantemente atualizados, são processados, transformados e manipulados.

2.6. NEUROANATOMIA E REDES NEURAIS DA ATENÇÃO1

2.6.1. As principais estruturas subcorticais do sistema nervoso relacionadas à atenção são: no tronco cerebral, o sistema reticular ativador ascendente (SRAA) e o locus ceruleus noradrenérgico (LCN); no diencéfalo, o tálamo; e, no telencéfalo, o corpo estriado; no nível cortical, o córtex parietal posterior direito (não dominante), o córtex pré-frontal e o giro cingulado anterior (também na região frontal), assim como estruturas do lobo temporal medial do sistema límbico.

2.6.2. atenção sustentada depende intimamente da ação do mesencéfalo e do tronco cerebral interagindo com o córtex pré-frontal.

2.6.2.1. A atenção seletiva, focada, também depende do córtex temporal superior, do córtex parietal inferior e do striatum.

2.6.3. Psicopatologia da atenção: Hipoprosexia - A alteração mais comum e menos específica da atenção é sua diminuição global; Aprosexia - Total abolição da capacidade de atenção; Hiperprosexia - Consiste em um estado da atenção exacerbada; Distração - superconcentração ativa da atenção sobre determinados conteúdos ou objetos, com a inibição de tudo o mais; Distraibilidade - a atenção do indivíduo é muito facilmente desviada de um objeto para outro.

2.7. VALOR DIAGNÓSTICO DAS ALTERAÇÕES DA ATENÇÃO - Os distúrbios da atenção estão sempre ou quase sempre presentes nos quadros de delirium; - No transtorno cognitivo leve (TCL) (declínio cognitivo leve), comum em idosos, verificam-se alterações da atenção elacionadas a maior demora em realizar as tarefas do dia a dia; - Nas demências, as alterações de atenção costumam estar presentes desde as fases iniciais. Clinicamente, elas se revelam pelas marcantes perturbações do paciente; - Na demência de Alzheimer (DA), assim como na demência vascular (DV), os pacientes têm dificuldades em tarefas que requerem concentração e foco, assim como em atividades de controle executivo; - Na demência frontotemporal, a atenção é consideravelmente prejudicada, podendo haver pronunciada distraibilidade; - Na demência com corpos de Lewy e na demência associada à doença de Parkinson, as alterações da atenção costumam ser mais acentuadas que na DA.

2.8. Transtornos mentais: -TDAH; -TRANSTORNOS DE HUMOR; - QUADROS DEPRESSIVOS; - TOC; - ESQUIZOFRENIA;

2.9. SEMIOTÉCNICA DA ATENÇÃO: A AVALIAÇÃO

2.10. DO PROCESSO ATENCIONAL

2.11. Os continuous performance tests:

2.12. Detecções corretas: revela o número de vezes que o testando respondeu corretamente ao estímulo; quanto mais alto esse escore, melhor a atenção do sujeito;

2.13. Tempo de reação: avalia a quantidade de tempo entre a apresentação do estímulo e a resposta do indivíduo;

2.14. Erros por omissão: indica o número de vezes que o estímulo foi

2.15. apresentado, mas o testando não respondeu (geralmente clicando um mouse);

2.16. Muitos erros desse tipo indicam alta distraibilidade do sujeito.

2.17. Erros por co-omissão: esses erros ocorrem quando o sujeito responde (clicando o mouse), mas o estímulo-alvo não foi apresentado (e sim um outro estímulo).

3. Capítulo 14 | A orientação e suas alterações: PSICOLOGIA DA ORIENTAÇÃO

3.1. A avaliação da orientação é um instrumento valioso para a verificação das perturbações do nível de consciência, da percepção, da atenção, da memória e de toda a cognição

3.1.1. Orientação espacial subtipos de orientação: quanto ao local; orientação topográfica; orientação geográfica; julgamento de distância; capacidades de navegação.

3.1.1.1. A orientação espacial é investigada perguntando-se ao paciente o lugar exato onde ele se encontra, a instituição em que está, o andar do prédio, o bairro, acidade, o estado e o país.

3.1.1.1.1. Orientação temporal A orientação temporal necessita de uma adequada percepção do tempo e da sequência de intervalos temporais, de sua correspondente representação mental e do processamento mental da temporalidade.

3.2. NEUROPSICOLOGIA DA ORIENTAÇÃO

3.3. A desorientação temporoespacial ocorre, de modo geral, em quadros psicoorgânicos, quando três áreas encefálicas são comprometidas:

3.4. 1. Nas lesões corticais difusas e amplas ou em lesões bilaterais, como na doença de Alzheimer;

3.5. 2. Nas lesões mesotemporais do sistema límbico, como na síndrome de Korsakoff;

3.6. 3. Em patologias que afetam o tronco cerebral e o sistema reticular ativador ascendente (comprometendo o nível de consciência), como no delirium e nas demais síndromes decorrentes de alteração do nível de consciência

3.7. (Lezak; Howieson; Bigler, 2012).

3.8. Neuropsicologia da orientação espacial ou topográfica Vários componentes cerebrais da orientação espacial têm sido estudados pelos neuropsicólogos e neurocientistas (Benton; Tranel, 1993). O déficit de orientação espacial ou topográfica parece, de modo geral, depender de lesões ou disfunções bilaterais ou unilaterais à direita nas áreas posteriores do córtex cerebral, ou seja, as regiões retrorolândicas do cérebro (implicando os lobos parietais, occipitais e partes do temporal). De modo geral, a capacidade de avaliar corretamente direção e distância, tanto para estímulos visuais como táteis, relaciona-se mais com as estruturas corticais do hemisfério direito do que do esquerdo, sendo, entretanto, as lesões bilaterais as que mais produzem os sintomas.

3.9. Neuropsicologia da orientação temporal A orientação temporal depende de uma adequada percepção da passagem do tempo, do registro e da discriminação dos intervalos temporais, assim como da capacidade de apreender o tempo passado e antever o tempo futuro (Damasceno, 1996). Nesta área complexa de estudo, foram constatados alguns dados relevantes, como:

3.9.1. 1. a língua nativa das pessoas demarca como elas pensam sobre o tempo (p.ex., falantes de inglês e de mandarim pensam sobre o tempo de formas claramente distintas, e alguns grupos aborígenes australianos usam os pontos cardinais para a percepção temporal); 2. as informações espaciais afetam a temporalidade e apercepção do tempo (mas não o contrário); 3. a orientação temporal depende de eventos sensoriais; 4. diferentes áreas cerebrais codificam e processam o tempo no nível abaixo de um segundo ou acima de um segundo; 5. crianças recém-nascidas já têm percepção de batidas rítmicas; 6. a dopamina nos circuitos dopaminérgicos modula componentes atencionais de intervalos de tempo; 7. a temporalidade motora está alterada em crianças com transtorno de déficit de atenção/hiperatividade (TDAH) com impulsividade; 8. áreas corticais relacionadas à emoção influem claramente no processamento do tempo; 9. experiências corporais (embodiment) são importantes na modulação emocional de percepção do tempo;