O pensamento evolutivo antes de Darwin

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O pensamento evolutivo antes de Darwin por Mind Map: O pensamento evolutivo antes de Darwin

1. Conde Buffon (1707-88): Nascido na aristocracia francesa, se formou em direito e medicina, mas tinha interesse pela natureza. Publicou em seu último ano de vida a obra Les époques de la nature (As épocas da natureza), na qual sugeriu abertamente que a Terra era mais antigo do que os 6000 anos indicados pela igreja católica.

1.1. Vida se origina de moldes internos (que organizavam as partículas em formas dos diferentes seres vivos)

1.2. Os moldes são transformados de acordo com o ambiente aos quais migram, gerando os diferentes graus de parentescos entre os seres

1.3. O ambiente é responsável pelas "mudanças orgânicas"

1.4. os seres se organizam hierarquicamente mesmo sendo difícil classificação entre os grupos

1.5. Os seres vivos estavam se degenerando (se afastando do planejamento de Deus)

2. Carolus Linnaeus (1707-78): Nascido na Suécia, Lineu era um homem religioso, estudou medicina e plantas, realizando trabalhos com botânica e com a teologia natural, Se tornou muito importante pelo seu trabalho com a nomenclatura das espécies, da qual continua sendo usada.

2.1. Pai da taxonomia moderna

2.2. Após se tornar diretor de uma grande jardim botânico, Lineu escreveu o livro Systema Naturae, onde ele dividiu três reinos naturais: rochas, plantas e animais. Dividindo-os em classes, ordens, gêneros, espécies e variedades. Lineu também escreveu Genera Plantarum, livro que classificava as plantas em suas formas e estruturas.

2.3. Lineu contribuiu para ideias do fixismo, afirmando que as espécies eram fixas e imutáveis, sem qualquer possibilidade de evolução. Em Systema Naturae, Lineu apresenta uma ideia que se assemelha ao essencialismo de Aristóteles, que acredita que as formas de vida de maior complexidade seria uma conexão de animais e anjos.

2.4. Quando Lineu percebeu características hibridas entre espécies, o mesmo passou a acreditar que esse hibridismo fazia parte do Plano divino, existindo desde o inicio da vida na terra, representando a proximidade entre as espécies.

2.5. Estabeleceu a nomenclatura binominal na taxonomia, onde o nome da espécie é escrito em latim e a primeira parte se refere ao gênero e a segunda a espécie do indivíduo em questão.

3. Jean-Baptiste de Lamarck (1744-1829): Importante naturalista francês, se destacando inicialmente pelos estudos botânicos e pela catalogação e pesquisa sobre os invertebrados, escrevendo posteriormente um dos trabalhos bases para a consolidação do evolucionismo.

3.1. Cunhou o termo invertebrados: Apesar de ser conhecido pelo caráter evolucionista, o livro de Lamarck "História Natural dos Animais Invertebrados” também introduziu o termo invertebrado e separou os grupos Crustacea, Arachnida e Annelida de Insecta.

3.2. Criticou o fixismo: Por passar anos observando indivíduos complexos como animais e plantas da flora francesa, Lamarck desenvolveu certo criticismo com a ideia de que os indivíduos na natureza eram imutáveis, pois tinha certeza de que ha natureza sempre convinha que as espécies se tornassem mais complexas a cada geração, criando para explicar essa dinâmica de transformação a lei do uso e desuso, onde por as espécies tinham que se adaptar ao meio em que abitavam através de alterações, citando as girafas que, ao não encontrarem alimento disponível em arbustos, se esticavam para alcançar as copas das árvores.

3.3. Transformismo: Partindo de sua lei mais conhecida, Lamarck propôs como ferramenta para a evolução a hereditariedade das características adquiridas pelos indivíduos que passassem pela evolução. Como no famoso exemplo da girava, onde os pais que esticaram os pescoços para comer tinham filhos com o pescoço alongado. Apesar de não ser completamente certa, essa ideia influenciou até mesmo os trabalhos de Darwin.

3.4. A complexidade dos seres vivos se deu através do tempo: Através desses pensamentos, Lamarck concluiu que os seres complexos e as diversas espécies que compunham só passaram a existir por conta da necessidade imposta pelo meio, partindo do mais simples ao mais complexo com passar dos anos.

3.5. O ambiente é o que motiva um organismo para uma nova forma: Por fim, todas essas posições de Lamarck, mesmo tendo pontos equivocados e falhando em explicar como exatamente os indivíduos se modificam, tem como grande mérito consolidar para os evolucionistas a importância do ambiente para a definição das caraterísticas de uma espécie, permitindo que apenas os seres mais preparados prosperem. Essa base, assim como alguns outros conceitos foram de vital importância para Darwin e Wallace ao desenvolver os textos sobre a seleção natural.

4. Georges Cuvier (1769-1832): Naturalista e Zoologista francês que estudou anatomia em Stuttgart, na Alemanha. É conhecido como o "Pai da Paleontologia" devido aos seus estudos com fósseis. Curiosamente, foi um cientista que rejeitou a ideia de evolução mas influenciou e serviu de inspiração para Charles Darwin.

4.1. Cuvier foi um naturalista que representou uma fase de transição entre a ciência biológica do século XVIII e as teorias evolutivas de Darwin. Ele estudou e se especializou no campo da Anatomia Comparada, evidenciando similaridades entre diferentes tipos de organismos, o que levou a uma nova noção de "elo" onde características eram herdadas pelos organismos com poucas modificações.

4.2. Ele também foi importante para o estudo de fósseis e de reconstruções anatômicas, trazendo a ideia de extinção, o que causou um grande questionamento para o fixismo e deixou uma complexidade ainda maior para as noções de transformação da época, possibilitando que espécies desaparecessem.

4.3. Cuvier também desenvolveu uma ideia onde o ambiente seria responsável por transformações ou extinção de espécies como consequência de catástrofes naturais, como inundações e mudanças climáticas. Esse conceito ficou conhecido como "catastrofismo", e na época era uma teoria que se opunha a visão cristã onde as catástrofes eram intervenções divinas na Terra.

5. Mary Anning (1799-1847) Uma paleontóloga muito habilidosa que desde os seus 10 anos "carpinava" fósseis para vender para turistas na praia. Ela contribuiu muito com o conhecimento envolvendo fósseis de Dinossauros além de peixes e moluscos. E ainda trouxe a o assunto Extinção a tona.

5.1. Anning realmente contribuiu muito para a área da paleontologia, junto com seu irmão, desccobriu o primeiro fossil de lctiossauro. Ela foi considerada uma das principais pessoas no trabalho de campo e com isso era recompensada com algumas anuidades dada pelo governo.

5.2. Ela vem de uma série de descobertas através dos fósseis. 1823 - encontrou um Plesiosauro, em 1828 - um Pterodáctilo. E não apenas agregou na área dos dinossauros, mas também na de moluscos e peixes, onde escavou vários cefalópodes. Junto com Charles Lyell chegou a falar sobre como as marés afetavam as rochas dos penhascos em Lyme.

5.3. Infelizmente, como naquela epoca as mulheres não tinham muita credibilidade, suas descobertas não levavam seu nome, mas graças ao pesquisador Louis Agassiz foram dois fosseis foram nomeados em sua homenagem (Acrodus anningiae e Belenostomus anningiae).

5.4. Podemos então dizer que sua maior contribuição para o conhecimento sobre evolução foi através de sua enorme habilidade na paleontologia que tornou conhecido fosseis de espécies extintas que por sua vez não tinha ligação com espécies existentes. Com isso reforçava o conceito de extinção, visto que, naquela época aceitar a extinção seria como afirmar o trabalho imperfeito de deus.