1. TOMÁS MERCADO, 1569
1.1. Teólogo espanhol: elaborou os primeiros estudos reconhecendo (1569) que a ELEVAÇÃO DE PREÇOS (em Servilha) guardava íntima RELAÇÃO COM A ABUNDÂNCIA DE OURO.
2. M. de MALESTROIT, 1566
2.1. Relatou elevação dos preços também na França, em 1566, porém NÃO se acreditava da relação dos preços com o acúmulo de metais. (em excesso).
2.2. CONTEXTO: defendia-se um conjunto de medidas visando GARANTIR O ACÚMULO DE METAIS PRECIOSOS. Sua abordagem se deu num MOMENTO CRÍTICO da história da Espanha, no qual ocorria o AFLUXO CRESCENTE DE METAIS DAS SUAS COLÔNIAS da América.
2.3. Explicação trivial e simplória para o fenômeno: "a moeda de conta (libra) representa MENOR CONTEÚDO de prata que no século XV; embora se pague mais em livras, na realidade não se dá mais ouro ou prata que antigamente."
2.4. Ou seja, o raciocínio se dava mediante a paridade da moeda de conta (libra) com os metais preciosos (ouro e prata).
2.5. Obra: Résponse aux paradoxes
3. JEAN BODIN
3.1. Análise da obra RÉSPONSE AUX PARADOXES, de M. de Malestroit
3.1.1. CONCLUSÕES INÉDITAS: Elevação de Preços (três causas): 1) abundância de ouro ou prata; 2) monopólios; 3) escassez
3.1.2. "Relaciona o aumento dos preços, em primeiro lugar, à abundância de ouro e prata, e, secundariamente, à prática do monopólio, à escassez no mercado interno e ao consumo de luxo da aristocracia feudal."
3.1.3. Ou seja, a escassez ou abundância dos meios de pagamentos (ouro e prata), guarda relação com o monopólio exercido pelo Estado (metrópoles) e o consumo interno (representado mormente pela aristocracia feudal).
3.2. SISTEMATIZAÇÃO
3.2.1. Relaciona (pela primeira vez) a ELEVAÇÃO DOS PREÇOS DAS MERCADORIAS À ABUNDÂNCIA DO MEIO (de pagamento) utilizado para medir o seu valor.
3.2.1.1. "(...) não havia tanto ouro e prata como agora (século XVII), o que se comprova a olho nu [pois] entre os anos de 1545 e 1568 se encontraram na França mais ouro e prata do que nos 200 anos anteriores (século XV) [...]"
3.2.1.2. Ou seja, houve a comprovação empírica de que os preços na França se elevaram devido ao maior acúmulo de metais entre 1545 a 1568 (século XVI) que há cem anos (século XV).
4. LUÍS ORTIZ, 1558
4.1. REVOLUÇÃO DOS PREÇOS: Elevação generalizada nos preços e evasão contínua das moedas metálicas na ESPANHA para o resto da Europa.
4.2. Obra: Para que a moeda não saia do reino, 1558 (Espanha)
5. ANÁLISE QUANTITATIVA DA MOEDA
5.1. PRESUPOSTOS
5.1.1. Aumento na quantidade de moeda, aumento dos preços.
5.1.2. Incremento contínuo da produção; ingresso de ouro e prata nos cofres do Tesouro (Espanha).
5.1.3. Elevação da capacidade de consumo; pressão permanente sobre a oferta; aumento dos preços.
5.2. Simon Newcomb: primeira formulação da teoria quantitativa da moeda, em 1885.
5.3. CONTRIBUIÇÕES POSTERIORES
5.3.1. David Hume: On money, 1752.
5.3.2. David Ricardo: The high price of bullion, a proof of the depreciation of bank notes, 1810.
5.3.3. Irving Fisher, em 1911, aperfeiçoada por Cassel e Warren Pearson.
5.3.4. Contemporâneo: Milton Friedman, lança as bases da Escola Monetarista.