O pensamento de Alfred Marshall (1842-1924)

Mapa sobre o pensamento de Alfred Marshall

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O pensamento de Alfred Marshall (1842-1924) por Mind Map: O pensamento de Alfred Marshall (1842-1924)

1. Alfred Marshall

1.1. Breve biografia

1.2. Principal obra:

1.2.1. Principles of economics, em 1890

1.2.1.1. influenciou várias gerações de economistas

1.2.1.2. utilização da matemática em suas demonstrações

1.2.1.3. priorizou clareza e acessibilidade em sua exposição

1.3. Análise marginalista da economia

1.3.1. Preço de equilíbrio

1.3.1.1. ponto de intersecção ente a curva da demanda e da oferta representa o preço de equilíbrio

1.3.2. representação do sistema econômico como um sistema de equilíbrio geral

1.3.3. Análise do equilíbrio parcial

1.3.3.1. modelo capaz de analisar matematicamente variáveis do sistema econômico simples.

1.3.3.1.1. mercado composto por uma única firma e um único consumidor

1.3.3.1.2. curva da oferta, demanda, excedente do produtor e do consumidor, elasticidades etc.

1.3.3.2. possibilitou o surgimento da Microeconomia

2. Paradigma de Marshall

2.1. Superação dos limites da teoria do valor-trabalho

2.2. deslocamento da discussão em torno do valor da esfera da produção para a esfera do mercado

2.3. o valor depende da utilidade, mais precisamente da UTILIDADE MARGINAL

2.3.1. Em breve síntese: Quanto maior é a oferta de um bem, menor é a utilidade marginal; quanto menor a oferta de um bem, maior é a utilidade marginal

2.4. À teoria do valor, determinada pela PRODUÇÃO, dá-se lugar a uma teoria econômica baseada no TROCA.

2.5. Base da Escola Neoclássica: valor determinado pela oferta e pela demanda

3. Modelo analítico de Marshall

3.1. agentes econômicos (consumidor e produtor), autuando para MAXIMIZAREM a UTILIDADE e o LUCRO em um sistema de concorrência perfeita, tudo o mais constante (ceteris paribus).

3.2. Curva da oferta e da demanda

3.2.1. Análise da oferta

3.2.1.1. a curva da oferta apresenta as quantidades q que os produtores estão DISPOSTOS A OFERTAR por um dado preço p

3.2.2. Análise da demanda

3.2.2.1. curva da demanda indica o preço que os consumidores estão DISPOSTOS A PAGAR para obter determinada quantidade.

3.2.2.2. Lei da utilidade marginal decrescente

3.2.2.2.1. a satisfação e a utilidade proporcionadas por um bem diminuem à medida que se adquirem unidades adicionais desse bem.

3.2.2.3. utilidade atribuída a uma mercadoria é que define o preço que o consumidor está disposto a pagar por ela

3.2.2.3.1. No entanto, na atribuição de uma utilidade a certa mercadoria, entram em jogo aspirações, desejos, satisfações que variam de consumidor para consumidor.

3.2.2.4. Como comparar aspirações e desejos?

3.2.2.4.1. o preço tomado como uma medida aproximada da utilidade.

3.2.2.4.2. impossibilidade de comparação do nível de satisfação dos consumidores a um determinado produto (subjetividade)

3.2.2.4.3. possibilidade de comparação do preço que os consumidores estavam dispostos a pagar por um determinado produto (objetividade)

3.2.3. a intersecção da curva da oferta com a demanda, o ponto “e”, indica a quantidade q’ e o preço p’ de EQUILÍBRIO desse mercado.

3.3. premissa

3.3.1. todo o modelo do equilíbrio depende da admissão a priori de que o equilíbrio é uma propriedade do sistema econômico

3.3.2. a livre atuação das forças de mercado tende a conduzir o sistema ao estado de equilíbrio

3.3.3. abalo dessa convicção na crise de 1929

4. Estratégia aquisitiva do consumidor

4.1. representada pela teoria da escolha racional

4.1.1. escolhas e opções de compra são feitas visando maximizar a utilidade dos gastos

4.2. efeito substituição

4.2.1. no caso de uma mercadoria subir o preço, o consumidor a substitui por outra de menor preço, mas de mesma utilidade

4.2.2. busca maximizar a utilidade com as despesas que realizam

5. Gráfico da curva de oferta e demanda

5.1. CONCEITOS

5.1.1. excedente ou superávit do consumidor

5.1.1.1. ganho monetário obtido pelos consumidores porque eles são capazes de comprar um produto por um preço que é menor que o preço mais alto que eles estariam dispostos a pagar

5.1.2. excedente ou superávit do produtor

5.1.2.1. quantia que os produtores se beneficiam vendendo a um preço de mercado que é maior do que o mínimo que eles estariam dispostos a vender

5.1.2.2. é aproximadamente igual a lucro (uma vez que os produtores normalmente não estão dispostos a vender com prejuízo

5.1.3. eficiência do sistema produtivo

5.1.3.1. aumento da quantidade total ofertada com diminuição do preço de todas as quantidades oferecidas

5.1.3.2. redução da inclinação da curva da oferta e aumento a área do triângulo que representa o excedente do consumidor

5.1.3.3. a melhora de eficiência do lado da oferta proporciona ganhos cada vez maiores de utilidade para o consumidor

5.1.4. lei do rendimento crescente

5.1.4.1. nos casos em que o aumento da procura eleva a produção e mantém o preço

5.1.5. lei do rendimento decrescente

5.1.5.1. nos casos em que o aumento da procura eleva o preço e a produção

5.1.6. elasticidade

5.1.6.1. quantifica o efeito de uma variável em relação a outra

5.1.6.1.1. Por exemplo, quanto reduzirá o consumo de um determinado bem, no caso de aumento de preço de 10%?

5.1.6.2. representado por um índice

5.1.6.3. Tipos

5.1.6.3.1. elasticidade da demanda

5.1.6.3.2. elasticidade da oferta

5.1.6.4. condicionantes

5.1.6.4.1. bens substitutos

5.1.6.4.2. bens complementares

5.1.6.4.3. bem de "Guiffen"

5.1.6.4.4. bens superiores

5.1.6.4.5. bens inferiores

5.1.6.4.6. bem público

5.1.6.4.7. cobrança de impostos

5.1.6.4.8. custos de produção

6. Teoria do valor marginalista

6.1. maximização do consumidor

6.1.1. escolha da melhor utilidade para aplicação da renda

6.2. maximização do produtor

6.2.1. referência do produtor: preço de mercado

6.2.2. parâmetros

6.2.2.1. receita desejada

6.2.2.1.1. melhor alocação possível na relação entre os custos de produção e a receita de vendas

6.2.2.2. disponibilidade limitada de capital

6.2.3. teoria baseada na firma

6.2.3.1. sistema econômico dinâmico

6.2.3.2. aumento da eficiência das empresas

6.2.3.2.1. ganhos de escala

6.2.3.2.2. desenvolvimento geral da indústria

6.3. análise da oferta

6.3.1. consideração de quatro tempos distintos

6.3.1.1. 1. tempo de mercado

6.3.1.1.1. oferta não pode ser alterada e o preço é determinado pela demanda

6.3.1.2. 2. curto prazo

6.3.1.2.1. oferta pode ser alterada por meio de combinações distintas entre os custos variáveis e os fixos

6.3.1.3. 3. longo prazo

6.3.1.3.1. a oferta e a demanda podem ser alteradas pela mudança na moda, ampliação do maquinário, tecnologia incremental etc.

6.3.1.4. 4. tempo secular

6.3.1.4.1. o preço se altera em virtude da ampliação do conhecimento e da mudança no hábito das gerações

6.3.2. no período (tempo) de mercado

6.3.2.1. oferta é fixa e a demanda que determina os preços e os lucros

6.3.2.2. curto prazo

6.3.2.2.1. demanda mais sensível ao preço

6.3.2.3. longo prazo

6.3.2.3.1. preço tende aos custos de produção

6.4. análise da demanda

6.4.1. lei da produtividade marginal decrescente

6.4.1.1. Também conhecida por lei das proporções variáveis

6.4.1.2. em todos os processos produtivos, se a quantidade de um bem for aumentada e a quantidade dos outros bens permanecer constante, a produção total por bem irá cair

6.4.1.3. quando se utilizam unidades adicionais de trabalho a produção total aumenta, mas a partir de um certo ponto a produção marginal tende a decrescer devido a utilização de fatores menos produtivos (eficientes) para atender uma procura crescente.

6.4.2. condições de funcionamento de um firma representativa

6.4.2.1. custos médios coincidentes com o preço de mercado

6.4.2.1.1. ideal ou hipotética

6.4.2.2. custos médios superiores aos de uma firma representativa

6.4.2.2.1. lucros menores

6.4.2.3. custos médios inferiores (firma representativa)

6.4.2.3.1. lucros superiores

6.4.2.3.2. excesso de lucro

6.4.2.3.3. quase renda

6.4.2.3.4. vantagem competitiva de se conseguir lucro adicional durante o tempo de exclusividade de uma condição específica

6.5. lucro

6.5.1. longo prazo

6.5.1.1. converge para o patamar da firma representativa

6.5.1.2. generaliza para o conjunto das empresas do setor na forma de lucro médio

6.5.1.3. condições de equilíbrio que presidiam um segmento do mercado (equilíbrio parcial) são extrapoladas e generalizadas para o conjunto do sistema econômico

6.5.1.4. compatibilização da capacidade produtiva e da procura em um ponto de máxima eficiência

6.5.1.5. demonstração matemático-analítica da eficiência de mercado em condições de concorrência perfeita

6.5.1.5.1. benefícios mútuos: consumidor (redução do preço) e produtor (maximização dos lucros)

6.5.1.5.2. confirmação da hipóteses de Adam Smith

6.5.1.6. Empresas maiores tendem a obter expressivos ganhos de eficiência e produtividade

6.5.1.6.1. única grande empresa por setor da economia

6.5.1.6.2. formação de monopólio por classe de indústria

6.5.1.6.3. geração de um ciclo no qual novas empresas, com capacidade maior de adaptação, substituem as grandes

7. teoria da distribuição

7.1. baseou-se nos precursores do marginalismo

7.2. função dos preços e fatores de produção

7.3. distribuição ideal da renda

7.3.1. aquela que representa a melhor composição de custos de produção na situação de equilíbrio do sistema

7.3.2. se dá no ponto de eficiência máxima

7.4. salários

7.4.1. remuneração pelo esforço e desprazer do trabalho

7.4.2. equivalente à contribuição dos trabalhadores

7.4.3. determinados por sua produtividade marginal

7.4.4. variação é condicionada pelas leis de mercado: oferta e demanda

7.4.4.1. diminuição da oferta de trabalho: produtividade marginal aumenta e salários se elevam

7.4.4.2. aumento da oferta de trabalho: produtividade marginal cai e os salários diminuem

7.4.4.3. são diretamente proporcionais às variações de consumo

7.5. juros

7.5.1. preço do capital, também sujeito às leis de mercado

7.5.1.1. ponto de intersecção entre a curava da oferta e da demanda indica a taxa de equilíbrio por poupança

7.5.1.2. remuneração por um sacrifício, por uma abstinência de consumo

7.5.1.3. “espera” de consumo

7.5.1.3.1. transferência de uma oportunidade de consumo no presente visando à obtenção de um benefício maior no futuro

8. teoria da renda

8.1. incorporada por D. Ricardo

8.1.1. fonte de inspiração para o conceito de "quase renda"

8.2. salários e lucro considerados como preço

8.2.1. sujeitos a análise de mercado

8.2.2. justificativa para a apropriação dos rendimentos dos juros

8.2.3. remuneração proporcional ao valor criado em razão da riqueza social

8.2.4. relações de trocas de equivalentes, sem exploração

8.3. permitiu a dedução dos meios necessários para obter a máxima eficiência do sistema econômico

8.3.1. alocação ideal dos recursos escassos

8.3.1.1. convicção de que qualquer aumento da produção, para além desse ponto de equilíbrio, reduziria a satisfação total de ambas as partes

8.3.2. pontos falhos

8.3.2.1. 1. casos em que os produtores fossem mais pobres que os consumidores

8.3.2.1.1. uma grande ELEVAÇÃO DO PREÇO provocada pela DIMINUIÇÃO DA OFERTA produziria um aumento da SATISFAÇÃO TOTAL

8.3.2.2. 2. casos em que os consumidores fossem muito mais pobres que os produtores

8.3.2.2.1. um aumento da produção para além da quantidade de equilíbrio e a VENDA DE MERCADORIA COMPREJUÍZO poderiam AUMENTAR A SATISFAÇÃO TOTAL

8.3.2.3. 3. casos em que a produção ultrapassa o ponto de equilíbrio, obedecendo-se à lei do rendimento crescente

8.3.2.3.1. ocorre uma grande diminuição no preço de oferta

8.3.2.3.2. Mesmo que o preço de procura seja bem menor, a venda com prejuízo implica um ganho aos consumidores mais que proporcional à perda dos produtores, aumentando a satisfação total

8.3.2.4. 4. existência de vários pontos de equilíbrio

8.3.2.4.1. produção em pequena quantidade e ofertada a um alto preço, correspondendo a essa posição uma dada satisfação total

8.3.2.4.2. outra situação de equilíbrio na qual uma quantidade maior poderia ser ofertada por um preço menor

8.3.2.4.3. o excedente de satisfação obtido pelos consumidores, no segundo caso, aumentaria a satisfação total

9. tese do bem-estar máximo

9.1. propõe a satisfação social máxima

9.1.1. atingida quando cada indivíduo gasta seus recursos como lhe convém

9.2. tese da felicidade geral

9.2.1. um gasto na aquisição de serviços do pobre, acrescenta mais satisfação à felicidade geral do que se acrescenta esse mesmo valor à renda do rico

9.3. decorrência da livre ação das formas de mercado na promoção de eficiência do sistema econômico

9.3.1. seus efeitos não são necessariamente benéficos do ponto de vista do bem-estar-social

9.4. medidas de políticas econômicas atuando nas "falhas de mercado"

9.4.1. impostos

9.4.2. subsídios

9.4.3. visam aumentar a utilidade líquida do consumidor e bem-estar-máximo

9.5. duas vertentes

9.5.1. a economia real atinge um grau máximo de distribuição de renda à medida que se aproxima de um modelo de concorrência perfeita

9.5.1.1. descolada de todo tipo de consideração social ou moral

9.5.2. incorporação do campo no qual o foco recai sobre investigações dos problemas sociais gerados pela busca cega da eficiência

9.5.2.1. procura encarar abertamente o problema das relações entre a maximização da utilidade e do lucro e o bem-estar-social

9.5.2.1.1. Escola do Bem-Estar

10. Trabalho escrito