O QUE É RELIGIÃO

Começar. É Gratuito
ou inscrever-se com seu endereço de e-mail
O QUE É RELIGIÃO por Mind Map: O QUE É RELIGIÃO

1. Cap 1: Os Símbolos da Ausência

1.1. A religião, com o avanço e ganho de importância da ciência para o modelo capitalista atual, foi sendo expulsa das esferas sociais onde as decisões determinantes para o mundo são tomadas

1.2. Separação do Estado e da Religião, em tese

1.3. A Religião se encontra, hoje, com sua importância "limitada" ao mundo sacralizado

1.4. Para o cientificismo, a religião não pode ser mesclada ao processo científico

2. Cap 6: O Deus dos Oprimidos

2.1. Rubem Alves utiliza mártires passa expressar sua ideia do Deus dos Oprimidos, como Ghandi e Martim Luther King

2.1.1. Para a análise, são citados alguns profetas bíblicos

2.1.1.1. Esses profetas não eram previsores de acontecimentos futuros, mas sim, pessoas que analisavam o que ocorria no momento que viviam, pregando criticamente a respeito das relações sociais

2.1.1.2. As preocupações dos profetas eram éticas e políticas

2.1.1.3. As visões proféticas eram utópicas e representavam um horizonte ideal para o povo

2.1.1.4. Falavam tanto em nome de Deus, quanto em nome dos pobres

2.2. A partir da evolução da arte da interpretação, foi possível vislumbrar a realidade dos oprimidos a partir do discurso dos "vitoriosos"

2.2.1. A verdade fica escondida nas entrelinhas.

2.2.2. A denúncia dos opressores é o medo que existe acerca dos oprimidos

2.3. O Deus dos Oprimidos é a única possibilidade de esperança para uma legião de explorados

2.3.1. É a única maneira de se dialogar verdadeiramente a respeito dos interesses dos oprimidos

2.3.2. Se valendo do pensamento Marxista, temos que cada classe buscará se identificar com aquela religião que abraça seus almejos

2.3.3. Porém, se a classe oprimida é limitada em seus desejos, pois o mínimo já é uma conquista importante para si, a religião que eleva a classe oprimida é essencial

3. Cap 5: A Voz do Desejo

3.1. Utilizando o tema "suicídio" como ponto de início para a análise da Religião e religiosidade, Rubem Alves compara pensamentos Positivistas e Epstemológicos, e se vale de argumentos de Marx e Durkheim para uma análise sociológica

3.1.1. Segundo o seu raciocínio, não havia justificativa socio-religiosa para o comportamento suicida

3.1.2. Não há dimensão, nas explicações Positivistas e sociológicas, para o comportamento do suicida

3.1.3. Não há explicação religiosa para que o ser humano ultrapasse a barreira de ser seu próprio carrasco no momento de sua sentença à morte

3.1.4. A psicanálise, portanto, é o estudo individualizado em busca das dores que levam uma pessoa ao suicídio

3.2. Rubem Alves levanta a teoria de análise da Religião como um sonho, de Feuerbach

3.2.1. Sonhos, pelo que a teoria defende, são desejos profundos e reprimidos, que tentam ser externados por nós mas que são naturalmente "bloqueados" de uma interpretação direta

3.2.1.1. Para tal, os sonhos vêm de certa forma "criptografados"

3.2.1.1.1. Se estamos bloqueando de nós mesmos os desejos reprimidos, através de sonhos que nem nós mesmos entendemos, isso representa um conflito interno entre as facetas sociais e íntimas de cada indivíduo

3.2.1.1.2. "O desejo procura o prazer. A sociedade proclama a Ordem."

3.2.1.2. Os sonhos dão a possibilidade às pessoas de realizar aquilo que gostariam enquanto estão acordados

3.2.1.3. Dessa forma, os sonhos seriam um sintoma daquilo que ocorre em nosso íntimo

4. Cap 4: As Flores Sobre As Correntes

4.1. Rubem Alves utiliza de pensamentos Marxistas para analisar o que se relaciona entre Religião, Ciência e Capitalismo

4.1.1. Para Marx, o mundo estava completamente secularizado e balizado pela lógica capitalista

4.1.1.1. Assim, em todas as fases dos processos capitalistas de geração de riqueza, o objetivo será sempre de cumprir com a tarefa indesejada (trabalhar) para se atingir o ganho de capital (lucro, salário, etc)

4.1.2. A Religião, também para Marx, não produziria efeitos para o mundo capitalista, uma vez que ela era fruto das necessidades não supridas pelo sistema capitalista

4.1.2.1. Rubem Alves trata a religiosidade como um sintoma do sistema, e não como uma causa.

4.1.3. A alienação das pessoas no mundo capitalista é inevitável, visto que o lucro é o objetivo final

4.1.3.1. Isso se dá pois, tanto para a classe trabalhadora quanto para os detentores dos meios de produção, a harmonia da produtividade com a natureza não existirá. Não é lucrativo.

4.1.3.2. Segundo Marx, a religião é o "ópio do povo", pois teria o objetivo de acalentar as dores da classe oprimida através de delírios ilusórios da realidade.

4.1.4. A partir dessa lógica, segundo Marx, a Religião está fadada a acabar em um mundo onde se atinja a plenitude da satisfação de necessidades inerentemente humanas

5. Cap 3: A Coisa Que Nunca Mente

5.1. Rubem Alves separa em duas categorias as coisas mundanas: aquelas que possuem um segundo significado também, e aquelas que apenas são o que são

5.1.1. Quando se ocorre um processo de "simbolização", coisas que não possuem segundos significados passam por uma ressignificação, se tornando atemporais e passando a representar toda uma cultura e seus valores

5.1.1.1. Alves aponta a separação entre o Sagrado e o Profano

5.1.1.1.1. O mundo Profano se resume àquilo que é julgado pela sua utilidade, não havendo permanências. Tudo se renova a partir da necessidade econômica envolvida. É um mundo dominado pelo ser humano.

5.1.1.1.2. No mundo Sagrado, o indivíduo é dependente de algo "superior". A lógica utilitária nele perde seu valor. Ele garante uma harmonia sobre aquilo que poderia ser levado ao absurdo pela lógica do mundo Profano.

5.1.1.2. O avanço cientificista, analisado pelo autor, aloca todo o Universo como "coisa", sem demais significados embutidos

5.1.1.2.1. Resultado: a Religião e a religiosidade perdem espaço na busca pela compreensão do universo, do todo

5.1.1.2.2. O discurso religioso passou, cada vez mais, a perder seu significado

6. Cap 2: O Exílio do Sagrado

6.1. Rubem Alves separa os comportamentos de origem estritamente animal com os desenvolvidos pelo processo de amadurecimento do homo sapiens como ser humano moderno

6.1.1. O ser humano, por si só, se desenvolve em comportamentos, vontades, crenças, opiniões, atitudes, escolhas, etc

6.1.2. A criação cultural veio e segue sendo uma passagem entre gerações de conhecimentos, costumes, valores e crenças

6.1.3. Os animais já vêm ao mundo com uma "pré-programação" genética que os preparam para sua vida e sobrevivência. A cultura é algo basicamente inexistente para os seres não-humanos.

6.1.4. O ser humano possui seus impulsos naturais e instintivos balizados pela cultura que nos inserimos

6.1.5. O desejo surge na falta do prazer oferecido pelo espaço real. Somos produtores do supérfluo.

6.1.5.1. Criamos, junto à nossa cultura, aquilo que nos suprirá desejos, vontades e necessidades não animalescas, e sim, essencialmente humanas

6.1.5.1.1. A Religião está dentro dessas criações simbólicas humanas

6.1.5.1.2. Os símbolos criados pelo ser humano levam às coisas comuns um significado maior e de diferente importância para o indivíduo

6.2. Rubem Alves demonstra como a Religião foi perdendo importância para a geração de conhecimento após o desenvolvimento da Ciência nos últimos 300 a 500 anos

6.2.1. Os símbolos se tornam regra cultural, pois são aceitos e pregados geração após geração, ressignificando as coisas mundanas

6.2.1.1. A busca pelo conhecimento vem da convicção nos símbolos e evidências

6.2.1.2. O mundo religioso, a partir do advento cientificista pós Idade Média, passou a ser cada vez mais considerado um símbolo fraco e supersticioso

6.2.1.2.1. A transformação da natureza, em busca da geração de recursos para criação de riqueza, foi motivadora para a criação de metodologias mais pragmáticas para o entendimento do mundo e do universo

6.2.1.2.2. O conhecimento do funcionamento das coisas foi buscada pela Ciência com a finalidade de garantir maior controle da natureza e seus fenômenos

6.2.2. Alguns símbolos se tornam cada vez mais fortes, quando se mostram como algo que "funciona", que trazem solução e assim vão se perpetuando ao longo da história

6.2.3. Outros, ao contrário, se mostram fracos e pouco significativos, acabando por serem esquecidos ou perderem seu simbolismo

6.2.3.1. Podem, também, ser ridicularizados e tratados como superstições