Ferramentas de Comunicação

1. Mediação

1.1. 1.Escuta

1.1.1. Escuta Ativa

1.1.1.1. Estimular a fala dos mediandos, legitimando-os e demonstrando interesse, por meio da comunicação verbal e não verbal.

1.1.1.2. Escutar com curiosidade genuína

1.1.1.3. Perceber a dinâmica e o conteúdo da comunicação como um todo

1.2. Comunicação Não Verbal

1.2.1. Representa 93% da comunicação Global

1.2.2. Tom de voz, olhar, expressões faciais, gestos, silêncios, postura corporal

1.2.3. Conhecimento Essencial para ter o entendimento de como deve se comportar ao realizar a mediação

1.3. 2.Legitimação

1.3.1. A forma como o mediador usa para o mediando se sentir aceitado.

1.3.2. Trabalha com uma percepção de inclusão do mediando

1.4. 3.Validação

1.4.1. Consiste em fazer o mediando trocar a visão negativa de certa atitude dele por uma visão positiva.

1.4.2. Trabalhar a visão positiva em qualquer circustância.

1.5. 5. Balanceamento

1.5.1. O mediador deve cuidar do equilíbrio da participação dos mediandos.

1.5.2. Essencial para que os mediandos sintam imparcialidade por parte do mediador.

1.5.3. Manobras de Simetrização

1.5.3.1. Trata-se de intervenções cuja finalidade é proporcionar a construção de uma relação simétrica entre os mediandos e um equilíbrio real no bojo do processo de diálogo

1.6. 4.Mensagem-Eu

1.6.1. Utilização da primeira pessoa do singular ao retratar uma atitude do mediando

1.6.2. Baseada na ideia de quede que as percepções são pessoais e de que cada um deve se responsabilizar pelas leituras que fizer das situações.

1.7. 7. Redefinição com Conotação Positiva

1.7.1. técnica por meio da qual o mediador auxilia os mediandos a identificar qualidades positivas em situações percebidas como negativas.

1.7.2. O mediador faz uma releitura da situação, procurando identificar possíveis intenções positivas, ou ainda valores ou necessidades desatendidas.

1.8. 8.Parafraseio

1.8.1. é por meio dela em que o mediador expressa novamente o que foi dito por um dos mediandos, afim de enfatizar a sua fala.

1.8.2. A técnica é responsável por fazer com que o mediador possa dar ênfase e chamar à atenção dos mediandos para pontos especificas.

1.8.3. Também permite ao mediando ouvir novamente sua fala podem retificar ou confirmar sua expressão.

1.9. 9.Resumo

1.9.1. Os resumos são usados em diversos momentos durante a mediação. Com eles, o mediador situa os mediandos com relação ao procedimento ou sintetiza suas falas.

1.9.2. São essenciais por exemplo no começo de cada sessão, para uma recapitulação do que aconteceu na sessão anterior.

1.9.3. Outro exemplo é no final de uma fala extensa ou ao final da sessão, onde o mediador oferece um resumo positivo do que foi feito e do que poderá ocorrer na próxima sessão.

1.10. 10. Externalização

1.10.1. É a técnica utilizada pelo mediador para tornar externo o problema.

1.10.2. Ferramenta que desvincula os problemas das pessoas, para uma aceitarem e perceberem uma visão externa dele.

1.11. 6. Perguntas

1.11.1. Essenciais e de uso constante na mediação

1.11.2. As perguntas do mediador permitem que sejam geradas informações, reflexões, ideias e decisões preservando a autonomia e protagonismo dos mediandos

1.11.3. São através delas que o mediador transforma suas hipóteses, afirmações e sugestões em perguntas.

1.11.4. Marinés Suares

1.11.4.1. Uma importante função das perguntas na mediação é gerar diferenças que podem ser catalisadoras de mudanças e de novas perspectivas sobre o conflito

1.11.5. Podem ser separadas em:

1.11.5.1. perguntas abertas: permitem respostas amplas, relatos extensos; permitem maior exploração e coleta de informação

1.11.5.2. Perguntas fechadas: pretendem respostas do tipo “sim” ou “não”

1.11.5.3. perguntas circulares: pretendem gerar reflexão acerca da mútua influência dos mediandos na construção do conflito e na sua solução

1.11.5.4. perguntas reflexivas: convidam os mediandos a refletir sobre suas próprias percepções, necessidades, possibilidades, crenças, gerando um novo olhar sobre a situação e, com isso, novas articulações e caminhos

1.11.5.5. perguntas autoimplicativas: convidam o mediando a identificar sua contribuição para o conflito

1.11.5.6. perguntas hipotéticas: convidam os mediandos a se transportar para um cenário diferente daquele em que se encontram

1.12. 11. Impasses ao Diálogo

1.12.1. Cabe ao mediador identificar as situações que constituem obstáculos à fluidez do diálogo.

1.12.2. Cada situação demandará uma intervenção diversa, que o mediador avaliará de acordo com sua sensibilidade.

1.12.3. Apesar de nem todos os impasses terem uma solução simples, o mediador pode por exemplo, utilizar deles para gerar reflexões ou algum outro pensamento positivo a respeito da situação.

1.13. 12. Teorias Alternativas

1.13.1. É perceptível que cada um dos mediandos constrói sua história acerca do conflito com base nos seus valores, sua cultura, suas experiências familiares, sua subjetividade.

1.13.2. Cabe ao mediador respeita e legitima visões aparentemente opostas do conflito, já que o ponto de vista pessoal de cada um dos mediandos é uma perspectiva legítima.

1.13.3. Muitas vezes são omitidos detalhes que podem ser negativos para determinada narrativa, cabe ao mediador também identificar esses pontos.

1.14. 13. Mantendo o Olhar no Futuro

1.14.1. Os mediandos no momento em que relatam o problema, relatam o passado, essencial para o entendimento do que deu errado, mas também do que em algum momento deu certo naquela relação.

1.14.2. É com essa perspectiva de passado que o mediador cria historias alternativas para o conflito.

1.14.3. E o passado nesse processo de mediação é essencial para que o mediador consiga cumprir o propósito da mediação, a construção de um projeto para o futuro.