SÍNDROMES GERIÁTRICAS

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SÍNDROMES GERIÁTRICAS por Mind Map: SÍNDROMES GERIÁTRICAS

1. IMOBILIDADE

1.1. Qualquer redução da mobilidade do idoso deve ser investigada e tratada quando possível devido o potencial progressivo e o risco das complicações advindas desse quadro

1.2. Essa síndrome apresenta um espectro bastante variável tratando-se da gravidade

1.2.1. Em último grau – a imobilidade completa – o paciente é absolutamente dependente

1.3. É uma Síndrome com uma particularidade:

1.3.1. Ela pode causar problemas em praticamente qualquer sistema do organismo

1.3.1.1. Desde o sistema cardiovascular, passando pelo sistema genitourinário e gastrointestinal, até complicações dermatológicas

2. INCONTINÊNCIA ESFINCTERIANA

2.1. Essa Síndrome Geriátrica está entre as mais comuns, sobretudo na população feminina

2.1.1. As quais apresentam mais fatores de risco para incontinência urinária (paridade e uretra menor em comparação a uretra masculina)

2.2. Os demais fatores de risco são o uso de diuréticos, obesidade, idade avançada e histórico familiar

2.3. A vergonha, o constrangimento e a falsa crença de que a incontinência esfincteriana é um quadro “normal do idoso” dificultam a abordagem, de modo que deve ser feita uma busca ativa com questionamento direto do paciente

2.4. Ressalta-se a queda da qualidade de vida dos pacientes com essa Síndrome, os quais frequentemente se isolam em casa para evitar episódios de perda de urina ou fezes fora do domicílio

3. IATROGENIA

3.1. Se refere à intervenção médica de maneira patológica

3.2. No campo da geriatria, esse fenômeno pode ocorrer em diversas fases:

3.2.1. Desde o subdiagnóstico durante a consulta, passando pelo excesso de solicitação de exames (“cascata propedêutica”), excesso de medicamentos (polifarmácia), até a distanásia (prolongamento artificial da vida sem perspectiva de reversão do quadro)

3.3. Outro aspecto incluído também na iatrogenia é a inabilidade de comunicação com o paciente e com a família/acompanhantes, seja como ouvinte seja como responsável por comunicar um prognóstico desfavorável

3.4. Em última instância, a iatrogenia pode estar presente em situações de internações prolongadas, as quais cursam com risco de surgimento de outras complicações como a imobilidade, infecções hospitalares e o delirium

3.5. A iatrogenia é reconhecidamente tratável, entretanto, cabe ao médico reconhecer o quadro iatrogênico com um olhar minucioso e atento

4. DEFINIÇÃO

4.1. As Grandes Síndromes Geriátricas contemplam condições clínicas frequentes nos idosos, capazes de reduzir consideravelmente a qualidade de vida destes pacientes

4.2. Conceitua-se que o surgimento de uma das Síndromes acontece após a perda da autonomia e/ou da independência dos idosos

4.2.1. AUTONOMIA

4.2.1.1. Refere-se à capacidade do idoso em tomar decisões por conta própria, sendo ela dependente do humor e da cognição

4.2.2. INDEPENDÊNCIA

4.2.2.1. se refere à capacidade de realizar suas próprias atividades sem ajuda de outrem, esta depende do pleno funcionamento da mobilidade e da capacidade comunicativa dessa população

4.3. As Grandes Síndromes Geriátricas são:

4.3.1. Incapacidade comunicativa, insuficiência familiar, incapacidade cognitiva, instabilidade postural, imobilidade, incontinência esfincteriana e a iatrogenia

5. INCAPACIDADE COMUNICATIVA

5.1. Dois pilares estão intrinsecamente relacionados a essa síndrome:

5.1.1. Baixo apoio social

5.1.1.1. Considera-se a interação do idoso com amigos e vizinhos, vínculos estes muitas vezes feitos ao longo de vários anos e que desempenham papel fundamental no aspecto psicológico do paciente

5.1.1.1.1. O apoio emocional é muito evidente nesse grupo e trabalha a capacidade comunicativa e interpessoal do idoso

5.1.2. Relação familiar prejudicada

5.1.2.1. A família é a principal fonte de apoio instrumental e financeiro, sendo esses aspectos os mais fragilizados quando nota-se a insuficiência familiar

5.1.2.2. É notável idosos com insuficiência familiar se queixarem de falta de atenção da família, apresentarem sinais de descuido com a saúde e aparência, além de claros sinais de ansiedade e possivelmente depressão

6. INCAPACIDADE COGNITIVA

6.1. É a Síndrome mais conhecida da geriatria e o motivo mais comum de encaminhamento à especialidade

6.2. Ela configura a perda de funções superiores do encéfalo (memória, função executiva, linguagem, função visuoespacial, gnosia e apraxia)

6.2.1. Essas funções, quando prejudicadas, podem estar relacionadas também a qualquer outra Grande Síndrome Geriátrica

6.2.1.1. O humor também é um fator relacionado à autonomia, sendo assim, quando prejudicado, também cursa com Incapacidade cognitiva

6.3. A investigação dessa Síndrome inclui a utilização de diversos testes como o Miniexame do Estado Mental (“Mini-mental”), Teste de Fluência Verbal, Teste do Relógio, Escala de Depressão no Idoso, entre outros

6.4. Esta é uma síndrome muito complexa, a qual apresenta espectro variável a depender do grau de gravidade, da função superior prejudicada, da reversibilidade e da etiologia envolvida

7. INSTABILIDADE POSTURAL

7.1. Essa Síndrome Geriátrica é o estereótipo do idoso com histórico de quedas (independentemente da causa)

7.1.1. Ao investigar um idoso com quedas, o sistema musculoesquelético não é o único sistema a ser observado, apesar de que as fraturas estão entre as principais complicações

7.1.1.1. A acuidade visual, o funcionamento do sistema vestibular, capacidade respiratória e cardiovascular e a avaliação ambiental (tradicionalmente o ambiente domiciliar) também são considerados

7.1.1.1.1. Nesse contexto, é importante questionar a presença de comorbidades e condicionantes de risco para quedas (miopia, astigmatismo, vertigem, insuficiência cardíaca e a presença de escadas em casa são alguns exemplos)

7.2. A avaliação da marcha é essencial no idoso

7.2.1. Um teste conhecido é o “Timed up and go”, o qual avalia o tempo demandado pelo idoso para levantar-se de uma cadeira, percorrer 3 metros, voltar e sentar-se

7.2.1.1. Quando o tempo é maior que 20 segundos, recomenda-se dar seguimento à avaliação em nível sensorial e motor que justificaria a dificuldade em deambular